O amor é paciente e benigno,
o amor não arde em ciúmes,
não se ufana, não se
ensoberbece, não procura os
seus interesses, não se exaspera, não se alegra com a injustiça, mais se regozija com a verdade, tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta... E blá blá blá!Eu sinceramente estou cansado de ouvir esse tipo de coisa o tempo todo, em quase todos os lugares em que vou, sempre há pessoas falando de amor e suas trivialidades.
Eu não tenho sorte no amor, e isso já constatei há muito tempo, e mesmo sabendo disso continuei atrás de alguém para ser feliz, mais sempre quebrei a cara. Minha mãe costuma fala que o primeiro amor à gente nunca esqueci, e me pergunto se ela não vê que essa historia, é uma tremenda babaquice e criancisse de sua parte! Sim, estou sendo muito expressivo ao que penso mais se continuasse guardando tudo isso pra mim mesmo, juro que explodiria. Vamos recapitular do início o porquê dessa minha opinião em relação ao amor.
Vejamos tudo começou quando eu tinha exatamente 10 anos, foi quando meu olhar em relação às garotas começou a mudar. Recordo-me que nessa época, a maioria dos meus amigos não ligava pra isso e sim pra futebol e videogames. A maioria das vezes que meus amigos, em específico Naruto, me chamavam para ir na sua casa, era para fazer uma maratona de quem zerava o Mario Brós, em um dia. Claro que eu nunca ganhava, pois, não ficava prestando atenção no jogo, eu apenas ficava a observar Karin.
Karin era prima de Naruto, meu melhor amigo, ou pelo menos era... Karin era ruiva e tinha algumas sardas ao longo de seu nariz e bochechas, ela também usava óculos e eram um ano mais nova que eu. Já era evidente que estava entrando na pré-adolescência, pois, era um pouco visível dois pequenos volumes em sua blusa, que futuramente seriam seus seios. Karin tinha um lado brincalhão, e sério, e isso era o que mais chamava minha atenção. Quando finalmente havia chegado às férias de verão, para os meus amigos significava acordar tarde, joga bola, viajar e principalmente fazer maratonas de videogames, já para mim, significava uma coisa, vê-la.
Ir para casa de Naruto era como ir ao parque de diversões, pois, sempre há um brinquedo que você gosta mais que os outros, e se possível voltaria, varias, e varias vezes, só para poder andar no mesmo novamente. E era essa sensação de ir pra lá, no caso o meu brinquedo favorito era Karin. Naruto sempre gostava de inventar brincadeiras para nós, e uma delas que eu gostava em particular era pique esconde, era sempre a minha favorita por um motivo, eu poderia me esconder no mesmo lugar que Karin, e assim, ficar a sós com a mesma pelo menos pouco tempo, o pouco tempo que usava para analisar como há mesma era linda e imaginar seus lábios nos meus.
Vocês que estão lendo nesse momento, devem estar se perguntando, como uma criança de 10 anos tem pensamentos assim, e eu respondo; Acho que todos nós já passamos por essa fase na pré-adolescência, aquele momento em que começamos a amadurecer e olhar a vida de um modo diferente, ter seu primeiro amor platônico e imaginar como seria se ficassem juntos, isso acontece com mais frequência paras as garotas, acredito que eu fui um caso a parte, pois, meus amigos só começaram a realmente ver as garotas com outros olhos aos 13 pra 14 anos.
Continuando, quando foi escolhida a pessoa que iria contar, todos correram para seus esconderijos e eu o mesmo que Karin. Durante esses meses que não tinha há visto, seus pequenos seios aumentaram e estava um pouco mais visível, seu cabelo ruivo também estava maior, na altura da cintura, e seu corpo estava um pouco mais formado. Ela estava usando um shorts jeans curto e uma camiseta do Harry Potter, ( nessa época a maioria dos meus amigos estavam viciados nele.) que deixava amostra suas pernas, não era mais aquela garota que usava vestidos e trancinhas. Seus lábios estavam pintados com um pouco de batom e ela já não se encontrava mais com seus óculos. Parecia um pouco mais madura fisicamente e também mentalmente, mais ainda mantinha seu jeito brincalhão e seria de ser, o que me deixou feliz.
Eu também havia mudado, não muito quanto ela, mais estavam crescendo cabelos em meu corpo, e "coisas estava mudando", havia crescido um pouco e já eram notáveis meus pequenos músculos. Como estava um pouco mais alto que Karin nos encontrávamos num impasse, ela estava muito bonita com sua aquela sua blusa de Hogwarts e não pude segurar os impulsos de meu corpo. Me lembro de ter empurrado ela na parede e a beijar, no começo ela apenas me fitava surpresa com seus lindos olhos amendoados, que nunca havia reparado antes, mais logo depois se deixou levar e segurou minha nuca, correspondendo o beijo, o que me surpreendeu. Claro que não foi aquele beijo que você vê em filmes ou ler em livros, foi um beijo meio infantil, por conta da nossa falta de experiência, mais como tinha ouvido falar, você nunca esquece com quem você do seu primeiro beijo. Depois disso, Karin ficou me olhando por um tempo, e logo em seguida saiu correndo e me deixou lá, sozinho, estático.
Durante todas as férias, ela me evito ao máximo, não me olhava, e muito menos dialogava comigo, evitava ficar a sós e coisas do tipo, até no seu último dia na casa do Naruto. Lembro claramente desse dia, estavam todos os garotos na sala de esta jogando como sempre, estava indo em direção ao banheiro quando senti uma mão pegar meu braço e me puxa para dentro da dispensa, era Karin. Ela estava séria.
- Sasuke, por que você fez aquilo? - Perguntou calma.
- O que? - Me fiz de desentendido.
- O beijo. - Falou - Por que você me beijou naquele dia?
- Eu... - Estava sem nada para dizer, ou melhor, tinha bastante coisa para dizer, só não conseguia por para fora. O olhar que Karin me dava era desconfortável, então mesmo sem coragem falei o que tinha pensava a um tempo. - Karin, eu gosto de você há muito tempo, e por isso eu te beijei, por que acho você a garota mais bonita que já vi na vida, e eu espero que você também goste de mim. - Digo tudo em um único fôlego e completamente vermelho. Ela fica calada por alguns minutos, olha ao redor e então fala.
- Eu já gosto de uma pessoa. - Naquele momento eu senti a chamada dor da rejeição, era uma dor no coração e senti uma enorme vontade de chorar, aos meus 11 anos eu estava tento minha primeira experiência com a rejeição, a que Itachi havia falado antes. E naquele momento constrangedor a única coisa que me veio em mente, foi sair correndo da dispensa e ir pra casa o mais rápido possível e deitar na minha cama e chorar, sim, chorar muito. Naquela época era muito normal pra mim, chorar não era um sacrifício.
Há noite, nesse mesmo dia, Naruto ligou para minha casa perguntando o que havia acontecido, por que eu tinha ido embora sem me despedir de Karin e ter deixado minhas coisas lá, e eu apenas responde que não estava me sentindo muito bem e fui para casa descansar. Desde desse dia a última vez que há vi foi cinco anos depois quando eu estava com 16 anos, e ela provavelmente com seus 15, mais ainda continuava bonita, ou melhor, linda. Soube pouco tempo depois do que ocorrido na dispensa quem era a pessoa que ela gostava, Naruto me contou. Ela estava namorando um dos nossos amigos de infância, Suigetsu. Que era quem ela gostava, na verdade eles sempre foram muito amigos, desde novos, não me surpreende quando soube. E como havia falado no início, desde muito sedo não tive sorte no amor, e é por isso que penso que tudo relacionado ao mesmo é perda de tempo.
CONTINUA...
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝓕𝓸𝓽𝓸𝓰𝓻𝓪𝓯𝓲𝓪
RomanceVocê acredita em amor a primeira vista? Sasuke uchiha não, ele nunca foi o tipo de cara que sonhava em encontrar o amor da sua vida numa esquina, muito menos a primeira vista. Digamos que ele é até um pouco fechado em relação á sentimentos amorosos...