"Talvez para sempre..."

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Atenção!!! Desfrutem deste gif maravilhoso *-*

Pude sentir o seu sobressalto quando lhe toquei. Ela olhou para trás e os nossos olhos encontraram-se pela primeira vez em mais de um ano.

"Sam?" Perguntou, congelada, a olhar para mim.

Eu não sabia se devia sorrir, se devia chorar, se a devia abraçar. Fiquei sem reação. Se ela não me esperava aqui, muito menos eu a esperava a ela. Durante instantes não conseguimos dizer nem fazer nada. Eu fiquei a olha-la nos olhos, a tentar mergulhar o mais profundamente possível na sua alma através deles. 

De uma forma estranha senti o meu peito a encher-se de alegria, e a minha expressão, que até então era de puro espanto, abriu um sorriso que não consegui controlar. 

Aos pouco ela sorriu também. Por um impulso sobrenatural do meu corpo abracei-a de uma forma que eu nem sabia que se podia abraçar alguém. Ela abraçou-me de volta encostando a cabeça no meu peito, deixei um beijo na sua testa sem nunca deixar de a envolver nos meus braços. 

Não consegui evitar começar a sentir os olhos molhados. Tentei lutar contra as lágrimas tanto quanto consegui, mas chegou a um ponto em que simplesmente ficou impossível. Eu não estava a chorar por estar triste. Acho que foi a emoção daquele momento que eu pensei que nunca iria viver, porque já tinha perdido toda a esperança de um reencontro com ela.

Nos meus braços o seu corpo tremia de uma forma que não consigo explicar. Ainda nenhum de nós tinha tido a coragem de dizer uma única palavra. 

"Pensei que nunca mais te ia ter nos meus braços." Quebrei o silêncio. 

"Eu ainda não acredito que estás aqui..." Respondeu, afastando-se de mim com os olhos húmidos.

"Eu tenho tantas coisas para te dizer... mas não consigo dizer nada." Eu estava absolutamente desorientando. 

Por esta altura a amiga dela já tinha entrado no táxi e ido embora. Provavelmente apercebeu-se do que estava a acontecer e deixou-nos sozinhos. 

"Tive saudades tuas..." Declarou, limpando uma lágrima.

"Porque é que choras meu amor?" Dei-lhe um sorriso. 

E sim, chamei-lhe meu amor, porque ela sempre o foi, e nunca vai deixar de o ser.

"Não sei... eu só... não sei." Percebi que ela estava tão desorientada quando eu. 

Peguei na sua mão, conduzi-a de volta até àqueles bancos onde estava sentado quando a vi. Sentámo-nos. 

"Soube que tens um bom emprego..." Meti conversa. 

"Sim... e tu?"

"Estou cá exatamente por causa do meu emprego... viagem de negócios..."

"E... trouxeste alguém?" Perguntou quase a medo. 

"Não, vim sozinho..."

"E deixaste alguém lá em São Francisco?"

"Eu já não estou em São Francisco. Estou em Los Angeles, e se estás a tentar perguntar se eu estou com alguém, não, não estou. E tu?"

"Não..." 

Fizemos silêncio durante alguns instantes. 

"Porque é que parecemos tão tristes agora que estamos juntos?" Quebrei o silêncio.

"Não estou triste. Estou apenas incrédula."

Ponto de vista da Joana. 

Ele olhou para mim e sorriu.

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