He is alive.

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Notas da Autora

Não sei se vão gostar. Minha criatividade sumiu de mim por um tempo e ainda não voltou completamente. Estou com um bloqueio terrível que provavelmente vai durar um tempo e eu devo desculpas a vocês pela demora que tenho tido de postar novos capítulos.
Me desculpem qualquer coisa, o capítulo não está bom, mas é só pra não ficarem tristes comigo por não postar nada. É grande pra compensar a demora.

Amo vocês <3


"- Por isso que você é assim meio louco. Não teve amor. Todo mundo precisa ser amado. Isso arruinou com você."

Dois dias depois.

Acordei no meio da madrugada com meu celular tocando freneticamente e pensei que deveria ser Bran ou alguém de Nova Iorque procurando por mim, já que os horários em cada país eram bem diferentes.

"Alô. -Atendi. Minha voz de sono era evidente.

-Emily? -A voz masculinaque falava um português claro — perguntou do outro lado da linha.

-Sim, sou eu. -Respondi. -Quem é?

-Sou eu, Emily, seu pai. -Senti algo apertar em meu peito. Era um dor estranha.

-Não brinque comigo. Meu pai está morto. -Eu estava realmente brava. Como alguém teria tido a cara de pau de me ligar pra brincar comigo? E o pior é: Como essa pessoa havia descoberto o meu número?

-Filha, me escuta. -Disse ele. -Você precisa se encontrar comigo. -Eu ri baixo. Devia ser um maníaco achando que eu era uma presa fácil por ser estrangeira.

-Você acha que sou idiota de sair por ai se encontrando com homens mortos? -Eu dei um risada nasal forçada. -Não sou idiota.

-Sua mãe te tirou de mim. -Ele disse. -Só queria ter a oportunidade de conhecer minha filha. -Meu coração doía porque eu queria que fosse verdade, queria que aquele fosse realmente meu pai. -Eu sei que você foi no cemitério dois dias atrás, eu sei que você está grávida, mas fora isso eu não sei mais nada de você, filha. -Era como se estivesse arrancando pedacinho por pedacinho do meu coração. -Você casou? Teve mais algum filho? Sua mãe me privou de conhecer você, me impediu de te dar um pai, mas eu realmente preciso conhece-la. Vê-la de perto.

Nessa altura eu já estava chorando. Quem quer que fosse esse cara, ele estava destruindo meu coração enquanto brincava de ser meu pai. Eu só queria que realmente fosse meu pai, porque fazia falta ter um pai em minha vida.

-Pare com isso. -Falei. -Para de brincar comigo. Você não faz ideia de como foi ruim crescer sem pai e depois descobrir que ele está morto. Você não devia brincar assim com as pessoas.

-Não estou brincando, filha. -Ele falou, a voz parecia embargada. -Me encontre amanhã na orla da praia de Copacabana. Estarei te esperando em um quiosque perto da parte vazia da praia. -Suspirei e deixei mais algumas lágrimas caírem. -Você vai saber que sou eu.

-Tudo bem. -Disse por fim, estava realmente curiosa para saber quem era. -Estarei amanhã as 9 horas lá.

-Obrigada por me dar a oportunidade de conhece-lá, filha.

-Ok, tchau. -Desliguei sem nem ouvir o que mais ele falaria.

"Ligação encerrada."

Aquela conversa ficou martelando por horas na minha mente, tanto que não consegui voltar a dormir. Estava cansada, mas ao mesmo tempo ansiosa. Com medo, e ao mesmo tempo confusa. Eu estava em uma pilha de nervos, mas tentava ao máximo me acalma por causa da minha filha. Estresse não era algo bom na gravidez.

Apenas Meu Meio IrmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora