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- Estou à espera. - papai disse não desfazendo a cara de sério e zangado. 

- A ideia foi minha. - Rayna disse sem papas na língua - A Amélie tentou usar-me e manipular-me. Não admito que ninguém brinque com a minha cara. 

- E precisavas de fazer aquilo? - repreendeu-a - Nem irmã dela és. E mesmo se fosses não tinhas esse direito. Vê-se logo que são tuas filhas. - virou-se para mamãe que o olhou indignada.

- Ainda bem que as minhas filhas são assim e não permitem que as façam de burras. - defendeu-se. 

- Mas por que estás a defender a Amélie? - perguntei sentindo os meus olhos marejarem pela atitude que ele estava a ter. - Se ao menos soubesses os motivos para isso tudo, mas não sabes e estás a ser injusto.

- Que motivos?  Que vocês se odeiam isso eu sei, e não é motivo para o que lhe fizeste.

- Claro que não é. - gritei nervosa - Ia deixá-la meter-se no meio do meu namoro com o Louis, não era? A Amélie queria causar intrigas e queria colocar a Rayna no meio para que ela a ajudasse. E sabes que mais? Já não é a primeira vez, a Amélie está a tentar que eu e o Louis terminemos. É isso que está a acontecer, parece ou não motivo justificável? - soltei de uma vez tudo que estava preso na garganta.

- Como assim? - perguntou não acreditando.

- Nós encontramo-nos há alguns dias atrás e ela ofereceu-se para o meu namorado, disse que não fazia diferença para ele já que éramos parecidas. Depois usou um colega nosso de escola para dar a entender que eu estive na casa do primo dele, quando era ela que estava a fazer poucas vergonhas e, por último, na festa, queria beijar o Louis para que eu visse. Sim, porque a tua filhinha é tão ridícula como a mãe dela, de santinha ela não tem nada. - limpei uma lágrima teimosa. 

- E por que ela usaria outras pessoas?

- Porque ela é louca. E também porque esse rapaz com quem ela se envolveu faltou-me ao respeito, tratou-me como uma qualquer e o Louis bateu-lhe, e ele está com raiva por causa disso. 

- Mas tu conheces esse rapaz? - perguntou desconfiado.

- Conheço, nós estivemos juntos numa festa da república dele há uns meses atrás. - disse com certa vergonha, arrependia-me tanto. 

- Juntos de que jeito? 

- Do que estás a pensar. - respondi em tom baixo e Louis já estava na porta da cozinha a observar tudo assim como o senhor Max, Hanna, Niall, Trevor , Leo e Freddie. Papai riu sem humor e encarou-me sério.

- Não sabia que te envolvias com rapazes mais velhos ou sequer que ias em festas universitárias.

- Eu saía às escondias. - admiti, já tinha passado tanto tempo e eu mudei, então não haveria problema.

- E agora sofres as consequências por andares com quem não conheces.

- Só passei a sofrer as consequências quando a Amélie se envolveu com ele também. Então a culpa não é minha. - rebati. 

- Andrew, sinceramente, conheces as filhas que tens e sabes perfeitamente que a Amélie é capaz de muita coisa, achas que a Katerina iria fazer algo se não estivesse com razão? A tua filha mais velha precisa de acordar pra vida. - mamãe disse visivelmente chateada com papai. 

- Para isso é que existem pessoas como o meu pai, para ajudar pessoas como ela. - Louis disse sarcástico.

- Mas não era preciso humilhar ninguém.- papai ainda tentou argumentar. 

- Acho que humilhação é pelo que a Amélie precisa passar para aprender na vida, é isso que ela precisa. - disse chateada e o forno tocou quebrando um pouco o clima tenso. 

Nana, who are you? || L.T. ||Onde histórias criam vida. Descubra agora