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Louis POV

O Diretor pediu para que os pares dançassem um pouco. A minha vontade era correr dali a sete pés, eu gosto de atenção, não vou ser hipócrita, mas não desse tipo de atenção forçada, gosto de chamar a atenção pelo meu lado misterioso e observador. Gosto de ser considerado aquele rapaz praticamente inatingível, que muitas desejam mas poucas provam. E agora enquanto danço com Pearl e vejo os olhares dos restantes alunos sobre nós confesso que estou nervoso.


- Eu sei que querias dançar com a Kate mas eu também não sou assim tão má para estares com essa cara de assustado. - ri fraco com o que Pearl falou.

- Claro que não és má, eu é que não gosto nada disto. - revirei os olhos e suspirei.

- Daqui a pouco tudo acaba e já podes ir atrás dela. - sorriu e piscou o olho arrancando-me uma pequena gargalhada.


Finalmente a música parou e respirei aliviado. Deixei Pearl com Liam e fui atrás de uma bebida forte, encontrei wishky pelo caminho e não poderia pedir melhor. Bebi rapidamente um copo e peguei em outro, mas desta vez de vodka. Vi Katerina com Henry petiscando alguma coisa da mesa e reparei como o vestido lhe caiu perfeitamente bem. Parecia que estava a ver a minha mãe ali. Aproximei-me lentamente e ela viu-me sorrindo de canto. Acho que já comecei a fazer progressos.


- Posso roubar a tua atenção, um pouco? - questionei educadamente e ela sorriu concordando com a cabeça. - Dançar? - estendi a minha mão.

- Estou a dever-te uma. - deu de ombros e juntou a mão dela na minha.


Estava com tanta saudade do toque dela, do calor que ela emanava. Levei-nos para o meio da pista e agora não me importava se as pessoas nos olhassem, porque a minha atenção estaria toda nesta menina maravilhosa na minha frente. E iria mostrar-lhe isso. Abracei a sua cintura com o meu braço e agarrei delicadamente na sua mão. Não tirei os meus olhos dos dela e sei que a estava a incomodar, pois ela desviava o olhar dela constantemente enquanto escondia um pequeno sorriso.


- Seria ousadia minha levar-te a um lugar? - questionei vendo a sua expressão ficar tensa.

- Onde?

- Aqui mesmo, mas em outro cómodo. Tu vais gostar, tenho a certeza.

- Não pode demorar, por favor. - sorri não acreditando que ela aceitou, será que ela estava a começar a confiar um pouco mais em mim? Tomara que sim.


Entrelacei os nossos dedos e dirigi-me para o corredor. Pelo caminho peguei em duas taças de champanhe e segui até ao destino, a sala da exposição permanente da minha mãe. Antes de abrir a porta lateral dei uma taça a Katerina que negou.


- Por favor, uma não te vai fazer mal. - fiz a minha melhor cara de bom menino e ela riu fraco aceitando.

- Onde vamos?

- Já vais ver. - abri a porta e dei-lhe licença para entrar. Acendi as luzes e Katerina ficou petrificada a observar tudo.

- É a exposição da tua mãe? - assenti e ela caminhou rapidamente pelo espaço.


Observei como o seu sorriso se abria à medida que via cada coisa. Lembrei-me do dia em que ali estivemos pela primeira vez, foi ótimo, mesmo que ela não se lembre. Aproximei-me e ela olhou-me bebericando um pouco do champanhe.


- Por que me trouxeste aqui?

- Porque tinha a certeza que irias adorar. - falei convencido e ela riu.

- Acertaste. - sorriu e bebi um gole grande da minha taça. - Sabes, é estranho estar aqui. É como se eu já estivesse estado aqui, mas não estive. Mas o lugar é familiar. - tive vontade de lhe dizer que ela já ali esteve sim, mas isso poderia assustá-la ou ela poderia entender-me mal e não queria estragar o clima.

Nana, who are you? || L.T. ||Onde histórias criam vida. Descubra agora