TRUST (Justin Bieber)

16° Capítulo

Justin Bieber.

Eu não tinha seu número, eu não tinha nada dela. Apenas seus livros que naquele momento permaneciam em minhas mãos, e eu revirava as páginas em busca de algum sinal, que pudesse me dizer, que era ela.

Que valia a pena lutar por ela, para poder ouvir sua voz de novo, sentir seu cheiro se misturando ao meu, sentir o pulsar de seu coração batendo acelerado. Pegar em suas mãos novamente, e poder me agraciar de seu beijo.
Eu queria um sinal.

Tinha se passado uma semana, e nessa uma semana, não nos falamos. Não trocamos mensagens e nem sinal de fumaça eu recebia.
Mas eu não conseguia tirar ela de minha cabeça. Sua imagem, seu rosto, seu jeito me consumiam dia após dia.
Era impossível livrar-se dela. Mesmo que eu quisesse. Eu implorei, eu orei, eu fiz de tudo para tirar ela de dentro de mim. Mas eu sentia um vazio tão grande, tão fundo.
Eu estava dependente. Mesmo se eu conhecesse ou experimentasse a droga mais forte que existe no mundo, acho que não me viciaria em tão pouco tempo como me viciei em Madu.
Ela foi a pior das drogas, uma droga pura. Tudo que ela possui faz você delirar, desde o seu cabelo até a ponta do dedinho do pé.

Eu provavelmente a maguei. Se não foi ela que entregou os prints as revistas. Provavelmente a maguei. E pelas palavras que pronunciei sem dó, sem amor algum. Com certeza nesse instante ela me odeia com toda as suas forças. E ela jamais me perdoaria.

Eu fiz o meu Show em Manaus, tentando transparecer o mais normal possível. Pois naquele momento eu já me sentia um louco. Por não tirar uma pessoa da cabeça, estava a ponta de me considerar um psicopata obsessivo. Porém eu não faço mal nem a uma mosca, quanto mais a Maria Eduarda. Eu só me sentia estranho, como se não me conhecesse mais. Eu andava quieto. E minha equipe sabia o motivo, eles me torturavam implorando para eu tirar ela da cabeça. E como tirar? Se ela possui o sorriso e o olhar mais lindo que já vi. E o seu jeito meio desajeitado e tímido me deixou abismado de tanta formosura.
Eu fui cruel com ela, a tratei como um lixo. Disse coisas que não queria. Pois eu estava cego de raiva.
Ela chorou em meus ouvidos e mesmo assim a tratei mal, sempre deixando prevalecer meu ego. Achando que todas as pessoas se aproveitam de mim. Que nenhuma vai gostar de mim pelo que eu sou, e sim pelo que sabem, pelo que vêem na internet e na televisão. Mas ela era diferente, eu sentia em seus olhos, que ela estava comigo pelo o que eu era. E com ela eu podia ser eu mesmo. Sem mascaras, sem disfarces, sem estrelismo. Apenas dois mortais.
Os assuntos sobre os prints se cessaram depois de dois dias, pois Beyoncé roubou a cena com uma música nova.

Eu estava tomado de arrependimento. Meu coração se agoniava a cada lembrança das palavras "malditas" em que disse.
Os shows no Brasil haviam se encerrado. E já estávamos quase a partir, mais meu coração não ia junto. Ele se encontrava no Brasil.

Quando eu preparava a mala para irmos para França, que seria nosso próximo destino. Meu amigo, entra em meu quarto de hotel puxando assuntos aleatórios, que eu apenas concordava com a cabeça. Ele sentiu que estava distante e decidiu falar:

- Eita Justin, a menina te pegou de jeito mesmo hein? Ninguém ta conseguindo mais conversar com você! Vive avoado. - Falou.

- Desculpe Ryan.... - Falo desnorteado.

Ele vem em minha direção e coloca as mãos sob meus ombros.

- Pode confiar em mim irmão, você sabe...

- Eu sei que posso - digo cabisbaixo.

- Então, desabafe... Você gosta dela né?

- Gosto! Muito.

- Então liga pra ela! Vá atrás dela!

- Não é simples assim... Eu a maguei.

- O que houve?