Capítulo XXVIII

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- Eu realmente queira falar com você. Antes de ir embora, obrigado por ter vindo.- Fala triste, seu semblante é tão deprimente que faz com que me sinta mal.

- Só diz logo o que você quer. - Falo seco, não posso transparecer que isso tudo me deixa pra baixo.

- Eu sei que eu sou um fudido de merda! E seu que o que eu fiz, não tem como apagar, mais Sasuke. - respira fundo.- Só deus sabe o quanto eu sinto muito! O quão fudido eu tô desde aquele maldito dia, eu me amaldiçoou todo dia por ter feito aquela merda e ter acabado nossa amizade de anos por um desejo inútil!- Lágrimas começam a descer por seu rosto bronzeado. Suspiro.

- Olha Naruto, se você quer que eu te perdoe, tudo bem. Você está perdoado.- Seus olhos se arregalam e um mínimo sorriso aparece em seus lábios. - Mais não pense que voltarem a ser amigos, pelos menos não como antes. Evite me procurar ou entra em contato comigo outra vez. -Digo o olhando profundamente, suspiro. - Eu não quero te ver do jeito que está, apesar do que aconteceu, eu realmente desejo que você fique bem. - Levanto da cadeira e saio em direção a saída do bar.

- Sasuke! - Naruto fala um pouco alterado. - Porque você sempre foge dos problemas? Acha que assim eles vão se resolver sozinhos? Você sempre foi assim, um covarde de merda! Acha que eu não tenho orgulho também? Seu arrombado do caralho! - Uma onda de raiva sobe em meu corpo e meu sangue ferve, tudo o que eu tinha deixado de lado, todo aquele rancor e ódio voltam com tudo, e um impulso parto pra cima de Naruto, dando um soco em sua cara.

- QUEM VOCÊ ACHA QUÊ É PRA FALAR ASSIM! SEU FILHO DA PUTA!- Grito alterado, minhas veias fervem. - QUEM É VOCÊ PRA DIZER OU ACHAR ALGUMA COISA SOBRE MIM?! - Naruto levanta do chão e vem em minha direção me acertando um soco no rosto.

- EU SOU SEU AMIGO, IDIOTA! - Grita ficando por cima de mim e desferido golpes de soco, desvio de alguns, ponho toda força que tenho e tiro o mesmo de cima de mim e fico na mesma posição em que ele estava. Então eu começo e desferir soco em sua direção.

-AMIGO O CARALHO! QUE TIPO DE AMIGO TRANSA COM A NAMORADA DO OUTRO? QUE TIPO DE AMIGO É UM FUDIDO QUE NEM VOCÊ? QUE TIPO DE AMIGO É VOCÊ PRA DIZER UMA MERDA COMO ESSA?- Grito alterado, meu coração está tão acelerado que sinto falta de ar, mais a raiva é ainda maior. Soco sua cara com todo o ódio que eu senti no dia em que vi aquela sena, com todo o recebimento que tinha guardado em mim, coloco tudo pra fora em cada soco que dou no rosto de Naruto, cada mísero e imutável sentimento. Até que sinto mão me puxando pra traz, alguns caras que estavam no bar me tiram de cima dele e me impedem de continuar. Naruto levanta com ajuda de um outro cara, ele limpa o sangue que escorre do canto da sua boca com sua mão direita. E sorri, sorrir debochando de mim, tento ir pra cima do mesmo, mais sou impedido pelos caras que estão me segurando.

- Sabe de uma coisa Uchiha, eu me senti um merda por ter feito o que fiz, mais nunca fiquei me vitimizando por causa disso.- Arruma sua camisa branca e vem em minha direção. - Você mais do que ninguém sabe que apesar do que aconteceu, nós sempre fomos melhores amigos. E se por conta disso você decidiu virar um covarde inútil, então que seja. Mais saiba que essa será a última vez que eu tentei volta com a nossa amizade. - Fala olhando nos meus olhos, e sai batendo seu ombro no meu. Me solto dos caras que me seguravam e passo as mãos em meu cabelo. Suspiro e saio do bar até meu carro, sigo cem direção alguma.

Quando dou por mim estou em Nagoya, em uma loja de conveniência sem mais nem menos. Pego meu celular e vejo Itachi me ligando, deve está querendo saber o que se sucedeu a conversa com Naruto, e no momento eu não quero falar sobre isso. Eu sabia que não era um boa ideia ir encontrar o Naruto, no mento em que Karin me ligou falando que ele queria falar comigo e que esse era o único pedido que ela fazia pra mim. E eu sabia que não deveria contar pra Itachi sobre isso, sabendo o poder de persuasão que ele tem, me convenceu sobre isso. Agora eu só sei que vim para na cidade em que os parente da Meyrumi moram e que Hinata e seu pai e irmã vinheram visitar. Agora você que está lendo me pergunta. Mais Sasuke, por que raios você foi para aí? De tantos lugares que você poderia ir, justamente Nagoya, onde Hinata está. Eu respondo. não sei. Só sei que no momento em que sai daquele bar a primeira coisa que me veio na cabeça foi falar com ela. E isso está me deixando louco, não só pelo o que aconteceu no bar, mais por não parar de pensar em falar com ela.

Pego meu celular e atendo finalmente uma das várias tentativas de Itachi de falar comigo.

-Fala. - Falo sem muito entusiasmo.

- Que merda que aconteceu? Faz um tempo que estou tentando falar com você.

- O que você quer saber? Se nós resolvemos? Não! Isso responde sua dúvida? - Olho pelo borda loja. - Eu sabia que não ia dar certo esse merda Itachi, ele zombou de mim e eu soquei a cara daquele filho da puta!- Falo alterado.

- Você o que? - Suspira. - Já era de se esperar. Mais onde você está? Nossa mãe passou no seu apartamento e você não estava lá.

- Em Nagoya, eu acho.

- Nagoya? O que você está fazendo aí?

- Eu não sei tá legal! Eu só sai dirigindo sem rumo depois do que aconteceu no bar. E acabei aqui. - Suspiro frustrado.

- O que você vai fazer, tem dinheiro pelo menos pra um hotel ou pousada? - Pergunta nitidamente preocupado.

- Não precisa se preocupar com isso, eu me viro. - Falo olhando pra a tv em que estava ligado no noticiário, especificamente na previsão do tempo em que dizia que uma geada estava se aproximando. - Eu vou ver o que eu faço por aqui. Só quero ficar um pouco sozinho mesmo. Qualquer coisa eu te ligo. - Desligo a chamada, vou até o caixa e pago o café que tomei. Aproveito e pergunto onde posso encontrar uma pousada.

Saio da loja e vou até meu carro, está frio pra caralho e não tenho a mínima ideia do que vou fazer. Ligo o aquecedor do carro e então meu celular toca novamente, suspiro, pego e vejo que o número é totalmente desconhecido pra mim.

- Alô?- Atendo e escuto um suspiro feminino.

- Oi, sou eu Sasuke, Hinata. - Diz calmante.

- Uhmm.

- Itachi me ligou e disse que você está aqui em Nagoya e não tem onde ficar.- Solto um sorriso seco. Era só o que me faltava.- Você pode vim pra casa do meu tio, eu já falei com ele e não tem problema nem um.

- Obrigada, mais não tem necessidade. - digo de uma forma que não parece rude.

- Olha, ele me falou sobre o que aconteceu. - Revirou meus olhos, Itachi sempre gosta de fazer esse tipo de coisa. - Eu não quero ser intrometida, mais você está bem?

- Não. Não estou nada bem.- Deixo essa frase sair.

- Que saco né? - diz mais pra si do que pra mim. - Eu acho que agente poderia falar o quanto babaca esse cara é. Mais pra isso você teria que vim pra cá. - Sorrir.

- Eu não quero ser um intruso na casa do seu tio. Já tenho coisas de mais pra pensar.

- Fala sério! Vem logo ou quando eu te ver de novo vou sorrir da sua cara. - Fala brincalhona. - E sério, Sasuke. Você vai vai incomodar, manhã nos todos vamos embora juntos, e você pode comer uma ótima comida caseira e dormir em um futon. O que mais você pode querer, sem contar que ainda conhece meu primo.- Fala animada, sorrio mudamente.

- Não sei. - Falo, mais a verdade é que estou louco pra ir, e poder falar com ela. O que tá acontecendo comigo? Por que meu coração tá acelerado?

- Não aceito não como resposta. Te passo o endereço por mensagem. - Suspiro pela centésima vez. - Tô esperando, tchau.

- Tchau. - Digo e olho para meu reflexo no retrovisor.- Você tá apaixonado Sasuke, é isso que você tem.- Digo pra mim e sorrio. Logo uma mensagem cai no meu celular. Então ligo o carro e saio em direção ao endereço, ido pra ela.

CONTINUA...

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