Capítulo Dez

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Lorena🌞

A volta para a pousada ao lado de Joaquim foi tranquila e para minha surpresa ele retornara para me buscar com o ar condicionado funcionando,agradeci, o calor que fazia era sufocante.

Joaquim era muito atencioso e seus quase dois metros e beleza bruta não condiziam com sua personalidade calma.
Ele era um gigante de alma gentil.
Eu fizera o trajeto de volta ainda mais feliz e tagarelando sem parar, Joaquim me escutava e dividia da minha alegria.

A conversa com o diretor da escola Dom Pedro II fora ótima e havíamos acertado tudo,na segunda feira eu já assumia as turmas que estavam sendo atendidas por uma professora temporária.
Eu não poderia estar mais satisfeita,dias atrás eu não sabia o que fazer da vida e agora estava cheia de perspectivas.

A próxima atitude a tomar era procurar uma casa,eu não poderia viver na pousada para sempre,o dinheiro do carro e dos móveis que vendera não duraria muito e o aluguel dos chalés não era algo que poderia custear por muito tempo.

Se dependesse apenas de minha vontade,ficaria na pousada,mesmo que acabasse cruzando com Pedro muitas vezes, já que o lugar pertencia a sua tia e ele tinha negócios com ela, mas valeria o sacrificio.

Estava realmente encantada com a família de Laura, no curto espaço de tempo que passara com eles me sentira acolhida.
Era uma sensação maravilhosa.

Ficara órfã ainda criança e passara a viver com uma tia que me considerava um estorvo,assim que tive condições de me manter sozinha abandonei sua casa enchendo-a de alívio, vivia a me dizer que contava os minutos para se livrar de mim.

Eu nunca soubera o que era realmente ter uma família,o mais próximo disso que tivera fora Melissa,a quem eu amava como a uma irmã.

Tinha o sonho de constituir minha família,me casar com um homem carinhoso que me faria sentir protegida, ter muitos filhos e uma casa aconchegante com cortinas xadrez e um jardim florido.
Era um sonho de menina, que eu levará para a vida adulta e que ainda acalentava.

Ficava me perguntando quando meu cavaleiro em armadura dourada chegaria,esperava que ele não demorasse muito,eu o estava aguardando ansiosa, chegar imponente em seu cavalo branco.

Ri diante de meu pensamento romântico,certamente ele não viria montado em uma cavalo branco como nos contos de fadas, mas a ideia me fazia sorrir.

- Pode vir de carro, bicicleta ou mesmo a pé futuro marido, apenas venha.
falei em voz alta só para mim e as paredes do meu chalé,estava vendo a noite cair, devidamente acomodada em uma poltrona em frente à janela,o sol se punha preguiçosamente atrás dos serros,trazendo mais uma noite em alvorada e a promessa de um novo dia para todos.

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