39° Capítulo

2.3K 124 37
                                    

Maria Eduarda

A onde estou? O que faço aqui? Socorro! Alguém me ajuda!

Acordei ainda tonta, sem saber onde estava. O meu pensamento que naquele momento já estava totalmente transtornado, com uma sensação de insegurança, e um medo tremendo, gritava por socorro, mas a fita que tapava a minha boca, que estava apertada sugando todo o meu lábio, fazendo a respiração estar ofegante, não deixava que a clemência fosse escutada! O desespero havia tomado conta de todo o meu corpo. Só sentia além da certeza que morreria em breve, também a alta velocidade que aquele carro se encontrava.
Os covardes me colocaram no porta malas, com as mãos e os pés amarrados. Eu só observava por um buraco minúsculo, muitas árvores passando rápido pelo caminho deserto. Minha cabeça girava, meu corpo se contorcia só de imaginar o que seria feito de mim após chegarmos no lugar em que me levariam. Por que comigo? Eu não sou rica! Não tenho nada a oferecer!

A respiração. Ela estava fraca, meus pulmões se comprimiam em busca de ar. Ajuntando com o desespero e a tremedeira pensei que morreria ali mesmo! E na verdade até cheguei a torcer por isso, pois jamais suportaria a dor de ser estrupada, ou de passar por qualquer outra tortura.

A minha vida se passou pela minha cabeça como num filme, a minha infância, a escola, momentos em familia, até briguinhas com a minha irmã, o sorriso da minha mãe... Tudo! Tudo se passava pela minha cabeça e eu chorava, chorava sem parar pensando o que seria da minha mãe com uma filha morta, ou desaparecida.

E Justin! Meu Deus, será que ele sentiria minha falta se eu partisse hoje?

Meus olhos saltaram pra fora, quando o carro parou! Pensei: " Vou morrer agora"

Deus! Não deixa eu morrer! Deus eu lhe imploro! Nao deixa que nem um mal me aconteça por favor! Eu te imploro Deus! Eu não quero morrer

Meu coração torcia para que minhas súplicas fossem escutadas. Escutei a porta se abrindo, e ouvi uns cochichos que não conseguia entender, que a cada segundo ia ficando mal alto, sabendo que se aproximavam. Sabia que eram homens. E o que eles queriam comigo?

O porta malas se abriu, meu coração? Estava morto! Ele estava morto! Estava morto! Eu não estava mais viva!

Deus! Não permita que minha mãe sofras por minha causa! Cuide dela por mim.
Deus, minha irmã precisa de suas instruções, ela é uma boa menina, só precisa que alguém lhe mostre o caminho certo.
Deus! Meu pai, ele não merece ser indigente, ele errou! Mas que não erra? Só peço que a verdade apareça, ou que ele volte pra minha família!
Deus! Eu amo Justin Bieber, que ele encontre alguém que o queira tanto quanto eu o quis!

Pedi baixinho, agora aceitando o meu fim.

Eu olhei para aquele corpo frígido que me encarava com seu capuz preto tapando o rosto. Mas deixando os olhos a amostra.
Ele me puxou pra fora do carro, me jogando no chão sem medir esforços. Eu chorava, e chorava! O meu choro o incomodou, então ele chutou o meu rosto, enquanto dizia: "Fica quieta vadia"
O que eu fiz pra merecer isso?
Outro homem se aproximou, examinou meu rosto, e meus olhos suplicavam para não me matarem. Esperando que ele fosse alguém do bem, mas obviamente não era. Ele viu que escorria sangue do canto do meu olho.

TRUST (Justin Bieber) Onde histórias criam vida. Descubra agora