As duas continuaram me encarando enquanto eu colocava minha bolsa ao lado do sofá, a forma como estavam sentadas me indicava que já estavam me esperando a um tempo.
-Oi pra vocês também. - falei me jogando no outro sofá.
Marisol arqueou a sobrancelha para mim, esperando. Paciência nunca foi um dos seus fortes e, ver que eu não parecia ansiosa para conversar, não parecia a estar agradando muito.
-O que exatamente eu fiz para vocês estarem tão possessas? - perguntei.
-O que você fez? - perguntou Marisol cruzando as pernas encima do sofá. - É simples, você vive desaparecendo e não avisa ninguém para onde está indo, nos deixa mortas de preocupação, é isso que você está fazendo.
-Sabemos que as coisas não estão exatamente como você imaginou que seriam, - falou Ale com seu jeito calmo. - que está sofrendo com a morte da Tamy e que o interrogatório de ontem não deve ter sido fácil, mas sumir e ficar sozinha não vai resolver nada. Somos suas amigas, sabe que pode falar qualquer coisa com a gente.
Recostei minha cabeça nas costas do sofá e sorri para elas. Eu sabia muito bem que podia confiar nelas até de olhos fechados, não tínhamos segredos uma das outras, pelo menos não muitos, e eu sempre podia contar com elas a qualquer momento. Mas a questão de agora não era confiança.
-Gente, sei que posso contar com vocês da mesma maneira que podem contar comigo. Contei pra vocês hoje o que tinha acontecido e porque estava daquele jeito.
-E eu desejei arrancar aquele cabelo oxigenado daquela rapariga e dar um belo chute no fundilhos do Pietro. - falou Marisol fazendo com que eu sorrisse. - Mas depois você desapareceu de novo.
-Fomos procurar você no estacionamento na hora da saída, - falou Alexandra. - ai Erick nos disse que tinha visto você saindo com Dimitri, o que considerando que você estava chateada, até que fez algum sentido.
-Bem, pode-se dizer que aconteceram mais coisas desde a hora do intervalo. - falei.
Marisol se inclinou para frente, mostrando que estava toda ouvidos.
-Pode desembuchar. - falou.
-Posso fazer isso enquanto comemos brigadeiro? - perguntei abrindo um sorrisinho.
Pelo sorriso que se abriu no rosto das duas, a minha resposta nem precisava ser verbalizada. Tudo fica melhor quando se come brigadeiro.******
Marisol ficou encarregada de fazer o brigadeiro, a garota tinha um talento nato para cozinhar quando se tratava de doces. Enquanto ela remexia na panela eu contava tudo que tinha acontecido desde a última vez que as tinha visto, elas escutavam tudo em silêncio, Marisol só me parava de vez em quando para fazer algum xingamento. Ela estava recostada na pia, Alexandra sentada em uma cadeira e eu empoleirada na bancada do armário, uma de frente para a outra, bem do jeito que geralmente fazíamos nossas reuniões. Esses momentos para mim eram familiares, tranquilos, faziam com que eu me sentisse em casa novamente, na normalidade, poder conversar com elas tirava um grande peso dos meus ombros.
Os olhos verdes delas, o de Alexandra uns dois tons mais escuros do que os de Marisol, brilhavam a cada coisa que eu contava para elas, não apenas em expectativa, mas eu sabia que assim como eu, elas estavam felizes por estarmos juntas desse jeito novamente. Alexandra geralmente era a mais fechada de nós três, mas eu não ficava muito atrás, então esses momentos de desabafo eram quase sagrados.
-Então quer dizer que Pietro foi falar com você? - perguntou Sol desligando o fogo.
-Foi.
-E você jogou tudo que precisava falar de uma vez na cara dele e saiu toda dona de si.
-Mais ou menos isso. - falei.
-Ai você saiu de moto com Dimitri e passaram o dia... Bem, sendo vocês. - falou fazendo uma careta enquanto ria, ela sabia por muita convivência como nós dois erámos. - Comeram pipoca, ganharam presentes de uma velha macumbeira maluca e bateram um papo.
-Resumiu meu dia. - falei pegando a colher de brigadeiro ainda quente. - E que cisma é essa que você e Dimitri tem em chamar a mulher de macumbeira?
Sol deu de ombros.
-É a primeira coisa que me veio cabeça quando você falou dela.
Sorri assoprando a colher em uma tentativa de esfriar o chocolate. Marisol era uma figura e tanto, ainda bem que ela não estava junto no momento que encontramos a pipoqueira, ela e Dimitri juntos eram a combinação para que, ou eu risse muito, ou desejasse esconder meu rosto de tanta vergonha.
-Mas sabe, - falou pegando duas colheres na gaveta e entregando uma para Ale. - você agiu bem quando falou aquilo para Pietro, sobre ele não estar pronto. Me senti orgulhosa da sua saída triunfal.
-Eu apenas, não sei sabe? - falei girando a colher em minhas mãos. - As coisas estão acontecendo rápido demais e ainda nem tive um tempo para pensar sobre nada, não quero cair em nada de cabeça agora.
-Ainda pensa no Adrian? - perguntou Ale.
Parei por um momento, sinceramente, eu não pensava em Adrian desde a última vez que elas tinham me perguntando dele. Mesmo estando longe nos falávamos direto, ele até me mandava cartas ou cartões de vez em quando, mas a última vez que eu tinha falado com ele tinha sido quando já estava voltando para casa, em uma mensagem que eu havia mandado falando que tinha chegado bem e estava decidida que o melhor era voltar para minha cidade. As coisas tinham acontecido tão rápidas depois disso que eu não parei mais para pensar nele, na verdade, nem mesmo cheguei a ver se ele respondeu a mensagem.
-Faz dias que não conversamos. - falei. - Eu gosto bastante do Adrian, mas depois de tudo que já tínhamos discutido antes dele ir embora, vimos que nos dávamos melhor como amigos do que como um casal.
-Isso nunca impediu nenhum dos dois de se beijarem. - comentou Sol.
Joguei um guardanapo nela enquanto nós três riamos.
-Não questiono o poder dele de dar uns bons amassos. - falei. - Apenas percebemos que não ia passar disso. Então não, não tenho pensado nele.
-Talvez seja por causa de um belo moreno de olhos verdes que agora vive nos seus pensamentos. - comentou Ale indo até a panela e pegando um pouco de brigadeiro. - Mas só acho.
Estreitei meus olhos para ela.
-Estou vendo que não fui a única que mudou bastante, não é dona Alexandra?
Ela sorriu inocente e deu de ombros.
-Falei apenas a verdade, amiga. - falou.
-Eu realmente não deveria ser obrigado a ouvir sobre minha irmã dando amassos em alguém. - falou Jake entrando na cozinha.
-Então não escute, oras. - falou Marisol.
Jake andou até ela e deu um beijo em seu rosto, a fazendo sorrir. Marisol tinha visto Jacob crescer e ambos se consideravam como irmãos, tanto que ela própria puxava a orelha dele de vez em quando e o mesmo a obedecia e respeitava tanto quanto a mim. Ele deu um beijo no topo da cabeça de Ale e veio se encostar do meu lado.
-Invada uma conversa de meninas que você claramente vai escutar o que não quer. - falou Alexandra.
-Que culpa eu tenho se vocês estão batendo papo sobre isso bem na cozinha? - perguntou enquanto eu bagunçava seu cabelo. - Estou morrendo de fome.
-Acho que a mamãe deixou bolo na geladeira. - falei no mesmo momento que a campainha tocava. - Deixa que eu atendo.
Pulei da bancada e dei um empurrãozinho em meu irmão para poder passar. Fui até a porta e a abri, encontrando ali parada uma mulher que eu nunca tinha visto na minha vida. Ela era alta e loira, tinha provavelmente a idade da minha mãe, seu corpo era muito bem conservado com curvas de fazer inveja a muitas mulheres. Seu rosto era redondo e tinha traços suaves, olhos castanhos gentis demarcados por uma maquiagem bem feita e um sorriso acolhedor. Vestia um vestido azul caneta que se moldava muito bem a sua cintura e com um decote moderado, um blazer branco dobrado até os cotovelos e saltos preto e dourado matadores, se Marisol e Alexandra vissem elas iriam surtar, eram loucas por saltos.
Abri um sorriso hesitante para a mulher e esperei. Apenas vendo sua expressão podia dizer que ela não estava ali para dar notícias ruins.
-Boa noite. - falou com a voz suave.
-Ahn... Boa noite. - falei.
-A Kimberly está? - perguntou.
-Ela ainda não chegou, mas depende do que for, pode falar comigo.
A mulher sorriu.
-Safira, não é?
-Sim.
-Ouvi muito falar de você. Sou Karina Simpson, mãe da Britney.
Assim que ela falou o nome uma luz se acendeu em minha mente. Stephanie tinha me falado muito de sua amiga Britney e de sua mãe, a tia Nina, o quanto ela era legal e em quais lugares ela as levava para passear.
-Amiga da Stephanie. - falei abrindo passagem. - Entre, por favor.
Ela sorriu para mim e entrou enquanto eu fechava a porta.
-Boa noite Jacob, boa noite meninas.
-Boa noite Sra. Simpson. - falaram juntos.
-A senhora vai querer esperar a minha mãe? - perguntei. - Acho que ela não vai demorar pra chegar.
Ela ajeitou a bolsa no ombro e uma pilha de papeis no braço, coisa que eu nem tinha reparado antes, ela provavelmente tinha saído do trabalho não muito tempo atrás. Olhando por cima apenas enxerguei "formulários" escrito na parte de cima de uma das folhas, um emblema que eu não conseguia ver estava bem no canto, devia ser alguma coisa do seu trabalho.
-Na verdade eu vim buscar algumas roupas de Stephanie, ela vai dormir lá em casa esta noite. - falou. - Amanhã vou levar elas no aniversário da minha sobrinha. Falei com sua mãe no caminho pra cá e ela disse que eu poderia pegar as coisas com você ou Jacob.
-Tudo bem, eu vou subir e pegar algumas coisas.
Sra. Simpson assentiu sorrindo e pegou um dos papeis da pilha que segurava.
-Quer um? - perguntou. - Vi que você estava olhando para eles.
Senti meu rosto esquentar, tenho que ser mais discreta de vez em quando.
-Não precisa ficar com vergonha. - falou me entregando o papel. - Minha vizinha tem uma floricultura e está precisando de mais uma funcionária, a filha dela começou um curso agora e fica apenas meio período na loja, então ela está precisando de ajuda, nada muito difícil. Ela me pediu para colocar alguns desses formulários lá no escritório, mas pode ficar com um se estiver interessada.
Peguei o formulário e corri meus olhos por ele, não exigia muitas informações e a floricultura ficava a umas três quadras do colégio. Um emprego. Eu não tinha pensado em ter um ainda, mas seria uma ótima maneira de gastar meu tempo e manter minha mente ocupada.
-Estou interessada sim.
Ela sorriu enquanto eu dava mais uma olhada na folha, um emprego com toda certeza seria uma das melhores notícias da minha semana. Subi as escadas depressa e fui até o quarto de Stephanie, peguei uma de suas mochilas que ficava dependurada atrás da porta e a enchi com tudo que era necessário. Sorri enquanto ajeitava as coisas, desse tamanho e já estava indo dormir fora, aquela pequena não tinha jeito mesmo. Dei um pulo no banheiro pegando sua escova de dente e um creme para seu cabelo, passei no meu quarto para deixar o formulário e desci novamente para a sala.
Sra.Simpson estava na cozinha conversando descontraidamente com Jacob e as meninas enquanto tomava uma xicara de café, ao que parecia apenas eu não a conhecia.
-Aqui está! - falei.
-Obrigado, querida. - falou colocando a xicara na mesa e se levantando. - É melhor eu ir agora, se conheço bem aquelas duas devem estar deixando meu marido louco uma hora dessas.
Rimos enquanto ela pegava a bolsa.
-Jacob, não esquece de levar a Jasmine amanhã no aniversário. - falou. - Vou estar esperando vocês lá.
-Pode deixar.
-Safira, foi muito bom conhecer você. - falou me dando um beijo no rosto em cumprimento.
-O prazer foi meu. - falei.
-Bom ver vocês de novo meninas. Boa noite.
-Boa noite. - respondemos.
Com um sorriso para todos, ela saiu fechando a porta.
-Ela parece legal. - comentei entrando na cozinha. - E porque ela quer você no aniversário amanhã?
Jacob fez uma careta e fez sinal para que eu sentasse ao lado dele, o que fiz de bom grado enquanto roubava um pedaço do bolo que estava comendo.
-Karina é tia de Jasmine. - explicou puxando o prato de bolo para perto de si. - Amanhã vai ser o dia que vou conhecer toda a família.
Mesmo que estivesse disfarçando, eu podia dizer apenas olhando o quanto ele estava nervoso.
-Isso ai é medo, Jacob Delacur? - perguntei.
Ele suspirou.
-Foi a maior barra conhecer o pai dela, pensei que o homem fosse me matar pelo olhar a primeira vez que fui jantar lá. - falou comendo mais bolo. - Mas agora sei que ele é de boa e gosta de mim. O problema vai ser o irmão dela que vai voltar amanhã do exterior apenas para o aniversário, ela disse que ele tem muito ciúme dela e eu ainda não conheço ele.
-Assim como não conheço ela. - falei e ganhei uma careta de presente. - Mas tenha calma, sei que ele vai gostar de você, é um ótimo garoto. - Jake sorriu para mim e as meninas fizeram o mesmo, sou uma irmã coruja mesmo. - E caso ele faça alguma coisa, é só me ligar que eu vou lá me resolver com ele.
Ele olhou para o bolo por um momento e começou a dar risada.
-Pensando nisso me deu até dó do cara agora. - falou.
Começamos a rir enquanto Marisol colocava a panela de brigadeiro na mesa, agora frio e cremoso do jeito que gostávamos.
-Eu empresto o meu carro para você ir, contanto que tome cuidado. - falei. - Além disso, você quer namorar, não quer? Conhecer a família da garota faz parte.
-To até imaginando quando ela for conhecer você.
-O que tem que ser logo neah, rapaz? - olhei para ele estreitando os olhos.
-Prometo que logo eu apresento vocês. - falou erguendo as mãos. - Agora, mudando de assunto... - começou ele pegando uma colherada de brigadeiro. - Eu falei com Pietro hoje.
Parei com a colher no meio do caminho sentindo os olhares dos três sobre mim. Eu geralmente não escondia nada do meu irmão e muito menos ligava dele ficar comigo e minhas amigas quando elas estavam em casa, isso já era quase um hábito, mas nesse momento eu gostaria muito que ele não tivesse jogado esse assunto novamente na roda.
-É o que vocês conversaram? - perguntou Marisol com a colher na boca e arrastando uma cadeira para sentar.
Essa garota não tinha jeito mesmo. Era notável que ela jamais deixaria essa conversa passar sem saber de alguns detalhes.
-Ele pediu para o treinador para não participar do treino dizendo que não estava bem. - falou Jake pegando mais brigadeiro. - Ai fui conversar com ele para ver o que estava acontecendo. Ele me disse que estava com a cabeça cheia e que não estava bom para jogar, que precisava sair e pensar um pouco. Perguntei se podia ajudar, então ele falou que seu eu pudesse ajuda-lo a falar com a Safira sem que os dois acabassem brigando, ia ser muito bom.
-E o que você falou? - perguntou Alexandra com os olhos brilhando de curiosidade.
-Que minha irmã é muito paciente e compreensiva, mas a pessoa tem que dar um motivo para ela ser assim. - falou ele olhando para mim. - Que essa moça aqui, tem um talento fora do comum em descobrir quando uma pessoa está mentindo para ela, pode demorar, mas ela consegue. Então falei que se ele quer se entender com ela e se gosta dela, devia contar o que está ficando entre os dois.
Fiquei olhando para minha colher enquanto pegava mais um pouco de brigadeiro, minha mente a quilômetros de distância.
-Ele pediu conselho para uma das pessoas que mais me conhecem, trapaceou. - comentei.
Jacob passou a braço envolta dos meus ombros.
-Sei que não devia me intrometer e que sou ciumento na maior parte das vezes, - falou recebendo uma olhar confirmador das meninas. - mas gosto de ver como você fica junto com Pietro e não quero ver você triste do jeito que sei que está. Ele pode não ser o cara perfeito, mas chega bem perto do que é bom o suficiente para você. Já registrei todas as regras com ele, então espero que se resolvam logo.
Arregalei meus olhos e me voltei com tudo para meu irmão.
-Você não fez isso, Jacob!
Ele ergueu as mãos.
-O que? - perguntou sorrindo com inocência. - Sei que esse lance de vocês não é só amizade e mesmo que eu goste do cara, ele não deixa de ser homem. Então já deixei as coisas bem claras.
-Não acredito que fez isso. - resmunguei encostando minha testa na mesa.
-Pois acredite, maninha. - falou se levantando. - E me agradeça depois.
Ao som das gargalhadas das meninas, ele deu um beijo na minha cabeça e subiu para o seu quarto.
-Se até o seu irmão reparou no que está acontecendo, acho que não vai ter como fugir disso por muito tempo não. - falou Ale.
-Apenas o suficiente. - falei.
-É tão difícil admitir que gosta dele? - perguntou Sol.
-Admitir que gosto não é difícil, - falei me levantando. - apenas quero ir com calma. A pressa é a forma mais rápida para o desastre total.
-E essa entra para a lista de suas frases épicas. - falou ela ganhando uma careta minha.
Peguei mais uma colherada de brigadeiro e sorri para elas.
-Agora vamos encerrar esse assunto. - falei. - Preciso urgente de um banho e logo depois nós vamos sair.
-Vamos? - perguntou Marisol me olhando surpresa.
Sorri de sua expressão, geralmente era ela quem nos arrastava para sair, não o contrário.
-Vamos sim. - falei. - Nada de baixo astral por hoje, quero apenas sorrisos e diversão.
-Quem é você e o que fez com a minha melhor amiga?
Alexandra assistia tudo sorrindo e comendo seu brigadeiro, mas quase se engasgou enquanto ria.
-Está bem aqui. - falei as puxando par ficar de pé. - Eu apenas tive tempo para amadurecer mais e mesmo nesses dias horríveis, percebi que lágrimas e tristeza não vão resolver nada. Estamos no nosso último ano no colégio e não voltei para cá à toa, eu quero realmente que seja um ano diferente, quero me divertir. Vou sorrir, chorar e até gritar, mas vou continuar de pé, porque apenas eu sou responsável pelo que vai acontecer no meu futuro. Eu não sou mais a garota boba que era antes.
Alexandra bateu palmas e Marisol limpou lágrimas imaginárias.
-Foi um discurso emocionante. - falou sorrindo.
Dei um tapa em seu braço fazendo todas nós sorrirmos.
-Safira está certa, temos mesmo que aproveitar. - falou Ale. - Ano que vem eu provavelmente vou estar do outro lado do país, então quero curtir cada momento ao lado de vocês.
-Então não vamos mais perder tempo com essa conversa. - falou Marisol nos empurrando para fora da cozinha. - Movam essas bundas e vão logo se arrumar.
-Falou logo a mais enrolada. - comentei.
-Exatamente por isso que temos que começar agora. - falou indo para as escadas. - Eu tomo banho primeiro.
Começamos a rir enquanto ela disparava escada a cima com Alexandra e eu em seu encalço. Eu podia estar triste pela perda e pela briga, confusa com um par de situações, mas se eu me deixasse afundar por essas coisas, me perderia em um buraco que eu não sabia se conseguiria sair. E agora, olhando para o sorriso das minhas amigas, apenas tinha mais certeza que seguir em frente com um sorriso no rosto era a melhor coisa que eu podia fazer, pelo menos nesse momento.******
Nota da autora:
Olá pessoal, desculpa a demora para postar, mas essa última semana foi tensa para mim, então não estava com pique nenhum para escrever. Até porque, vocês quase ficaram sem cap, porque meu not resolveu morrer... Mas, graças a algumas suplicas ele voltou e resem para ele funcionar até eu comprar um novo kkkkk
Enfim, acho que não comemoramos os 4k neah?? Kkk
Gente, muito obrigado por toda essa paciência e dedicação a minha história, é muito importante para mim.
Continuem deixando seus votos e comentários, divulguem para os amigos e é claro, tenham muita paciência com essa autora aqui.
Espero que gostem.Boa Leitura!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Último Suspiro - O início - Livro 1
Ficção GeralDepois de passar um ano na Itália esfriando a cabeça e vivendo seu sonho de viajar para o país que sempre quis conhecer, Safira Delacur sente que finalmente é hora de voltar para casa. Mesmo atormentada por sonhos estranhos e um forte pressentimento...