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Peguei na sacola com algumas coisas que arrumei para nós e Rayna apareceu na sala observando-nos.


- Vão sair? - perguntou.

- Sim, eu quero levar o Louis num lugar. - respondi entrelaçando a minha mão na dele.

- Ah, tudo bem. O Freddie...

- Está a dormir no meu quarto. - Louis interrompeu-a.

- Podes dormir lá esta noite Rayna, eu e o Louis só voltamos amanhã. - respondi fazendo Louis olhar-me surpreso e Rayna riu fraco.

- Obrigada, tenham uma boa noite. - sorriu doce.

- Tu também e mais uma vez obrigada pelo que fizeste na festa. - ela deu de ombros e riu saindo em seguida.


Descemos as escadas da casa de Louis e ele tirou a chave do carro do bolso, mas impedi-o de prosseguir.


- Não iremos de carro.

- Por que não?

- Porque eu não quero que vejas no GPS para onde te irei levar. Vamos atrás de um táxi.

- A estas horas da noite? - perguntou indignado.

- Sim amorzinho, vamos andar um pouco a pé, deixa de ser preguiçoso.- fiz manha e ele riu revirando os olhos.

- Vamos rápido, eu estou curioso.


Puxou-me para a rua e tentou pegar na minha sacola mas impedi-o, não era pra ele ver o que eu levava ali.


- Estás cheia de segredinhos. - zoou e ri.

- E tu estás todo impaciente.

- Estou mesmo, tu quando queres és bem louquinha.

- Eu? - questionei indignada - Eu sou tão certinha, louco és tu.

- Vai demorar muito?

- Até conseguirmos um táxi. Não tenho culpa que mores no fim do mundo onde quase não passam.

- Eu não moro no fim do mundo, apenas moro numa zona mais calma.

- Normalmente o fim do mundo é uma zona calma, pois ninguém vai lá. - sorri cínica e Louis fez uma careta.

- Onde me queres levar fica longe?

- De táxi é rápido.

- Hum.

- Hum? Não me digas que já não aguentas mais! - ri - Fraquinho.

- Fraquinho? Chamaste-me mesmo isso? - parou no meio da rua e cruzou os braços bravo enquanto me lançava um olhar indignado.

- Só reclamas. - defendi-me e continuei a andar.

- Eu encosto-te a essa parede e mostro-te quem é o fraquinho. - ri e olhei para trás vendo ele caminhar lentamente.

- Não comeces com as tuas ideias pervertidas.

- Ah, vais-me dizer que essa tua surpresa não vai terminar com nós dois nus. - brincou.

- Pode não acabar assim. - dei de ombros e ele logo me alcançou continuando a caminhar a meu lado.

- Temos de gastar os preservativos que o teu pai deu, então...

- O tanto que ele deu dura mais de um mês.

- Que bobinha, sabes que comigo numa semana acabam. - rimos e Louis entrelaçou novamente as nossas mãos.

- Depois vais ao consultório buscar mais. Eu é que não vou passar mais vergonhas.

- Posso comprar, não preciso ir à clínica. Mas farei questão de lá ir pedir ao teu pai, para ele ver que não brinco em serviço.

Nana, who are you? || L.T. ||Onde histórias criam vida. Descubra agora