Neon Nights

Capítulo 10 - Troye

Troye - Acordado

A luz do sol os tocou, Troye abriu os olhos e olhou ao redor. Estava aninhado no peito de Hugo, na cama dele, coberto pelos lençóis dele e pelos braços dele. As cortinas das janelas estavam abertas e a luz adentrava o quarto. Troye observou o corpo de Hugo, a pele lisa e bronzeada, ele deveria não ter nascido lá ou então era descendente de alguém latino, mas os tons de sua pele eram lindos.

Troye tinha que retornar para casa e teria que acordar Hugo. Decidiu que para não assustá-lo, sutilmente tocaria o rosto dele e assim o fez. Hugo deitado naquela cama, vagamente encoberto pelos lençóis parecia para Troye um anjo que acabara de cair na cama. Porém hávia algo que Troye não contava, ele se sentia estranho em relação ao que sentia por Hugo, seria só atração ou interesse? Pois de certo não era amor...

E abrindo os olhos, devagar, Hugo despertou, sorrindo. Troye o encarou em silêncio e percebeu que ele também tentava compreender a situação. Sem que Troye pudesse imaginar, Hugo o puxou para um beijo, quente e afável logo pela manhã.

–  Bom dia príncipe –  falou Hugo.

–  Bom dia anjo –  respondeu Troye e sorriu.

–  Anjo? Acho que não... –  disse Hugo e se desvencilhando de Troye, sentou-se na cama.

–  Tudo bem? –  questionou Troye, um pouco intrigado, sem saber o que fazer.

–  Está, está tudo bem, que tal um café da manhã? Venha, eu preparo –  Hugo estendeu a mão para Troye que não conseguiu desviar o olhar do corpo do rapaz, completamente liso, semelhante a uma estátua de bronze. Ambos, estavam nus e Hugo pareceu não se importar.

Tomaram café e Troye disse a Hugo que deveria ir embora, ele apenas assentiu e colocando as roupas desceram. Hugo o levou em casa, deixando o em segurança, lhe pedindo um beijo de despedida. Troye assistiu com a mão na maçaneta para abrir a porta, o carro de Hugo desaparecer nas ruas do bairro. Sam ainda estava dormindo quando Troye chegou. A cama dele estava preparada como se Sam tivesse deixado tudo pronto.

Troye se lançou para cima da cama e fechou os olhos, precisava de mais algum descanso antes de começar o dia. Troye acabou por sonhar com lugares escuros e anjos e sangue. Acordou assustado quando seu celular tocou. Atendendo com dificuldade sem nem sequer olhar a tela, uma única coisa entregou quem era:

–  Oi, Troye –  disse Mark.

–  O que você quer? Por que está me ligando? –  perguntou Troye e se sentou na cama reparando que Sam não estava mais lá.

–  Eu sei que eu errei, sei disso, me perdoa? Pode me perdoar? Pode voltar para casa?

–  Coisas demais, Mark. Minha casa é aqui agora. Será que você consegue entender? Estou vivendo bem sem você.

Troye percebeu que Mark parecia cansado, mas ele não poderia se abalar por aquilo. Ele não podia se deixar levar pelas coisas que Mark falava.

–  Troye, tenta entender, aconteceu tanta coisa desde que você se foi, por favor, volta para casa, é tudo o que eu peço.

–  Eu não me importo com o que você quer Mark –  cortou Troye.

–  E pelo seu pai você voltaria? –  falou Mark. Troye hesitou, alguma coisa estava errada.

–  O quê? O que tem meu pai? –  questionou ele, a voz falhando.

–  Troye seu pai sofreu um acidente, ele está no hospital, internado em estado grave. Como você não atendia as ligações da sua casa, ninguém conseguiu te avisar...

O mundo de Troye pareceu se dissolver e derreter, o que Mark havia acabado de dizer? Não, não podia ser verdade. Troye desligou o telefone exatamente quando Sam adentrou o quarto e se deparou com um Troye assustado e prestes a chorar.

–  Troye? Troye, o que houve? O que está acontecendo?

–  Meu pai, Sam. Sofreu um acidente e está internado em estado grave, eu... Eu tenho que ir para casa, tenho que voltar.

–  Como é? Explica melhor Troye, calma.

E Troye tentou resumir a situação, Sam o ouviu sem saber direito o que dizer e como reagir.Troye estava nervoso e tremia. Ele tinha que pensar em algo para tentar resolver essa situação ou ao menos, visitar o pai, não importava o que ele havia feito, era o pai dele.