Trust

"Eu avisei-te..."

Atenção! Este capítulo contém conteúdo adulto.

Ele dirigiu-me um sorriso pequeno. 

"Anda, vamos subir." Disse pousando a mão na minha perna.

Saímos dos carro, ele deu-me a mão e subimos para o meu dormitório. Eu abri a porta, entrámos, ele atirou-se para cima da cama, despindo a t-shirt, e eu comecei a arrumar o quarto.

"Qual é o teu problema com roupa?" Perguntei a brincar. "Não perdes uma oportunidade de te despir."

"Estar vestido para quê? Não quero privar-te desta vista fantástica... e além disso gosto de te ver a comeres-me com os olhos." Argumentou com um sorriso malicioso. 

Parece que o Miller está de volta... mas só para mim.

"Convencido..." Revirei os olhos.

"Mas tu gostas... e não é pouco." Deu-me um daqueles olhares absolutamente irresistíveis.

"Pára de ser convencido Sam... não te fica bem." Menti. Fica-lhe mesmo muito bem.

"Vem cá." Ordenou.

"Estou a arrumar o quarto... que por acaso, foste tu que desarrumaste." Respondi a brincar.

"Eu?" Fingiu-se ofendido. "Porquê eu?"

"Porque espalhas roupa por tudo quanto é canto. Chegas aqui e começas a atirar roupa pelos ares." Deixou escapar um risada.

"Que saudades que eu tinha da faceta chatinha da minha namorada..." Brincou.

Ainda não me parecia realidade o facto de ser namorada dele, e quando ele me chamou de 'minha namorada' não consegui evitar sorrir.

"Não sou chata...sou organizada." Respondi ainda a tentar segurar o riso.

"Mas a desarrumação é tão boa... eu gosto de ver roupa espalhada por aí...faz uma decoração gira." 

Ele continuava com aquele sorriso provocante na cara. A observar cada passo que eu dava.

"Porque é que estás a olhar assim para mim?" Perguntei, já um pouco corada.

"Porquê? Não posso olhar assim para a minha namorada?"

Cada vez que ele insistia em chamar-me assim eu sentia um arrepio percorrer-me.

"Estás a intimidar-me Sam..." Deixei escapar uma risadinha e corei ainda mais.

"Ainda bem." Respondeu-me a morder o lábio... O sacana não faz a menor ideia do efeito que tem em mim... ou talvez faça.

"Parece-me que os papéis estão um pouco invertidos... quem me está a comer com os olhos és tu." Ri-me.

Continuei a arrumar umas coisa no guarda-roupa, de costas para ele. Ele levantou-se da cama, veio até ao pé de mim, por trás, colocou as mãos na minha cintura e puxou-me gentilmente para mais perto dele. Senti o seu calor a passar pela minha camisola e percorrer todo o meu corpo como uma onda de energia. Ele respirou perto do meu pescoço, e eu arrepiei-me. Deixou um beijo morno perto da orelha. 

"Podia estar a comer-te com o corpo todo, mas tu preferes arrumar o quarto..." Sussurrou no meu ouvido, com aquela voz rouca.

Eu engoli a seco e mordi o lábio. Ele fez-me rodar para que ficasse de frente para ele, o sorriso malicioso permanecia na sua cara, cada vez mais evidente. Pressionou o corpo contra o meu, o que me fez recuar, até ficar encostada à parede. Entrelaçou os dedos com os meus, e segurou os meus braços ao nível da minha cabeça. Passou a língua pelo lábio inferior, mordendo-o de seguida. Respirou fundo.