Capítulo XXXIII

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Ao chegarmos no aeroporto, vamos até o desembarque do portão 4, dona Mikoto está sorridente, e por um momento eu me senti mal por ter agido daquela forma no jantar. Hinata decidiu ficar com seu pai e Hanabi, restando apenas nos. Meu pai me olhou por uns minutos e então veio em minha direção.

— Fiquei surpreso com sua atitude hoje. — fala com seu típico tom de voz.

— Acho que sou bom em surpreender você. — Digo.

— Sasuke, eu sei que não sou um pai bom, admitido que não concordo com a escolha da sua profissão, mas quero que sabia que pode contar comigo. — O olho surpreso, até demais, nunca imaginei que um dia meu pai falaria algo assim pra mim, isso me deixou muito feliz, não posso mentir. — Não leve tudo o que sua mãe fala ao pé da letra, acho que você sabe que não sou de tomar decisões precipitadas.—. Ele diz e olho pra ele, eu entendi o que ele quis dizer. Que essa adoção, não foi só por capricho de dona Mikoto, ele também queria isso.

— Eu não levo. — respondo simplesmente, mais sei que meu pai entendeu o que eu realmente sinto.

— Vamos lá, não vai ser um bicho de sete cabeças, irmãozinho tolo.— Itachi chega, pondo um fim na curta conversar que tive com meu pai, nossa relação sempre foi assim, nunca fui muito chegando ao meu pai, e isso só piorou depôs da mudança de bairro, aos poucos fomos ficando cada vez mais distantes, até chegar ao ponto em que só trocamos algumas palavras quando realmente nescessário. Não é que eu odeei meu pai, longe disso, só não somos tão próximos assim, o tempo nós fez ficar afastados, acho que por Itachi ter sido o primogênito, ele teve mais atenção do meu pai, mais eu não me importo com isso. Na verdade, nem mesmo dona Mikoto tem essa afinidade comigo, por mim mesmo. Desde cedo eu sabia o que eu queira, e uma dessas coisas era ter o controle de tudo, um lugar so meu, sem ter que dar satisfação pra ninguém, sempre fui muito independente, e isso não mudou até agora.

— Idiota. — falo e vou em direção a dona Mikoto, é perceptível que ela está ansiosa. — Como a senhora está? — Pergunto, ela me olha e sorrir.

— Estou ótima, você vai gostar muito dele, tenho certeza. — Fala animada. — Ele é um amor de menino, vocês vão se dar bem, tenho certeza.

— Como isso pode acontecer, se eu não falo mandarim?— digo.

— Ele é inteligente, ele me contou que por ser um dos mais velhos do orfanato, certamente um dia ele iria ter que ir embora, quando a maior idade chegasse ele deveria está preparado. — ouço atento. — Ele passava a maioria do seu tempo estudando, então ele aprendeu outros idiomas, ele fala muito bem japonês, coreano, inglês e um pouco de português, e o mandarim, sua língua materna.— Não vou negar que isso me deixou surpreso, eu só aprendi inglês, e com muita insistência de dona Mikoto, mais esse garoto é poliglota com 17 anos.— Olha, é ele. — ela fala mais animada e acena para um garoto com cabelos negros e pele bem pálida, ele é magro e seu rosto tem várias esponjas, e veste uma calça comprida jeans preta surrada, e uma coisa de mangas longas. Ele sorrir abertamente quando vê minha mãe e vem em nossa direção correndo. Surpreendentemente meu pai vai em direção a ele, e os dois se abração.

— Que bom que chegou. — meu pai fala, ele sorri, isso mesmo ele sorriu. Um sorriso ao qual não via no rosto de meu pai a muito tempo. — Como foi a viagem?— pergunta dando leves tapas nas costas do garoto.

— Foi muito bem. — ele responde, e me surpreendo por seu japonês sair perfeito.

— Finalmente, estava tão ansiosa pra você chega logo.— minha mãe fala abraçando. — Fiquei muito feliz que deu tudo certo. — ele sorrir alegre.

— Olá, sou seu irmão Mais velho agora, Itachi. — ele comprimenta Itachi segurando em sua mão, mais Itachi por sua vez o puxa pra um abraço.

— Meninos digam oi pro titio Shisui. — Mey fala.

— Oi titio. — os gêmeos falam juntos, ele os olha e se agacha para ficar na altura dos dois e sorrir.

— Olá meninos, vocês são muito bonitos. — fala passando suas mãos em seus cabelos.

— Vamos lá, é a sua vez. — Itachi fala pra mim, todos me olham, ele se levanta e me olha. Isso não poderia ser pior, mais vou levar tudo numa boa, afinal ele é da família agora. Vou até o mesmo e estendo minha mão.

— Oi Shisui, sou o seu segundo irmão mais velho, Sasuke. — Digo, ele sorrir e pega ma minha mão, e vendo o mesmo de perto, pude ver algumas cicatrizes em seu rosto, um perto de seu olho e outro em sua testa. — Bem vindo a família. — ele concorda com a cabeça e sorrir mais um vez, seus olhos começam a ficar avermelhados, e logo lágrimas brotam.  O olho sem enter os que está acontecendo, será que falei alguma coisa errada? — Você está bem?

— Sim, estou muito bem.— Diz passando as costas de suas mãos em seus olhos. — Eu só estou muito feliz. — fala com a voz embargada e abafada. Minha mãe vem em nosso admiração e o abraça, ele retribui e então chora alto, aquele tipo de choro de quando estamos aliviados. Meu pai vai até os dois e os abraça, os gêmeos também, logo Itachi e Meyrumi, e eu fico ali parado, até que Meu susurra um " vem logo", mesmo não gostando da odeia, vou, não quero ser o estraga prazeres dessa vez. Basicamente estamos parecendo um bando de loucos no meio do aeroporto, isso não podia ser mais constrangedor.

— Acho que tá bom. — falo me afastando.— Vocês vão acabar matando ele antes de irmos pra casa.

— Como sempre, você estraga o momento né. — Itachi fala pegando Daysuke no braço.

— Ele está certo, você deve está cansado da viagem, não é filho?— minha mãe pergunta para Shisui, e essa é a primeira vez que ouço ela falando a palavra filho pra ele.

— Sim, mais estou bem. Estou muito feliz de está aqui mãe.— ele responde e essa também é a primeira vez que ouço uma pessoa desconhecida chamando mãe , a minha mãe.

— Vamos, fizemos um almoço bem especial pra você na casa do Itachi. — Meu pai fala pegando sua mala. Então seguimos rumo a saída do aeroporto, meus pais vão com ele no carro deles, decido ir no carro junto de Itachi e Mey.

— Ele parece ser um ótimo garoto, e o japonês dele é ótimo também.— Me fala animada.

—Sim. — Itachi responde. — E você Sasuke, o que acho dele?— pergunta.

— Eu não sei, mais percebi que ele tem algumas cicatrizes no seu rosto. — falo olhando pra paisagem.

— Bem, a mãe me falou que antes dele morar no orfanato, ele morava com o o padrasto, parece que ele espancava ele, quando a mãe dele morreu, o padrasto ficou como guardião legal e não era um boa pessoa. — volto minha atenção para Itachi. — Ele fugiu de casa em uma noite onde o padrasto dele bebeu, a moça do orfanato disse pra mãe, que o padrasto dele já tinha acusações de tentativa de homicídio. — suspiro, não pensei que a vida dele tivesse sido tão ruim assim.

CONTINUA...

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