Louis Pov
O que estava a acontecer comigo que me deixa assim tão preocupado com Katerina? Eu queria dizer-lhe "não" muitas vezes, mostrar-lhe que ela não me tem na mão. E em outras vezes importo-me com ela. Lembro-me que ela não passa de uma garota que precisa de ajuda e eu prometi ajudá-la. Mesmo que ela não me queira tanto como eu a quero.
Eu desejei que ela sentisse algo a mais por mim, que ela pudesse acreditar no amor. Mas ela disse orgulhosa que não se apaixona. Poderei acreditar nela? Será tarde demais para eu impedir de sentir o que estou a começar a sentir? Eu espero que não. Não quero sofrer por um amor não correspondido. Não quero ver a minha vida bagunçada como está agora. Bagunçada por ela. E eu deixei isso acontecer.
Cheguei na sua casa em minutos, não iria permitir que a mãe dela lhe fizesse algo, não iria permitir que aquela mulher nos afastasse. Logo agora que tudo parecia tão certo. Subi pela janela com cuidado para não me machucar nem para ser apanhado. Vi Nana sair do banheiro já com o pijama vestido.
-Hey. - disse e ela correu para me ajudar a entrar no quarto. Abracei-a imediatamente. - Como estás?
-Com medo. - sussurrou-me e sentei-me na cama com ela em meu colo.
-Trouxe isto para comeres, ou já jantaste? - mostrei-lhe um recipiente com uma sanduíche mista, foi o que consegui fazer à pressa, não iria deixá-la mais um minuto sozinha.
-Não, a minha mãe disse que não jantava com eles hoje, e ainda não me trouxeram nada.
-Ela está a maltratar-te, não podes deixar isso continuar. - ela assentiu mordendo a sanduíche com vontade.
-Obrigada por estares aqui. - sorriu triste e beijei-lhe o ombro.
Ela terminou de comer tudo e depois de um beijo, abraçou-me. Eu senti o medo que ela sentia naquele momento. Ela estava dobrada em meu colo, como se eu a pudesse proteger de todos os males, mas infelizmente, eu não podia.
Ouvimos passos no corredor e Nana levantou-se depressa empurrando-me para o banheiro.
-Por favor, apenas fica aí. - foi o último pedido antes de fechar a porta.
Fiquei atento a qualquer barulho que surgisse do outro lado. A porta abriu. Barulho de saltos altos ecoaram pelo espaço, mas não era só de uma pessoa, Amélie deveria estar junto.
-O que eu lhe disse sobre estar próxima demais do Louis? Eu não estava a brincar quando disse que vos afastaria. - Mas que conversa era aquela? Como assim a Tiffany queria afastar-nos? Nana não me disse nada.
-Nós não estamos juntos. - ouvi Nana dizer em tom baixo.
-Não precisam de namorar ou algo do género para definir se estão juntos ou não. Eu sei muito bem que vocês têm algo, pode ser apenas algo para o prazer de ambos, mas não deixa de ser algo. O Louis vai ser da Amélie, quer você queira, quer não.
-Você não pode decidir por ele. - essa é a minha garota. "Minha"? Será que poderia considerá-la minha? Oh, eu queria muito isso.
-Não me importa. Se a mãe do filho dele não teve pais para os obrigarem a casar, eu serei diferente.
-Quê? Mãe não pode fazer isso. - ouvi desespero na voz de Nana.
-Claro que posso e vou. O Louis vai comer na minha mão. A sua irmã vai se dar muito bem na vida ao casar com um milionário lindo como ele. Já você... - fez uma pausa e ouvi os saltos altos bateram na madeira - Vai acabar sozinha, porque o Alex não quer mais vê-la. E pode esquecer a universidade na América, estou a ponderar mandá-la para a Austrália, pra ficar bem longe da família que eu tanto me sacrifico para manter unida e com boa imagem.
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Nana, who are you? || L.T. ||
FanfictionKaterina Ashcroft tem 17 anos e uma vida que odeia. Em casa assume o papel de filha comportada e no Colégio assume a liderança. Louis Tomlinson é o seu desafio. Entre provocações, chantagens e vinganças, os dois envolvem-se e acabam por entrar em ou...