Patrick pegou minhas bagagens e guiou o grupo até as nossas casas sem me soltar. Quando comecei a reconhecer as ruas pedi novamente:
- Me coloca no chão...
- Não.
- Ahh, tá com medo de apanhar?
- Podemos dizer que eu não estou muito afim de quebrar o nariz pela terceira vez.
- Podemos? Você e quem?
- Iiii, começou o ciúme. Esqueça isso Candel. Aliás, chegamos. E vou te soltar, mas se você me agredir ...
- Agredir... - repito - Esqueça, eu não perderia meu tempo com isso.
Ele me solta.
- Obrigada senhor salvador da pátria.
- De nada destruidora da pátria.
- Esse trocadilho foi horrível.
- Sai daí!
- Minhas malas por favor.
Ele me entrega elas. E digo baixinho:
- Obrigada. Por cumprir a promessa. Espero poder contribuir um dia.
- Chegamos! - ele grita para o resto do grupo.
- Garotas comigo! - digo, e as quatro garotas vem comigo - Tchau garotos!
Eles acenam com a mão.
- Bem, - começo - minha casa é pequena, mas vai dar, primeiro, descansem, essa manhã foi muito corrida e desconfortável. Segundo, hoje não faremos nada, vamos ficar livres o dia todo. E por último, não quero bagunça, se vocês quiserem alguma coisa, me peçam.
Entramos em casa e arrastei o sofá, peguei um colchão inflável grande, dava para duas garotas, procuro outro, acho um escondido pelo meu quarto, encho ele e coloco para as outras meninas.
- Arrumem as malas de vocês onde quiserem. - eu disse me sentando do sofá.
Quando todas se sentaram eu falei novamente:
- Agora venham comigo. - Elas se levantaram e me seguiram - Aqui é a cozinha, obviamente já que dava para vocês verem da sala. Ali é o banheiro, e ali é o meu quarto, e agora a melhor parte venham comigo.
Puxo a portinha que leva até o telhado e subo, ajudo as outras garotas a subirem, nos sentamos no telhado e olhamos para o céu, levamos umas três horas para chegar, o que significa que já está de tarde.
- Mas... - todas olham pra mim - Não foi isso que eu vim mostrar...
- E o que foi? - Cindy pergunta.
- Continuem a me seguir. - eu digo atravessando o telhado do vizinho e parando no de Patrick.
- Estamos pisando no telhado de Patrick, os garotos estão aí dentro.
Bato na portinha. Ele abre ela sorrindo.
- Ai que legal! - Grita Linda.
Todos começam a rir.
- Podemos entrar?
- Só no quarto, não sei como os outros garotos estão na sala.
- Ok. - digo entrando. As outras garotas entram depois.
Ele sai do quarto e grita:
- Podem sair!
Saímos e vimos que a sala estava uma bagunça.
- Wow, meia hora e acontece... Isso? - falo.
- Melhor voltarmos para a nossa festa os garotos estão esperando... - Cinder mente.
- Ah, é verdade! Voltem! - digo fazendo a voz mais animada que consigo.
Abrimos a porta e as garotas saíram correndo.
- Que garotos? - Patrick pergunta.
- Você é tão bobinho, tão inocente...
Saio correndo e rindo. Ele me puxa pelo braço e me olha com uma mistura de raiva e ciúme. Ele odeia ser chamado de inocente, seus cabelos um pouco grandes, suas sobrancelhas grossas, seus olhos, me lembram do garoto nojento que me xingava na escola.
- Estou tentando esquecer...
- Esquece logo Candel! Nossa, tantos anos e...
- Sim, tantos anos, que deixaram marcas até hoje. - O interrompo.
- Pensei que você confiava em mim, porque eu confio em você, qual outra prova você quer para se tocar que eu vou cumprir minha promessa?
- Nenhu...
- Pena que em vez de fazer o mesmo, você tenta se distanciar ainda mais...
- Não é bem ass...
- Shhhh, você sabe que é assim. -ele fala tudo calmamente, de maneira tão serena que me faz sentir culpada, ele me beija, na testa, mas foi sincero, é o que importa - Você sabe.
- Sim, me desculpe, e aquela história de garotos é mentira, aliás pelo que sei a guerra, já chegou na Beckmenia, eu ouvi um guarda comentando com outro.
- Pronta para a aventura?
- Vai começar, eu não acredito.
- Sim, mas acredito em você.
- Eu também.
- Agora tchau.
- Tchau. - ele diz e eu volto para casa.
A Guerra vai começar, as batalhas diárias deveriam me assustar, mas eu sou uma dos melhores lutadores de Sarvena. Amanhã vamos pedir ao presidente um treinamento muito mais trabalhoso, queremos ser úteis, queremos ser os melhores, queremos fazer história, queremos defender a nação.
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Protegendo a Nação
General FictionEstou sendo treinada para guerrear à favor do meu país. Fiz amigos. Inimigos. Mas pouco me importo com a opinião dos outros. Conseguiremos vencer os outros Países? Estou com medo. Mas preciso esconder minhas emoções. Eu posso não ser a melhor luta...