48° Capítulo

1.9K 100 20
                                    

Maria Eduarda.

No outro dia acordo com minha mãe me despertando do meu sono que pela primeira vez foi tranquilo, não tive pesadelos e muito menos acordei na madrugada centenas de vezes com medo de dois maníacos vierem me pegar.

- Quem que vai receber alta hoje?. - Disse super animada, enquanto eu abria os olhos devagar soltando leves bocejos.

-Oi mãe. Bom dia! - Olhei para ela ainda sonolenta.

-Bom dia, filha. Vamos se arrumar que hoje você vai pra casa!

-Não vejo a hora!

Olhei ao redor lembrando da promessa de Justin em vir me buscar. Mas ele não tinha ido.

-Mãe, que horas são?

-São 6:00hrs.

-Justin não veio?. - Disse desapontada.

-Pelo visto não. - Ela retrucou o olhar. - Mas bora Madu, levanta dessa cama! - Ela dizia enquanto me descobria.

Abaixo a cabeça em sinal de decepção e depois me levantei devagar com a ajuda de minha mãe.

-Será que ele não vem?

-Não sei Madu. - Eu respirei fundo.

-Vou tomar banho mãe. Me ajuda à ir até o banheiro.

-Sim filha. - Ela disse me ajudando a caminhar até o pequeno banheiro do quarto de hospital. - Ah Madu, acabei de lembrar que você tem que ir a delegacia depor.

Olhei para ela um pouco chateada.

-Mas tem de ser hoje mãe?

-Agora Madu. É bom resolver isso agora..

- Ah mãe, mas logo hoje que vou pra casa, não vejo a hora de ir embora.

-Foi ordens do Delegado Madu, vai ser rapidinho. - Ela disse enquanto me ajudava a sentar no vaso sanitário para que eu pudesse tirar as roupas.

Depois que tomei banho fiquei ansiosa esperando o Justin, mas ele realmente não tinha dado as caras. Depois a enfermeira me passou mais algumas observações, remédios e etcs. Me despedi de todos que tinham cuidado de mim enquanto estive no hospital e enfim fui embora, mas infelizmente não para meu lar.
Chegando à delegacia, logo me encaminharam para a sala do escrivão.

-Eu tinha saído para fazer compras de natal, eu geralmente tenho costume de sair com minha secretária mas como ela estava de folga eu não quis a incomodar. Fui a várias lojas do centro da cidade, inclusive dei uma passada na 24 de março. Quando me dei conta, já era muito tarde. Eu estava numa loja de sapato que ficava aberta até as 22:00hrs. No meu relógio já marcava 21:00hrs, e eu não tinha comido nada. Então resolvi jantar na praça de alimentação do shopping, pois naquela hora eu me encontrava nele. Jantei tranquilamente, o shopping estava já esvaziando naquele horário. Então enfim decidi ir embora, e quando cheguei ao estacionamento para pegar meu carro, e como eu estava cheia de sacolas em mãos, eu acabei deixando a chave cair e quando me levantei pude sentir alguém me agarrando e logo tapando minha boca com um pano, após acordei no porta malas do carro....

O escrivão ia digitado tudo que eu ia falando. E quando cheguei a parte das torturas que sofri, acabei chorando lembrando das cenas tenebrosas naquele galpão. Pedi para sair da sala para tomar uma água, e dar uma respirada.
Não via a hora daquilo tudo acabar e eu ir embora pra minha casa.
Isso tudo durou uma hora e meia. E quando enfim pude ir embora, eu já estava exausta.

-Até que enfim mamãe. Quero chegar em casa e dormir. - Disse já no carro.

Minha mãe dirigia um carro velinho que era de meu pai, inclusive quem a ensinou a dirigir foi eu, e recentemente ela tinha tirado a carteira de motorista.

TRUST (Justin Bieber) Onde histórias criam vida. Descubra agora