Trust

(2ª Parte) "Onde tu quiseres."

Não consigo ter os capítulos escritos e não os publicar,por isso vamos lá começar com a segunda parte!

Cá estamos nós... na festa de formatura. Sim... isso mesmo! Na festa de formatura da universidade. Acabei de completar o meu curso...não posso acreditar... parece que foi ontem que cheguei. Que vi o Sam pela primeira vez... Parece que tudo aconteceu tão rápido.

Os pais dele vieram para a nossa formatura hoje... andam loucos a tirar-nos fotos por tudo quanto é canto. Infelizmente os meus pais não puderam vir...

Porém, muito se passou nestes mais de dois, e há coisas que não podem ficar por contar...

Recordações*** O dia em que não fui embora***

O Sam deu-me a mão e guiou-me até ao seu carro. Regressámos ao meu dormitório... ao nosso pequeno mundo. Voltámos a fazer a nossa vida normal, após eu ter ligado à minha mãe para lhe dizer que tinha decidido ficar. Ele mudou todas as suas coisas de novo para o meu dormitório, e eu nunca me senti tão sortuda na minha vida, por ter uma pessoa como ele a meu lado, para me abraçar e para me confortar...

***

Ponto de vista da Kylie

Ainda não consigo acreditar que a Jo ficou! Aqueles dois lutam contra o destino todos os dias... ainda bem que a minha relação com o Jake é bem mais fácil e descomplicada. Talvez seja assim porque ambos somos descontraídos e extrovertidos. Almas gémeas, diria mesmo.

Esta tarde o professor faltou, então decidi vir fazer-lhe uma surpresa. A porta da entrada da mansão da fraternidade está sempre só encostada, por isso entrei, subi as escadas e dirigi-me ao quarto dele. Ainda a meio do corredor comecei a ouvir risos, mas não liguei, há pelo menos mais 7 quartos no corredor, e o barulho podia vir de qualquer um deles. Aproximo-me mais do seu quarto.

"Pára Jake... estás a fazer-me cócegas..." Ouvi uma voz feminina. 

A fisga da porta estava aberta, eu espreitei já com os olhos rasos de lágrimas. Uma rapariga ruiva está com ele, na cama, apenas de roupa interior, ele está por cima dela a fazer-lhe cócegas. Parou... beijou-a. Mas espera... aquela é a...

"Michelle?" Gritei a entrar no quarto.

Ele saiu de cima dela, à pressa.

"Kylie... não é o que parece. Eu juro!"

"Não é o que parece? Então é o quê?" Perguntei enfurecida.

Ele olhou para baixo e suspirou.

"Pronto... ok... é o que parece... Desculpa..."

Eu não respondi. Engoli o choro, para não me mostrar fraca à sua frente. Saí a correr pelo corredor. Entrei no carro. E agora? Vou para onde? Peguei no telemóvel.

"Olá miúda, então? O que andas a fazer?" Ela atendeu.

"Jo... Posso ir ter ao teu dormitório? Preciso muito de desabafar agora." Perguntei com voz trémula.

"Eu não estou no campus, mas vou já para aí. Podes ir para o meu dormitório, há uma chave de reserva na gaveta da secretária da entrada, eu estou aí em meia hora, ok?"