Meu sentimento era ave cativa.
Aprisionada neste coração.
Ansioso pela chegada de alguém Que o libertasse da sutil prisão.
E tu chegaste!
Transformas-te, meu anjo, este peito.
Em misto de grilhões com liberdade.
Pois, meu amor de novo está cativo.
Porém, nas fímbrias da felicidade...Terminava de reler pela milésima vez o meu poema predileto, todavia não fui muito de interessar por poemas ou livros, mas esse me chamou a atenção. Claro que como meu pai é escritor, deveria sentir mais atração por esse mundo repleto de magia e aventura, mas por incrível que pareça, esse mundo não é para mim. Diria que minha grande paixão sempre foi por arte, pinturas, esculturas e a histórias do passado. Vai entender esse meu estranho gosto de descordar em quase tudo em relação a minha família.
Sou de origem inglesa, mais meu pai japonês, sou um misto de cultura e de gostos. Minha mãe, sempre se mostrou interessada em arte, dança, livros, pinturas... Todos os tipos de arte. Talvez tenha puxado essa paixão por arte dela, penso que sim. Já meu pai, sempre muito concentrado em seus livros. Papai sempre incentivou a nos três a ter paixão por livros, eu e Hanabi não seguimos muito seu desejo, já a Mey, ela sempre foi apaixonada por livros. Papai até publicou um livro especialmente para ela.
Quando a Mey foi para Tóquio, papai ficou muito triste, pois, eles dois compartilhavam as suas tardes a ler, escrever, contemplar a arte da literatura.
Papai teve que aceitar, afinal, a Meyrumi tinha conseguido uma bouça na melhor faculdade de literatura do Japão, e não tinha motivo para ela perde essa oportunidade única.
Me lembro bem do dia em que Mey foi embora, foi há oito anos, Mey tinha 18 anos, eu me encontrava com meus 12 e Hanabi tinha seis. Papai estava muito sério, penso que para esconder seu real sentimento naquele momento, já eu, apenas fiquei na minha, Mey me alertou de tudo que futuramente deveria fazer, cuidar do papai e da Hana, tentar me esforça a ler junto há ele. Claro que tentei fazer tudo isso com unhas e dentes, queria de alguma forma mostra para o senhor Hiashi que era possível, termos algo em comum, eu juro que eu tentei!
Passou-se três anos depois da partida da Mey, e tivemos a maravilhosa notícia que ela estava noiva, Hiashi Hyuga quase cai duro no chão, eu digo quase, porque o segurei a tempo e não deixei cair. Até eu achei que foi muito rápido o seu noivado, afinal ela estava namorando esse cara há dois anos.
Na semana do casamento da Mey, estava tudo acertado para ir - mós ao Japão, as passagens estavam compradas, as malas arrumadas, os empregados dispensados, a única coisa que estava faltando era papai ir ao lançamento do seu último livro, logo após isso pegaríamos o avião.
Não me lembro muito bem o que aconteceu depois do lançamento do livro, coisas vagas passam pela minha cabeça, Hanabi disse que sofremos um acidente de carro quando estávamos indo para o aeroporto. O carro bateu de frente com um caminhão, e por pouco não foi fatal, fiquei desmaiada por cinco dias, e por esse motivo não fomos para o Japão, e isso significa que já era casamento da Mey.
Fiquei bem triste, gostaria de ter visto minha irmã novamente, depois de anos, sentia que a culpa tinha sido toda minha, notei que papai tinha ficado ressentido por não levar a Mey até o altar. Foi muito ruim, mais fazer o que né?
Quando tinha acabado de fazer 17 anos, nosso primo Neji veio para nos visitar, e durante o tempo em que passou com a gente, pude ter um pouco de atenção, claro que nem sempre ficávamos juntos, ele tinha coisas para fazer, assim como eu, horas estudando para Juilliard, talvez conseguisse uma vaga para história da arte. Nesse mesmo ano, Hanabi foi passar as férias nos Estados Unidos com a tia Kurenai, eu até estranhei essa atitude do senhor Hiashi, mais não dei minha opinião, talvez fosse melhor assim.
Mudanças foram acontecendo, consegui a vaga e também fui morar fora, claro que quando soube da notícia, a felicidade tomou conta de mim, mais logo depois, pensei no meu pai. Ele iria fica lá, só, naquela casa em que um dia foi repleta de felicidade e gente, pensei em desistir, mais o senhor Hiashi não concordou nem um pouco.
- Hinata, não pense em não aceitar essa vaga, é uma oportunidade única, e eu não vou admitir que fizesse uma estupidez dessa por minha causa! - Ele estava falando sério como sempre só pra variar.
- Mais pai, eu não quero que fique aqui sozinho. Eu não me importo de perder essa vaga, eu...- Sou interrompida por ele.
- Hinata, não se preocupe comigo, eu sei mi cuidar muito bem, e não ficarei só por muito tempo, Hanabi voltara no fim desse mês. E não vou aceitar essa sua ideia estúpida de perde essa oportunidade, e você sabe muito bem que se a sua mãe estivesse aqui, ela também não concordaria com isso, então você vai! - Fala já saindo da sala.
- Obrigado... pai. - Falo em um sussurro.
Desde essa época, não vi mais meu pai e nem a Hana, mais sempre mantenho contato. Estou há três anos em Nova York, hoje me encontro com 20 anos, e estou aqui, no meu quarto, terminando de reler pela milésima primeira vez? Há... já perdi a conta de quantas vezes já li.
Olho para o teto do meu quarto, estava com saudade da Mey, da Hana, do papai, de Londres.
Queria poder ter conhecido os meus sobrinhos, Mey sempre fala deles, Daysuki e Yusuki, nunca pensei que a Mey teria gêmeos.
Queria poder acreditar em final feliz também... quem sabe um dia encontre minha estrela cruzada.
CONTINUA...
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𝓕𝓸𝓽𝓸𝓰𝓻𝓪𝓯𝓲𝓪
RomanceVocê acredita em amor a primeira vista? Sasuke uchiha não, ele nunca foi o tipo de cara que sonhava em encontrar o amor da sua vida numa esquina, muito menos a primeira vista. Digamos que ele é até um pouco fechado em relação á sentimentos amorosos...