Nana, who are you? || L.T. ||

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Louis POV

Cheguei no colégio e decidi ficar pelo corredor à espera de alguém que aparecesse. O grupo de sempre apareceu rápido, eu só os conhecia há poucos meses mas já os considerava grandes amigos, ao menos a Kate fez algo de bom.

- Ontem fui a casa da Kate. - Pearl informou - Mas a tia Tif disse que ela estava com o psiquiatra e para eu não forçar as coisas porque ela poderia ter alguma crise.

- É tudo tão estranho. - constatei - Ela deveria ficar perto das pessoas que a amam de verdade não afastar-se.

- Será que algum dia, ela poderá voltar a ser a mesma? - Lucy perguntou com mágoa.

- Não sei, mas a mesma ela não será, mas eu esperava que ela ficasse bem.

- Primo o que eu sei é que tu és das únicas pessoas que poderá fazer algo por ela. - James disse batendo levemente no meu ombro.

- Ela nem se lembra de mim.

- Mas tu podes fazê-la lembrar-se. - deu de ombros.

- Posso tentar. - sorri de canto e a campainha tocou, fazendo todos entrarem na sala.

Fiquei para último e assim que decidi entrar fui contra alguém. Apenas vi um monte de papéis espalharem-se pelo chão.

- Desculpa. - disse me abaixando para ajudar a apanhar.

- Deixa estar, eu apanho tudo. - era Kate. Olhei-a e vi a sua cara de poucos amigos.

- Não me importo, tu não estás propriamente bem para apanhar tudo. - apontei para o braço enfaixado e ela revirou os olhos suspirando fundo.

- Mesmo assim, prefiro apanhar sozinha.

- Tu não te lembras mesmo de mim? - perguntei esperançoso.

- Não, nem sei porque haveria de me lembrar, tu não és nada de especial. - disse fria e tirou os papéis da minha mão entrando na sala.

Depois dessa eu não sei mais o que fazer, sinceramente. Entrei de uma vez e sentei-me no meu lugar de sempre. A minha cabeça imaginava mil situações para justificar as atitudes dela mas nenhuma parecia plausível. Olhei para Nana e ela escrevia algo no caderno como se nada tivesse acabado de acontecer. Se fosse preciso eu iria conquistá-la novamente.

***

Decidi que ia no baile de Natal, precisava ver Katerina sempre que me fosse permitido já que ir na sua casa estava fora de cogitação. Chamei James e fomos juntos comprar um terno.

- Vais participar no concurso de Rei do Baile? - James perguntou assim que saímos da loja.

- Achas mesmo? Claro que não.

- Porquê? Até onde sei a Katerina vai e por isso precisa de um par para a acompanhar.

- Ela nem me pode ver à frente, achas que iria aceitar? Esquece James.

- Por que não a levas a um lugar que ela goste muito?! Pode ser que ela se lembre de algo.

- Ela adorou ir à Fundação da minha mãe, mas como a vou levar novamente?

James olhou-me como se visse algo através de mim. Um sorriso surgiu no seu rosto e eu sabia que coisa boa não era. O meu primo sempre foi mais aventureiro e rebelde do que eu, nem sei se devo confiar nas suas ideias.

- O Pavilhão do Colégio poderá ter uma inundação.

- O que queres dizer com isso? - perguntei confuso.