Capítulo XXXIX

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- Bom dia, como tá a ressaca?- Minha mãe pergunta assim que apareço na sala. Ela está senta na mesa com um sortido café da manhã, com frutas e café americano.

- Bem... - Digo caminhado até uma das cadeiras.

- Eu não vou perguntar o que te levou a fazer isso, mas não acha que está grande o suficiente pra ter limites? - Ela tira sua atenção do tablet em que provavelmente está vendo alguma notícia.

- Desculpa.- respondo.

- Se não fosse o Itachi você teria dormido na rua. - Suspiro. - Ele teve que sair no meio da madrugada pra pegar o irmão mais novo bêbado, tem noção disso? Ele tinha uma viagem marcada pras sete horas... - Ela fala irritada.

- Eu já entendi, isso não vai mais acontecer. - Falo passando a mão em minha cabeça.

- É bom mesmo.

- Cadê o pai? - Pergunto mudando de assunto.

- Foi junto com seu irmão pra tal viagem. - Ela volta a atenção para o tablet. - Devem voltar daqui a 3 dias.

- Humm.

- Terminei.- Shisui apareceu sorrindo.

- Que bom, agora temos que te matricular em uma boa escola, tenho que pesquisar um pouco, talvez hoje. - Ela fala pensativa.

- Tudo bem. - Ele responde sorrindo e senta na cadeira ao meu lado, ele sorrir pra mim e abaixa levemente sua cabeça. Aproveito e como um pedaço de tamagoyaki e a sopa de missô.

- Tinha me esquecido, hoje tenho uma consulta médica. - Minha mãe fala pondo o bendito tablet na mesa e olhando para meu mais novo irmão. - Desculpe querido, mais não vou poder ir com você hoje.

- Não se preocupe mãe, vamos outro dia.- Ele responde decentemente. Não vou mentir, ver um pessoa desconhecida chamando minha mãe de mãe me incomoda um pouco.

- Bem, essa é uma ótima oportunidade de você conhecer a cidade, o Sasuke pode te levar para uma passeio, não é querido.- Os olhos da minha mãe vem em minha direção sem muita expressão, mas no fundo eu sei o que eles querem me dizer; " se você recusar, vou arrancar seu olhos com as mãos." Ou algo do gênero, então eu não tenho como fugir, assim com ela, Shisui me olha com espectativa.

Engulo mais uma colherada de missô e limpo minha garganta.

- Sim, eu posso mãe.- dito isso ela sorrir, e Shisui também.

- Eu sabia que podia contar com você, querido. - Fala cantarolando. - Bem agora tenho que resolver alguns assuntos do restaurante, sabe esse nesse que fiquei fora muita coisa aconteceu, tenho que pôr tudo em ordem o mais rápido possível.

- Tudo bem mãe, vai lá. - Respondo, a uns 8 nesses atrás minha mãe abriu o próprio restaurante, desde então finalmente ela tem algo pra se preocupar.

- Hum... Posso te perguntar uma coisa?- Shisui fala assim que dona Mikoto sai.

- O que?

- Eu sei que só estou aqui a um dia, mais não pude deixar de nota... Aquela moça de ontem, a que é irmã da mulher do Itachi. — Ele parece relutante. — Vocês estão namorando?

Suspiro, eu devia dar uma resposta bem grossa por ele ser enxerido, mais decido relevar.

— É tipo isso...— ele concorda com a cabeça.

— Ela é bem bonita. —  concordo com a cabeça. — Então, como você passa seu tempo?

— Eu sou fotógrafo.— Ele parasse surpreso.

— Que legal.

— E você, o que mais faz no seu tempo livre?— pergunto pondo a última colherada da sopa.

— Ler, e aprender outros idiomas.

— Eu fiquei surpreso com seu japonês, até parece que você nasceu aqui. — Ele sorrir.

— Não é pra tanto, ainda tem alguns palavras que no sei pronunciar...  — Concordo.

— Bem, qual lugar você quer conhecer primeiro? — pergunto já em pé.

Ele me olha por um tempo e então dá um leve sorriso.

— Disneyland! — fala alto e empolgado.

Olho para ele por um momento, eu poderia dizer que é uma baita falta de noção, afinal ele já tem 17 anos, mas seria uma grande filha da putagem da minha parte. Ele não teve uma infância que digamos "boa". Então beleza vou relevar.

- Ok, vamos lá. - digo caminhando até a porta. - Mas antes tenho que passar no meu apartamento, vou trocar de roupa.

- Tudo bem. - fala logo atrás de mim.

[...]

- Nossa que lugar legal. - Shisui fala assim que entramos no meu apartamento.

- É, eu também acho, gosto muito daqui. - falo pondo minhas chaves na mesa.

- Olha essa vista, de frete com o parque, é tão legal. - me aproximo da janela o onde ele está.

- Foi a primeira coisa que me fez gostar daqui. - ele concorda com a cabeça.

- Posso te perguntar outra coisa? - olho pra ele por um momento e concordo. - Você não gostou muito da ideia de ter um desconhecido na sua família, não é? - ele fala meio que sorrindo, mais um  sorriso  sem graça. Isso me pegou de surpresa.

- Não o que?

- Você não precisa mentir, a gente sabe quando algo assim acontece. - Ele volta a atenção pra vista.

- Eu... Bem, não vou dizer que fiquei feliz, mas você é um cara bacana. - tento amenizar. - as pessoas mudam de opinião, posso não te conhecer tão bem ainda, mais tenho certeza de que você é um garoto bom. - ele sorrir sutilmente.

- É um pouco estranho tudo isso, mas ao mesmo tempo bom. Passei tanto tempo naquele orfanato que tinha me esquecido de como cuidar de mim, ou de como é bom ter um quarto só pra você, ou o simples fato de ter roupas novas. - Isso me pega desprevenido. - Eu tenho ciência de que tive sorte, geralmente adolescentes não são adotados, preferem as crianças mais novas. -suspira. - Mais não me arrependo de nada do que vivi, muitas crianças encontram um lar, e eu sempre fiquei muito feliz, sempre cuidei dos mais novos, ajudava na lição de casa e a cuidar dos bebês. - ele sorrir. - Isso me ajudou a passar por muita coisa, apesar de não ter como ir a uma escola particular, botei na minha cabeça que tinha que estudar, aprender tudo que podia, assim eu poderia ensinar as crianças e também no futuro ter uma oportunidade de emprego melhor.

- Pode até não parecer, mais nada do que eu tenho aqui foi meus pais que me deram. - ele parece surpreso. - Eu sei o que você tá pensando, não é por que eles são ricos que tenho que aceitar tudo deles. Desde muito novo trabalho, então nunca gostei de ter o dinheiro deles, de sempre me virei só, e esse apartamento foi minha maior conquista, assim como o meu carro.

- Eu quero ser como você.  Não é só por que agora tenho uma família que não vou continuar com os meus planos, ainda penso em um dia voltar pra China e ajuda o orfanato, eu botei isso como uma meta, muito antes de tudo, e agora eu tenho a oportunidade que sempre quiz, vou poder ir pra faculdade e me formar. - Ele fala sorrindo alegre. - Um dia vou voltar lá pra mostrar meu diploma pro senhor Wang e poder ajudar o orfanato de alguma forma.

- Você já gostou de alguma garota? - pergunto do nada, nem eu sei o por que.

- Bem, eu sempre estive estudando e cuidado das outras crianças, digamos que isso não era uma das minhas prioridades. - Concordo, devo admitir que ele é um garoto muito inteligente. - Mais sim, eu já gostei de uma pessoa, não sei ela ao menos sabia que eu existia, então eu simplesmente ignorei.

- Todos nós temos uma paixão platônica na vida, nem que seja uma vez.

- Acho que sim.

- Eu já enrroilei de mais, vou tomar um banho rápido e a gente vai. - ele concorda, saio da sala até meu quarto.

CONTINUA...

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