-40-

99 8 19
                                    

                  

Consegui publicar antes das 3 semanas uhuh ! Agora vou tentar deixar os outros preparados e em rascunho para publicar até sexta, e que comece a Maratona !!!


O diretor olhava de mim para Louis com uma cara feia. Com certeza não estava nada contente com o acontecido. Pra falar a verdade, nem eu, que estava a ser culpada injustamente por algo que não sei de onde saiu. Só se ouvia o ponteiro do relógio naquela sala e as nossas respirações pesadas. Louis estava do meu lado e fazia círculos nas costas da minha mão com o seu polegar, visto que, não soltamos as nossas mãos desde que saímos da sala.


- Então... - o diretor pigarreou tomando um tom mais sério – Quem vai ser o primeiro a falar?

- Não temos nada pra falar. – Louis disse irritado.

- Se não tivessem não estariam aqui. – o diretor rebateu e suspirei.

- Bem... - disse reticente chamando a atenção de ambos – Pelos vistos encontraram droga na minha mochila.

- Sua droga. – o diretor corrigiu-me mas neguei rapidamente.

- Claro que não, eu não sei como isso foi acontecer, eu não uso drogas.

- Então como o saquinho foi aparecer na tua mochila?

- É porque alguém o colocou lá. – Louis disse irónico.

- Por um truque de mágica. – o diretor disse com sarcasmo e riu sem humor algum, Louis apertou forte a minha mão e sei que estava a segurar-se para não responder torto.

- O mundo é cheio de casos inexplicáveis. – Louis rebateu com o mesmo sarcasmo. Seria cómico se não fosse uma situação trágica.

- Já que se acha tão espertinho, diga-me... - fez uma pausa assustadora – Quem iria fazer isso para ferrar com a vida da Katerina?

- Pode ter a certeza que se eu soubesse a estas horas a pessoa estaria a implorar para viver. – sorriu cínico e o diretor respirou fundo se compondo na cadeira perante as palavras fortes de Louis.

- Eu não tenho culpa diretor, você conhece-me para saber que não seria capaz disso. – tentei seguir um caminho pacífico.

- Por isso mesmo menina Katerina. – respirei aliviada esperando que ele acreditasse mas o que veio a seguir abalou-me novamente – A menina já trouxe bebidas para a escola, já foi apanhada em casos íntimos com alunos, já foi apanhada a fumar e, em todas essas ocasiões, eu deixei passar. Mas droga é um caso sério e não vai acontecer o mesmo.

- Mas isso foi antes, eu já não sou assim. – defendi-me.

- Não me interessa, a droga foi encontrada consigo, sendo ou não verdadeiramente culpada, o certo é que, tudo indica para que sim. Então deixe-me fazer o meu trabalho enquanto diretor de um dos melhores colégios do país.

- A imprensa vai adorar saber disso, não é mesmo? – Louis perguntou divertido com o sorriso cínico.

- Não chegará aos ouvidos da imprensa, e se acha que isso iria afetar-me menino Tomlinson, saiba que iria afetar ainda mais a família Ashcroft. – Louis respirou irritado, sabendo que não poderia fazer isso porque iria prejudicar a imagem da minha família. – Agora deixe-me ligar para o responsável da menina Katerina.


Olhei Louis e ele olhou-me de volta com preocupação nos olhos. O diretor discou o número do meu pai e respirei derrotada. Não havia nada a ser feito. Olhei Louis novamente e agora o seu olhar era de convicção. Em segundos ele levantou-se e desligou o telefone do diretor que, assim como eu, ficou a encará-lo surpreso pela atitude.


Nana, who are you? || L.T. ||Onde histórias criam vida. Descubra agora