Capítulo XVIII

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- Aceita um café?- Konan pergunta enquanto cento no sofá vermelho da recepção do estúdio, fazia alguns meses que eu tinha vindo pela primeira vez aqui.

- Não, obrigada. Eu odeio café. - Digo sorrindo da cara que ela fez.

- Como assim odeia? Que tipo de ser humano odeia café? É tão inacreditável quanto alguém dizer que odeia coca!- Diz seria.

- Há... Eu também não gosto de coca. - Solto um gargalha com a sua nova expressão.

- Eu não ouvi isso! - Ela bota sua mão direita no coração e faz um cara de dor. - Você acabou de me dar um tiro de AK 47, bem aqui!- Diz aprontando pro seu peito.

- Não é pra tanto.

- Ok. Agora vamos ao que interessa.- Fala saindo de trás do balcão e sentando do meu lado no sofá. - Me conta direito esse história de você é o Deidara estarem namorando.

- Há, isso... - Digo vermelha.

- Isso o quê? Me conta! - Fala puxando meu braço.

- Ele me pediu a alguns dias, e eu aceitei.- Falo tímida.

- Aff, conta direito esse história minha filha! Credo, quero detalhes.

- Lembra da última vez que a gente veio aqui?- Ela assenta com a cabeça.- Era aniversário dele, depois de ir-mos embora daqui, fomos para um bar, bebermos e tudo. Ficamos bêbados e a gente transou na minha casa.

- Pera aí! Serio? - Digo que sim. - Então um des desse dia vocês já estão juntos?- Pergunta.

- Não, na verdade eu fiquei muito mal comigo mesma de manhã, mais aí ele disse que gostava de mim e que não estava arrependido. A gente ficou sem se falar por 2 semanas e depois nos resolvemos, desde então a gente meio que " voltou" ao normal. Só que o Deidara sempre vinha com uma cantadas bem estranhas e sem graça.

- E você acabou caindo nos encantos dele. - Diz rindo.

- Parece que sim.

- Mais como você está, digo, amanhã é a formatura de vocês. Não estou preocupada em como vocês vão ficar?- Está é o ponto que eu não queria chegar, isso era o que mais me preocupava. E eu odeio admitir isso.

- Eu não sei. - Sorrio sem graça. - A verdade é que eu vou pra Japão passar algum tempo com minha irmã, e conhecer meus sobrinhos.

- Você já conversou com ele sobre isso?

- Na verdade não, e também não acho que vou. No fundo eu já sabia que isso ia acontecer uma hora ou outra. Mais eu estou bem, e não vou me preocupar com isso. Só quero que isso tudo acabe logo!- Sorri passando a mão na minha perna. - Eu estou quase pirando com a formatura! Tantos preparativos e coisas que nem um descanso de verdade eu tive nessas últimas semanas.

- Eu não queria estar na sua pele amiga. Digo, já entrei na faculdade uma vez mais não deu! Muita coisa. - Sorrio com seu comentário. A verdade é que eu estou terrivelmente agradecida que isso tudo está acabando.

- Eu também não queria.- Nois duas sorrimos.

[...]

- Qual foi a da vez?- pergunto olhando pra seu braço na tentativa de encontrar a nova tatuagem.

- Uhm, deixa eu ver... É segredo!- Sorrir e me dá língua.

- Tudo bem, eu também tenho um segredo. E eu não vou falar.- Digo fazendo bico, na mesma hora Deidara segura minha mão me fazendo para. - Que foi? - Falo me divertindo com a situação.

- Que segredo é esse? - Sorrio da sua cara. - Qual é Hinata! Me fala! - Sorrio ainda mais. - Okay! Eu te mostro.

- Agora sim.- Digo inda sorrindo. - Mais primeiro você me mostra sua tatuagem nova. - Deidara revira os olhos e levanta sua camisa até suas costelas, onde se encontra uma nova tatuagem com uma mensagem em libras. - O que significa? - Pergunto passando minha mão por cima.

- Amor. - Ele diz e me puxa pra perto, fazendo nossos rostos ficarem próximos.

- Eu quero falar com você sobre uma coisa. - Digo acariciando seus cabelos. Ele penas acenta a cabeça como uma confirmação pra continuar.- Eu estava pensando, amanhã é nossa formatura, e logo depois estaremos livres de tudo.- Ele levanta as mão pro alto como um agradecimento.- Eu... Como a gente vai ficar?- Ele me olha e me abraça.

- Você deveria parar de se preocupar um pouco com tudo!- Passa suas mãos no meu cabelo. - Ameixa, a gente dá um jeito,ok? - Falo no meu ouvido, eu apenas acento e o abraço de volta. - Agora, que tal a gente ir pro cinema?

- Talvez semana que vem, hoje não vai dar. Tenho que terminar umas coisas antes de amanhã.

- Da pra parar de ser careta? O que foi que eu acabei de dizer?

- "Agora, que tal a gente ir pro cinema?"

- Isso também, "mas você deveria parar de se preocupar também ok?". Relaxa, vamos só curti hoje, como um casal normal em Nova York. Andar de mãos dadas no central park e nos beijar na times Square pra todos mundo ver. - Faz cócega nas minhas costelas. E ao mesmo tempo faz cara de triste. - Faz isso pro seu namorado lindo, faz?

- Eu desisto! Ok, você venceu, mas não foi por causa dessa cara de quem quer ir ao banheiro. Mas por que me deu vontade de ir no central park. - Ele sorri e me levanta nos braços. - Maracujá! Me põem no chão ou eu não vou a lugar nem um!

- Tudo bem. Agora vamos.- Me desce e segura minha mão.

Passamos a tarde no central park sentados em um banco olhando o lago e falando de coisas aleatórias, nos beijando e falando de planos pra daqui a 10 anos. Eu não sei que mais me assusta, o fato de agora, oficialmente está livre da faculdade e me preocupar com minha vida adulta, ou o fato de que tudo o que construí nesses 3 anos vão evaporar da minha vida no momento que eu volta pra casa, o fato do meu namoro não consegui ser levado a diante também me preocupa. Eu estou sendo realista, namoros a distância não dão certo, bom não pra mim, e manter alguém preso a você mesmo estando longe é um tanto quanto egoísta.

Eu penso assim, e eu não queria atrapalha a vida do maracujá, ele tem planos e sonhos, e bem antes da gente se conhecer, assim como eu também tenho. No fundo já sabíamos que estávamos fadados a isso. Droga, eu só queria que minha vida não fosse tão complicada.

- ... Então eu pensei que a gente podia dar uma volta lá, o que você acha?- Diz passando sua mão na minha perna.

- O quê?

- Você está viajando legal né?- Suspira e levanta.- Ok, vou ignorar o fato de ter falando sozinho mesmo tendo uma pessoa do meu lado. Vamo, eu te levo pra casa, amanhã vai ser um dia corrido e você tem que descansar. - Puxa minha mão fazendo com que me levante.

- E você também tem que descansar.

- Não tanto quanto você, agora vamos logo. - Me guia até o estacionamento do parque aonde sua moto está. Já virou costume andar na agrupa da sua moto estilo motoqueiro fantasma, não me julguem eu não entendo de motos, mas me sinto livre, com o vento batendo contra meu rosto, o frio da noite chegando e nos abraçando. Eu tenho medo que momentos assim me assombre depois.

Paramos na frente do meu apartamento feio, a noite já chegou e com ela o cansaço. Desço da moto e entrego o capacete pro maracujá.

- Está entregue.- Sorri com seu comentário. - Amanhã é um grande dia, pra nós dois, finalmente vamos nos livrar da professora Magnolia.

- Para, ela não é tão ruim assim.- Ele revira os olhos.

- Entra.

- Tá, mais vai com cuidado.- Digo e o beijo. - Boa noite. - Ele acenta e aponta pro prédio.Subo os degraus até escutar o som dele partir.

Entro no meu projeto de apartamento, que por sinal está uma bagunça. Desde a semana passada venho empacotando algumas coisas, outras eu vendi. Minha viagem pro Japão está pra depois de amanhã. Antes tenho que despachar minha o que eu realmente achei que era necessário pelo correio, lá pra Inglaterra.

Passo pelas caixas amontoadas na pequena sala, me jogo na cama, que por acaso também vendi. Admito que vou sentir saudades desse lugar, por mais que seja pequeno e apertado.
Mas é necessário, mudança sempre acontecem na vida. Essa será apenas mais uma de várias, disso eu não tenho dúvidas.

CONTINUA...

𝓕𝓸𝓽𝓸𝓰𝓻𝓪𝓯𝓲𝓪Onde histórias criam vida. Descubra agora