Capítulo 20

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Como prometido. Aqui está o terceiro capítulo do dia. Espero que gostem e comentem!

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Aria's POV:

Ezra: A moça do elevador. – Disse tentando descontrair.

Aria: A própria. – Forcei um sorriso. Tive medo, confesso, afinal tinha tido um sonho horroroso a alguns dias atrás. Que ele reaparecia nas nossas vidas depois de anos. Tentava resgatar os tempos perdidos e acabava tirando a Elisa da minha vida.

Ezra: Você mora com a Hanna?

Aria: Moro sim. Somos amigas.

Ezra: Acho que dá não fomos apresentados, Sou Ezra - Ele disse estendendo a mão e eu a apertei

Aria: Sou Aria, prazer.

Ezra: O prazer foi meu.

Hanna: E ai, Aria? – Apareceu na sala com um pano de prato na mão. – Ezra?

Ezra: Oi Hanna.

Eles se cumprimentaram e conversaram um pouco ainda na porta, e não sei o porque mas a Hanna convidou-o para entrar. Ela foi buscar o brigadeiro e novamente me deixou sozinha na sala com Ezra.

Ezra: E a sua bebê como está? Ela já deve estar bem grande não é mesmo.

Aria: Sim... – Ouvi um chorinho na baba eletrônica. – Falando nela... – Rimos e me levantei do sofá. – Vou ver o que ela quer.

Ezra: Posso vê-la?

Confesso que gelei por dentro. Foi como se eu não soubesse o que fazer, afinal era o pai da minha filha, e mesmo sem ambos saberem, era o segundo contato um com o outro, coisa que deveria ficar guardada para sempre.

Entramos no quarto vagarosamente. Cheguei perto do berço e ela estava com um sorrisinho no rosto. O lençol estava por perto e ela brincava com algumas coisas que estava ali dentro do berço.

Aria: Oi, meu amor. – Disse colocando meu dedo dentro da mãozinha dela, fazendo-a sorrir. – Dormiu bem, princesinha?

Ezra: Uau, ela está enorme, e super linda também.

Aria: Ela é tudo para mim. – Sorri e continuei a olha-la.

Ezra: Linda como a mãe. – Senti que ele me olhava e fiquei sem graça.

Aria: Assim você me deixa sem graça.

Ezra: Vou parar então. – Rimos e ficamos um pouco em silêncio analisando a Lisa. – Sonho em ser pai.

Juro que meu coração ficou pequeno nessa hora, por pensar que eu estava o privando de realizar um sonho, sabe?!

Aria: É maravilhoso, você descobre sentimentos que antes você não descobria e que nem sabia que poderia existir em você.

Ezra: Imagino... E o pai dela? – E agora?

Não fazia idéia do que responder, era como se eu tivesse travado e não soubesse o que fazer. Por um lado eu tinha certeza que eu não contaria. Que ela não seria criada por um pai e que eu e minhas amigas conseguiríamos cria-la sozinhas. Mas um outro lado de mim me dizia que eu devia contar, que para Elisa um pai era bom, e ainda mais depois que ele falou que era um sonho de ser pai, eu não podia priva-lo disso, não mesmo.

Ezra: Aria... Aria – Ele tocava meu ombro e me chacoalhava.

Aria: Ahn? Oi... Desculpa.

Ezra: Não tem problemas. – suspirou. – Se não quiser falar do pai dela tudo bem...

Aria: Eu prefiro. – Sorri.

Ouvi batidas na porta e logo a Hanna entrou com uma panela de brigadeiro na mão.

Hanna: Brigadeiro!

Aria: Eba. – Peguei uma colher e ataquei.

Hanna: Calma mamãe, tem para todo mundo. – Hanna disse com voz de neném fazendo todos rirem.

Ezra: Acho bonita a amizade de vocês.

Aria: Tá faltando uma né, Han. – Ela assentiu.

Ezra: O que houve?

Hanna: Ela está doente.

Ficamos conversando por mais um tempinho ali. Logo ele disse que iria embora e eu finalmente me senti mais confortável. Sei lá parece que quando eu estava perto dele eu ficava tensa, minha barriga ficava se contorcendo de nervoso. Não sei explicar mas é bem estranho.

Hanna: Melhor assim? – Disse entrando no quarto ainda depois de leva-lo a porta.

Aria: Muito! Ele me perguntou do pai da criança, Hanna. Vocês está entendendo... E ainda disse que era o sonho dele ser pai - suspirei - Confesso que bateu uma culpinha por estar privando-o disso.

Hanna: Foi uma escolha, agora basta arcar com as conseqüências dela.

Aria: Sei bem...

Ela foi levar a panela na cozinha e eu fiquei ali em volta da Lisa. Quando olhei para a cadeira havia uma blusa. Uma blusa que não era minha nem da Hanna. Cheguei até lá e peguei-a levando até o meu nariz. Era a blusa dele. Seu perfume estava presente em cada cantinho da mesma e aquele perfume eu nunca confundiria com nenhum outro, era o perfume dele, o melhor que eu já senti. Fechei meus olhos e um arrepio tomou conta do meu corpo. Dizem que quando se sente isso é porque está apaixonado.

Desencontros do Amor - EzriaOnde histórias criam vida. Descubra agora