Capítulo 27

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Ezra's POV:

Tinha bastante noção do que eu havia acabado de fazer. É eu havia chamado-a para almoçar comigo. Apesar de tudo que já aconteceu entre nós, éramos amigos e acima de tudo patrão e funcionária, o que tinha que nos unir ainda mais e tornar isso ainda mais comum.

Entramos no restaurante e fomos nos servir. Ela enche seu prato de salada e ao sentarmos comia com a melhor boca do mundo, é na verdade eu sabia que era realmente, não podia negar.

Ezra: Então.. Isso é um almoço entre um patrão e funcionaria ou entre amigos?

Aria: Se você se comportar pode ser entre amigos.

Ezra: Okay, Então posso perguntar da Lisa?

Aria: Claro que pode. – Disse sorrindo enquanto temperava sua salada.

Ezra: Como ela está?

Aria: Tá bem. Deve está comendo agora também. Tá na escola, fica lá período integral.

Ezra: Você que busca ela no fim do dia?

Aria: Não, uma amiga minha que saiu de um coma faz questão de buscar ela.

Ezra: Eu sei que já te disse mas vou repetir. Eu adoro a Lisa como eu nunca gostei de criança alguma. Ela me traz alguma lembrança que eu não sei definir qual é, mas ela me traz, e é incrível.

Aria: Ela é toda diferente, tem um encanto único.

Ezra: Gosto do jeito que você fala dela!

Aria: Sincera? – Disse sugestiva.

Ezra: Também, mas gosto do seu lado mãe que se diverte e deixa a menina se divertir mas sem perdê-la dos olhos sabe? Fala dela com orgulho e com confiança, com coragem.

Aria: Mas é exatamente assim, eu sinto orgulho de ser mãe da Lisa.

Ezra: Quero que a Jackie seja como você, uma boa mãe.

Aria: Ela vai ser. – Sorriu fraco.

Ezra: Já te disse que meu sonho é ser pai né?

Aria: Já sim, e garanto que você não vai se arrepender. Da trabalho mas os sorrisos que eles tiram dos nossos rostos valem a pena.

Ezra: Pena que meu sonho não poderá se realizar. A Jackie nunca engravidaria, muito menos adotaria uma criança.

Aria: Por que?

Ezra: Ela detesta crianças de um jeito absurdo.

Aria: Nossa.

Ezra: Meu sonho não poderá ser realizado... – Disse cabisbaixo, enquanto colocávamos a ultima colherada na boca e íamos nos levantando.

Aria: Poderá sim... Quem sabe já não foi.

Deixou dinheiro na mesa e saiu do restaurante lindamente, com os cabelos sendo soprados pelo vento e virando a esquerda sem dar satisfações para onde iria, com quem, enfim, era a vida dela, mas o horário de almoço estava quase acabando, né?!

Enfim, depois que ela saiu, na minha cabeça ecoava aquelas malditas palavras "Quem sabe já não foi." Realmente eu estava confuso com o que ela havia deixado no ar.

Aria's POV:

Não estava dando conta de ficar mais naquele lugar. Não que a companhia dele fosse desagradável, muito pelo contrario, era super agradável, mas aquilo estava me sufocando, aquela conversa e aquelas palavras sinceras ditas, e por uma voz que dava segurança a qualquer desconhecido, uma voz doce e firme ao mesmo tempo.

Desencontros do Amor - EzriaOnde histórias criam vida. Descubra agora