Neon Nights

Capítulo 2 - Hugo

Hugo - Patrão

Após uma noite intensa e repleta de sexo, meus olhos não queriam abrir e o corpo parecia pesado e desgastado. Me obriguei a levantar e abrir as cortinas, o meu corpo descoberto reluzindo às primeiras luzes da manhã e as cenas de toda a sacanagem de ontem vindo até mim. Como diariamente, escolhi minha camisa, meu terno e minha gravata. Coloquei os sapatos, relógio, olhei no espelho, ajeitei o cabelo e saí.

Emilly me esperava com café porque sabia, a ressaca estava brava. Não tanto quanto ela já me viu antes mas, os óculos escuros me denunciavam.

–  Bom dia senhor Hernandez  –   falou ela.

–  Bom dia senhora Jones. Café, ótimo. Estou precisando e hoje quero algo leve, será que pode ser? –  pedi e ela imediatamente sorriu.

–  É para já! Saindo em cinco minutos.

Eu observava as pessoas e eu sabia que Emilly é apaixonada por mim, mesmo que ela negue, acho que ela deve pensar sobre as regras da vida de empregados e patrões, bem os dois não devem ter um caso e de qualquer forma, eu sentiria em desapontá-la, mas eu não curto a fruta que ela curte mesmo que eu tente ser discreto o bastante para não deixar ninguém perceber.

Me alimentei e saí. Hoje um carro esporte me faria bem. Os meus dias rotineiros me faziam procurar por sexo ou algumas loucuras de vez em quando. Era bom, apesar de cansar, eu estava me sentindo ótimo. Os ventos cruzavam com o carro e eu descia a estrada como se fosse queimá-la. Estacionei, subi até o andar de praxe e conversei com a senhora Daisy, nenhuma novidade hoje. Exceto por meu patrão vir me visitar e bem, eu estarei esperando.

Nada estava fora do lugar, trabalhei normalmente e sem ansiedade, ligações, documentos, prestar atenção na vida alheia, mais ligações e mais atenção na vida alheia. E a Daisy anunciou, finalmente que o senhor Pattrick estava subindo. Me levantei e o aguardei de pé. Quando ele abriu a porta e sorridente me cumprimentou, eu fiz o mesmo. Ele um homem de idade, experiente. De cabelos brancos e nenhuma barba, não faz o meu tipo.

–  Hugo, Hugo, você não me decepciona, mas sabe como é, é sempre bom estar de olho na produtividade dos meus funcionários. Posso confiar em você? –  questionou ele com uma sobrancelha erguida.

–  Sim, pode confiar em mim senhor. Tenho feito o meu trabalho corretamente.

–  Eu sei que sim, eu sei que sim –  concordou ele e se levantou. Hesitou. Parecia estar pensando em dizer algo, procurando as palavras e por fim, falou:

–  Espero realmente não me decepcionar... E ah, um novo funcionário está aí hoje. Faça amizade com ele pois vocês viajarão a negócio na semana que vem –  piscou ele e saiu.

–  Certo –  sussurrei mais para mim mesmo pois por essa eu não esperava hoje.

E não demorou para que Daisy anunciasse a visita do tal novo funcionário, não pude evitar mas o imaginei gordo, careca e velho com óculos para poder enxergar e me surpreendi ao autorizá-lo a entrar e passar pela porta do meu escritório.

Ele era gostoso! Devia ter em torno de trinta anos de idade, não muito mais velho que eu. Pegável, muito pegável. Tive fantasias com ele assim que ele sorriu, imaginei-me colocando uma mão dentro da sua calça e com a outra, batendo nele com o cinto, dor e prazer.

Porém em minha imaginação fui lançado de volta ao chão. Olhei atrás dele e vi quem o estava acompanhando. Alex, um certo alguém que eu já tive meus devaneios mas se mostrou um lixo de caráter e homem. Alex, tinha um porte forte e casual, os olhos brilhando como piscinas.

–  Hugo! Estava falando sobre você agora. Vejo que veio conhecê-lo Esteban!

Ah, ele não estava o acompanhando, pensei.

–  Sim e aliás é um prazer conhecê-lo Hugo, Esteban é meu nome.

–  Prazer digo eu –falei e apertei a mão dele.

Esteban sorriu, a barba escura e cheia, a pele branca e o corpo magro, mas observei, definido. Ele devia malhar.

–  Ótimo, soube que vocês viajarão à negócios semana que vem? Esteban mal chegou e já é importante na empresa, meus parabéns –  afirmou e nos parabenizou Alex. Ignorei ele.

–  É, parabéns –  falei sem tirar os olhos de Esteban e ele era todo sorriso.

–  Bom, vou deixá-los conversar a sós. E seja bem-vindo a nossa empresa Esteban!

–  Eu já estou de saída também, só vim me apresentar para o senhor Hugo. E bem, vou indo –  ele olhou para mim, estendeu a mão mais uma vez e eu a apertei longamente desta vez.

Alex nos observava da porta e os dois saíram juntos. Mas na minha mente só havia o Esteban que era o cara que eu com certeza tentaria assediar. Colocá-lo de quatro e fazê-lo chupar.