8° Capítulo

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Justin Bieber.

Depois de eu enviar a mensagem, esperei angustiadamente pela resposta dela.

Passou meia hora e nada.
Passou uma hora e nada.

Essa menina estava me deixando louco, nenhuma até então tinha me tratado assim, me dando um balde de gelo.
Depois de horas esperando, ela decidi me responder.
Fiquei feliz. Por não ter que ir embora sem me despedir.
Conversamos sobre o que estávamos sentindo um pelo outro até então. E o bom de tudo é que ela me correspondia também.

Estava tudo fluindo perfeitamente. Eu queria à ver, queria à tocar, sentir seu corpo, seu cheiro. Mas foi ai que pisei na bola.

Eu fico com muitas meninas em minha vida, já fiquei com muitas mesmo depois que comecei minha carreira. E a maioria eu mantenho sigilo para não me comprometer com a imprensa, ainda mais quando se tratam de anônimas.

Mas não foi uma boa ideia ter pedido a Maria Eduarda de manter segredo sobre nós. Mesmo eu tentando me explicar, ela acabou se ofendendo e eu senti uma tristeza enorme. Jamais tive essa intenção.

Só é o costume de falar isso à todas.
Mas ela era diferente das outras. Não tinha o porque eu pedir aquilo. Eu á ofendi, e ela foi grossa com a resposta. Estava certa!
Eu não gostaria de ser tratado assim também.
Só pelo fato de ela não ter aceitado àquilo e me deu um fora por causa disso, fez eu me interessar ainda mais.

Ela me ignorava e não importou as mensagens de perdão que pedi, ela simplesmente ignorou.

Pensei em desistir dela e ir dormir. Amanhã seria um novo dia, e eu iria conhecer garotas novas. Mas será que alguma delas ia fazer eu me sentir assim?

Eu não sabia do meu futuro, e o meu presente naquele momento era ela. Mesmo eu não á conhecendo. Sentia como se à conhecesse a anos. 

Peguei meu celular que à essa altura se encontrava jogado no meio da cama. E tremendo, liguei para ela.

Ela atendeu mas permaneceu calada, decidi me abrir falando bem claro pra ela entender.
Mas recebi uma resposta que me fez abrir os olhos , diante de tudo que vivi nesses nove anos de carreira, ninguém tinha sido tão sincero assim comigo.
"Meu Deus que menina é essa"

Ela me deixou totalmente descompassado.
Mas soube exatamente o que falar,  e o que falei talvez tenha feito ela se amolecer novamente.

Tive a surpresa de ela me dizer o endereço de seu apartamento. Que voz linda até pra proferir o nome da sua rua.
Enquanto gravava na mente ela desligou.
Fiquei repetindo o endereço sem parar. Mas não achava um papel.

"Merda! Eu vou esquecerrr"

Fiz um grande esforço pra lembrar, nem o nome da rua conseguia pronunciar direito.

Anotei no celular mesmo: Rua das flores, centro, apartamento 201.

Não sabia se iria mesmo lá, como iria? Quem me levaria? Eu não sei nada de São Paulo.
Cometeria uma loucura, ainda mais por uma pessoa que mal conhecia.

Não tinha jeito, era muito tarde, e ninguém me levaria na casa dela essas horas.

Tirei minha roupa que ainda era do show, tomei um banho rápido e me deitei na cama apenas de cueca. Decidi ir dormir. E meditei procurando uma solução de tirar Maria Eduarda da minha cabeça.
Vivíamos em mundos opostos.
E se eu me apaixonasse por ela? Como seria conciliar a minha vida com a dela?
Seria um sofrimento.
Melhor é esquece-la.

Me virei pra lá. Me virei pra cá. Coloquei o travesseiro entre as pernas. Joguei a coberta no chão, peguei a coberta de novo. Fui tomar água. Liguei a TV.
Não conseguia dormir. E o motivo?
Aqueles olhos negros. Aquela suavidade ao falar, aquele jeito delicado e ao mesmo tempo firme.

TRUST (Justin Bieber) Onde histórias criam vida. Descubra agora