Capítulo XIX

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Ela me olha depois de ter afastado nossos lábios consideravelmente. O sorriso vitorioso está exibido em meu rosto, enquanto o seu a vermelhidão ganha cada vez mais cor.

- Que isso gente! - Karin fala animada no microfone atiçando a multidão de mulheres.- Se eu não tivesse casado hoje depois de ver esse beijo estaria do mesmo jeito que as meninas! - Sorrisos tomam conta do salão.

- Acho que não vou me recuperar tão cedo! Minha calcinha está molhada.- Alguma das várias mulheres grita essa frase me deixando vermelho.

- Quê isso menina! - Karin a repreende.

- Agora é a minha vez de fazer as calcinhas de vocês ficarem encharcadas...- Suigetsu fala subindo no palco onde Karin se encontra. Essa é a minha deixa e de Hinata de escapar da multidão de mulheres com fogo entre as pernas, bom, acho que é um dos efeitos do álcool, mais não deixa de ser assustador.

- Vamos ir embora.- Digo pegando a sua mão e a levando pra fora do imenso salão de festas. O vento frio bate de encontro aos nossos corpos, a rua está deserta

- Eu já percebi que você é bem competitivo!- Solta quando chegamos no carro. Sorrio com sua afirmação.

- O que posso dizer em minha defesa?- Falo e ela maneia sua cabeça para o lado. - Acho que é o sangue Uchiha de competitivo dentro das minhas veias...- Ela solta uma gargalhada e ao mesmo tempo revira os olhos.

- Me poupe! - Diz e entrando no carro. Sorrio e faço a mesma coisa.

- Como assim " me poupe"? - Pergunto pondo o cinto de segurança.

- Essa sua desculpa não tem cabimento. - Vira pra mim.- Me erra, cada um tem suas escolhas, não tem nada a ver esses lado de sangue. - Volta pra frente, leve mente alterada, com certeza pelas taças de champanhe que tomou.

- Ok, retiro o que disse. - Sorrio e giro a chave na ignição. - Tenho que ligar para o Itachi e dizer que estou te levando de
volta. - Pego meu celular que está no bolso interno do meu Blaise.

- Não precisa! - Diz pegando o celular da minha mão. - Já são quase 3 da manhã, eu não quero que seu irmão acorde só pra abrir a porta pra mim. - Passa a mão em seu vestido.

- Então tá.- Um silêncio se instala entra nós, um bem agoniante por sinal. Volto minha atenção para a janela, a rua está deserta, e pequenos flocos de neve caem do céu, o inverno chegou. Solto um suspiro alto e me viro para a ela. - Vamos pra minha casa então.- Ela concorda com a cabeça.

O caminho é calmo, as ruas estão escuras e silenciosas, ela fica a olhar pela janela a viagem toda, no rádio o locutor fala frase românticas e chatas. Estaciono o carro na vaga certa, andamos calados até o elevador.

- Desculpa te incomodar.- Fala olhando pra baixo.- Só não quero incomoda a minha irmã.- Sorri e me olha.

- Sem problema, não é como se você nunca tivesse dormido aqui.- Ela concorda com a cabeça. A porta abre e entramos.

- Seu guarda-roupa ainda tem um monte de roupas quentinhas pra mim?- Fala com um sorriso travesso nos lábios.

- Ainda tem roupas quentinhas pra você.- Respondo no mesmo tom.

- Eu gostei, obrigado por ter me convidado pro casamento da sua paixão platônica de infância.- Reviru os olhos e ela sorrir. - Foi mal.

- Foi péssimo. Não devia ter te falado isso. - Ela sorri.

- Mais falou, e sendo bem sincera, isso foi bem estranho. Bom, não tanto quanto o fato do seu "amigo" ter feito você falar besteira.

- Ok. Você venceu, eu sou um idiota. Foi mau, não vai se repetir... Alguma coisa a mais?- Ela me encara e balança a cabeça para os lados.

- Agora tá tudo certo, Uchiha. - A porta do elevador abre nos dando a vista do corredor vazio. Ela sai segurando seu vestido que ainda sim arrasta no chão.

- Por que essa cisma com meu sobrenome? - Pergunto abrindo a porta.

- Sai lá. - Entra me deixando pra trás.

Fecho a porta e cominho até a sala, ela está sentada com seus pés descalços e suas sandálias jogadas no chão. Me sento ao seu lado, e solto um suspiro de relaxado.
Ela vira e me olha.

- Por que você mora sozinho? - Pergunta, eu me ajeito do sofá, quase me deitando e afrouxando o nó da gravata.

- Hum... Essa é uma boa pergunta. Mais a resposta nem tanto. - Tiro os sapatos dos pés. - Acho que por querer privacidade, e o fato de já ser adulto e saber me virar também, sem contar com o fato de não ter que me preocupar em não chegar tarde em casa pelo fato da minha mãe está me esperando.- Ela balança a cabeça. - Mais por que a pergunta?

- Curiosidade. Esse apartamento é tão grande pra uma pessoa só. Você não se sente sozinho?

- As vezes, mais já me acostumei. Mais e você? Não morou esse tempo todo sozinha em Nova York, não se sentiu sozinha também?

- Quase nunca, passava a maior parte do tempo na faculdade ou na biblioteca. Meu apartamento era do tamanho dessa sala, e eu só ia pra dormir.

- Interessante. - Há olho por um momento. Então ela levanta.

- Esse vestido tá me sufocando. - Sorri e me olha. - Você pode abrir pra mim? - Pergunta virando as costas pra mim, eu acento com a cabeça. Abro com um pouco de dificuldade o zíper "invisível", minha mãe sempre fala que esses são os mais chatos, agora entendo. A medida que vou abrindo o vestido, suas costas vão se mostrando, o zíper acaba um pouco abaixo da cintura. Fico olhando por um tempo sua pele alva e lisa, até que percebo ter olhado tempo de mais.

- Pronto. - Digo e ela vira pra mim, e me olha profundamente, seus olhos fixos nos meus fazem meu pelos arrepiarem. Seus olhos passam por todo meu rosto até pararem no que talvez seja a minha boca. Ela suspira e volta a sua atenção a meus olhos novamente.

- Obrigado. - É o que sai de seu lábios ainda tingidos de vermelho. - Eu... Você pode me emprestar uma das suas roupas quentinhas agora?- Fala meio ofegante e levemente atrapalhada, o que será que se passa na sua cabeça.

- Claro. - Digo por fim levantando do sofá e caminhando até meu quarto. Sinto sua presença a me seguir.- Hoje está frio, posso te emprestar um moletom? - Ela assenta com a cabeça, mais seus olhos não saem de mim. - Uma calça também? - Ela novamente assenta. Pego as roupas e a entrego, sua mãos tocam as minhas por um tempo longo o suficiente pra eu não querer as ter longe de das minhas.

- Quer saber, foda-se! - Esse frase me pega de surpresa, mais não tanto quanto o fato de Hinata me beijar, seus braços estão envolta do meus pescoço, seus lábios me beijão com urgência, passo meus braços ao redor da sua cintura nua nas costas. Ela puxa meus cabelos com força, o que me faz ficar louco. Passo meu minhas mãos em suas coxas a impulsionando para passar sua pernas ao redor. Seus lábios são doces e macios, meu corpo se arrepia com o contado e nossos corpos.

Hinata me deixa louco de todas as maneiras que eu nunca pensei que me deixaria. Caminho com ela em meu colo até minha cama, a deito e então finalmente nossos lábios se separam. Ela me olha como se estivesse analisado um quadro, me perco em seu rosto. Sua mão direita acaricia meu rosto.

- Sua pele é macia.- Diz, sorrindo.- Fico calado, ou melhor, analisando como fomos acabar assim. Isso vai me dar uma grade dor de cabeça. Me levanto de vagar de cima dela.

- Não vamos fazer nada que nós arrependeremos amanhã. - Digo, no momento isso parece ser o mais sensato, mesmo que meu corpo dia outra coisa. Ela senta ao meu lado, passa suas mãos no seus rosto. Há olho, ela parece está constrangida, isso é uma droga, não é como se ela não fosse atraente, ela é pra cacete! Mais se continuarmos, eu não vou parar, e o fato de nós dois estarmos alterados pelo álcool também não contribui. Talvez agora ela queira algo, mais e amanhã? Como seria, se ela acordasse de manhã na minha cama completamente nua e com uma ressaca? Tentando lembrar o que aconteceu e como fomos transar, não obrigado.

- Eu... Desculpa. - Ela diz levantando da cama e caminhando até as roupas jogadas no chão. - Obrigado pelas roupas quentinhas.- Diz e sai desnorteada do meu quarto.

- Fez a coisa certa Sasuke, fez a coisa certa.- Digo pra mim mesmo quando me jogo na cama, e soltando um longo suspiro.

CONTINUA...

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