Neon Nights

Capítulo 6 - Bryan

Bryan - Abalo

Bryan observou o tal garoto Troye, Bryan sabia sem precisar perguntar, Troye estava ali pela primeira vez e era muito bonito e novo. Resolvendo conversar com o garoto e para confirmar o que sabia, perguntou e Troye assentiu, sorrindo. Não conseguiu explicar, mas sentiu uma atração por Troye, não amorosa, nem física, simplesmente não tinha explicação, uma energia, a mesma que sentiu pelo tal Hugo.

Um outro garoto postou-se ao lado de Troye e eles conversaram sem que Bryan pudesse ouvir. A experiência na noite dizia a ele que os dois não eram namorado, só amigos. Claro que Bryan queria entender melhor o que era a atração que estava sentindo e para isso teria que convencer os dois e Luce a se juntarem e a acompanhá-los mais profundamente ainda para as noites de Nova Iorque.

–  Não sei, eu e meu amigo estamos sem dinheiro, sabe? –  falou Troye.

–  Deixem disso, andem comigo e conheçam os clubes mais importantes e badalados de Nova Iorque, diga-me Troye você já assistiu uma drag se apresentar? –  conversou Bryan.

–  Não, nunca. Não estou acostumado a essas coisas, sabe?

–  Sei, é uma pena eu não poder me apresentar hoje, caso contrário você veria um dos melhores shows, sem me gabar –  e Bryan ergueu os braços.

Troye sorriu e acabou por aceitar o convite do estranho magnético Bryan, ele era o tipo de menino elétrico e louco, percebeu Troye conforme eles todos, Sam e Luce também seguiram em diante para os próximos bailes. Bryan sabia que Troye nunca havia ficado com tantos garotos em sua vida.

Ao longo da noite, Bryan descobriu que Troye se mudou a pouco tempo e que está vivendo (e fugindo) dos pais e do ex namorado, também descobriu que Troye era desenhista de moda e que talvez ele prestaria faculdade de moda. Uma descoberta e tanto, pensou Bryan e teve uma brilhante ideia, Jason e Troye estavam solteiros! Por que não juntar os dois?

–  Não concordo, não, não mesmo! Você mal conheceu o menino –  vociferou Luce enquanto retornavam para casa horas depois, a voz demonstrando seriedade e leve irritação.

–  Luce, fala sério, você praticamente se apaixonou por uma menina que conheceu na balada e não quer dar a chance para o Jason também?

–  Não é só isso Bryan! Posso estar errada, mas o Troye me pareceu boa pessoa, porém. Jason tem que escolher quem ele quer, não você e-e se eles não se gostarem?

–  Ah olha para o Jason é lindo e olha para aquele garoto Troye, é perfeito!_Bryan falava como se Troye estivesse ali.

–  Faz o que quiser Bryan, só que você tem que ver como Jason está antes, ele estava bem doente.

–   Eu sei, eu falei com ele antes de sair de casa. Quer visitar ele depois que acabar o trabalho?–   sugeriu Bryan tentando amenizar a situação.

–  É, sim e vê se não deixa o menino na expectativa com esse tal de Troye. Só te falo isso...

–  Tá certo, tá certo.

Bryan e Luce enfrentaram mais um dia de trabalho, rapidamente limparam o chão e as muitas mesas do local. Quando tudo estava organizado, abriram as portas do restaurante. Pouco antes de sair para almoçar, o patrão de Bryan o chamou até o escritório e Bryan apreensivo, caminhou até lá.

–  Como está Bryan? A fratura? Está melhor?

–  Está sim senhor, muito melhor. Obrigado –  parado, Bryan olhou para o patrão, um homem simples, de roupas largadas, óculos e um pouco velho.

–  Então, eu te chamei aqui pois, eu queria dizer que foi muito bom todo este tempo, trabalhando aqui, mas infelizmente, sinto em ter de demiti-lo.

–  O que? Não, eu... –  e se calou. Seria melhor ficar calado.

–  Amanhã não precisa vir mais. É tudo.

–  Está certo –  Bryan se retirou da sala e se encaminhou direto para fora.

O pior de tudo para ele, era que o salário do resturante o ajudava a pagar o aluguel do apartamento, ele não sabia o que faria agora. Tentou fazer o possível para o resto do dia parecer normal, ele iria contar para Luce cedo ou tarde até que... Ele olhou para a porta e aqueles três garotos estavam ali. Bryan bufou. Luce olhou para ele preocupada e saiu para atender, porém Bryan se prostrou na frente dela.

–  Não, eu vou. Volta lá pra trás.

–  Okay, mas Bryan... –  começou Luce.

–  Deixa, não se preocupa! –  e ele foi atendê-los.

Suspirando, Bryan parou de frente a eles e os risinhos.

–  Frutinha, continua trabalhando aqui? Não cansou da humilhação da última vez? –  falou o garoto que parecia ser o único que falava entre os três.

–  O que vai ser hoje, rapazes? –  exaltou a voz.

E eles pediram, não sem antes soltar uma piadinha sobre Bryan. Preparado para o que poderia vir, Bryan se voltou para o outro garoto da ponta e falou firmemente:

–  Não tente me derrubar de novo, a vergonha que você passou tentando a última vez não foi suficiente?

Bryan o olhou seriamente e o garoto ficou em silêncio. Pomposamente ele seguiu caminho até o balcão depositou o pedido e retornou para atender os clientes, parou e piscou para Luce que permaneceu boquiaberta. Bandejas e pedidos, pacificamente até a hora de atender os garotos de novo.

Erguendo a bandeja, Bryan depositou os pedidos na mesa, ouvindo as risadinhas e piadinhas. Bryan tentou suportar e aguentar calado até explodir:

–  Oh viadinho, tá errado! Esse é o meu! –  disse o garoto.

–  Ah é? Jura que esse é o seu? Então toma! –  pegando o sanduíche com a mão Bryan jogou em cima da cabeça do garoto, pegou o ketchup e despejou em cima dele também. E antes que pudesse perceber o garoto estava de pé e Luce do seu lado.

–  Viado, eu vou te matar! –  grunhiu o cara.

–  Vem, tenta! –  respondeu Bryan. Afinal, ele não tinha nada a perder mesmo...

Bryan nunca foi fraco, nem de se deixar abalar...