Lorena sempre foi uma mulher batalhadora, acostumada a desafios nunca se deixava esmorecer.
Do nada,ela se vê desempregada e sem perpectivas de trabalho na sua cidade,porem
Lhe surge uma
Oportunidade longe de sua zona de conforto, para lecionar em...
Eu já estava a beira do desespero,fizera tudo ao meu alcance para desembaraçar o pelo do animal do arame, mas não obtive êxito,já pensava em ligar pedindo ajuda a Joaquim quando ouvi um trotar de cavalo a minhas costas,olhei na direção do som pronta a pedir ajuda e paralisei diante da figura de Pedro montando um imponente cavalo branco.
Sua figura obstruiu o sol por um momento e a luz resplandeceu em volta dele,Pedro tinha um chapéu gasto protegendo a cabeça do sol e usava uma camiseta sem mangas. Seus braços de músculos vigorosos seguravam as rédeas e descansavam indolentes sobre suas pernas envoltas em jeans surrados. Estava tão irritantemente atraente montando seu maldito cavalo branco que tive dificuldades em tirar os olhos dele.
Levantei vagarosamente ciente de seu olhar que acompanhava cada movimento meu,de todas as pessoas do mundo Pedro seria a última a quem pediria ajuda, e era justamente ele quem aparecia ali,o destino realmente gostava de me pregar pessas.
Abri os lábios para falar, mas não foi preciso,o filhote voltou a choramingar chamando a atenção do homem. Os olhos de Pedro vagaram de mim para o animalzinho e eu pensei que ele não faria nada,achei mesmo que simplesmente viraria as costas e iria embora sem dar a mínima a situação do cão, mas ele não fez isso.
Com agilidade saltou do cavalo e veio abaixar-se próximo ao cachorro, ele examinou a situação do animal e para minha surpresa havia preocupação é até certa meiguice em seus olhos selvagens. -Eu tentei soltá-lo... Mas não pude. Me odiei por minha voz sair fraca,não admitia ser vulnerável perto dele. -Pegue a bolsa de couro que está presa na sela do ventania,por favor. O ogro pedira por favor? Ao invés de fazer o que pediu me demorei olhando com espanto para ele,aquilo era inédito. Desde de quando ogros tinham boas maneiras? -Anda mulher, o que está esperando! Suas palavras impacientes ecoaram na estrada deserta me despertando de meus devaneios. Pronto seu mau gênio estava volta. bufei e mordi a língua para reprimir a vontade de lhe responder, naquele momento, infelizmente, eu precisava dele,se Pedro livrasse o filhote dos arames valeria a pena ter evitado começar uma discussão. Resignada fui até o cavalo e peguei o que ele pedira,era uma sacola de couro cru cheia de bolsos. . Entreguei- a a Pedro e ele remexeu dentro dela,a procura de algo, que descobri ser de um alicate. -Segure-o e tente acalmá-lo, vou cortar o arame. -Tudo bem. - Concordei Fiquei de cócoras perto do cachorro,ele parecia bastante assustado,afaguei seu pelo felpudo e comecei a falar com ele. Certamente Pedro devia estar me considerando uma idiota por estar conversando com o cachorro,mas ele que pensasse o que quisesse, desde que o livrasse dos arames para que eu pudesse cuidar dele.
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Pedro ☕
Ela entoava uma cantiga de ninar para o filhote de colin,já falara com ele de vários assuntos e agora cantava.
O cachorro permanecia quieto, por mais que não entendesse nada a voz da mulher parecia acalmado facilitando meu trabalho, embora seu pelo estivesse bastante embaraçado no arame eu o soltava sem dificuldades.
O problema era que as vezes eu me distraia com a voz de Lorena ou perdia alguns segundos de trabalho na soltura do animal, para olhá-la.
Eu nunca a achara tão atraente como naquele momento, com a luz difusa do por do sol batendo na sua pele e seus cabelos crespos dançando ao seu redor com a brisa. Era realmente uma distração dos diabos.
Quando finalmente cortei o último tufo de pelo, o animal se levantou e Lorena o alinhou rapidamente nos braços. Um grande sorriso iluminava seu rosto. Me ergui , a musculatura das minhas pernas reclamaram pelo tempo que havia ficado sentado à moda indígena.
Lorena agora estava examinando os ferimentos que as pontas afiadas do arame haviam feito no cão. -Ele ficara bem. A mulher me olhou como se eu fosse algum tipo de extraterrestre. -Está machucado,precisa dos cuidados de um veterinário. Ela falou,discordando de mim, para variar. Peguei o animalzinho de seus braços e examinei seus machucados. Eram na maioria superficiais. -São apenas cortes superficiais,ele não corre risco algum. -Como sabe,é veterinário? Inspirei,o mau gênio daquela mulher me tirava do sério. -Fiz três anos de veterinária antes de me decidir por agronomia. Respondi, Nem sabia porque estava lhe dando explicações.
Lorena me olhou com ar de dúvida, sempre desconfiada, eu devia deixa se virar sozinha,devia mas não iria. -Estava indo para a pousada? Questionei lhe devolvendo o cão Ela assenti, pigarreiei. -Vou segui-la até lá e examinar melhor o... -Felpudo. Deus, ela já dera até nome para o cachorro, o animal provavelmente havia fugido de alguma fazenda e tinha um dono,ela não devia se afeiçoar ao filhote. - Não precisa nos seguir, amanhã vou levá-lo a um veterinário formado e ele receberá cuidados. Não contive um riso sarcástico,aquela mulher era mesmo difícil de lidar -Vamos, vou segui-la até a pousada. Repeti Virei as costas e caminhei até meu cavalo,ela veio atrás de mim reclamando. Não lhe dei ouvidos. -Ja falei que não precisa,você além de mau educado é surdo também? Parei meu gesto de montar e me voltei para ela. -Não sou eu que está sendo mau educado aqui Dona-Vi seus olhos se estreitaram - Agora entre naquele carro e vamos logo. Montei ventania e o fiz avançar,segui na direção da pousada, deixando a mulher parada no mesmo lugar, mas não demorou muito para o carro de Joaquim me ultrapassar. Sorri satisfeito.
Oi gente primeiro quero me desculpar pela demora,vou tentar ser mais rápida, prometo.
Eu sei que vocês deviam estar na expectativa de uma pegaçãozinha básica nesse capítulo,mas ainda não foi dessa vez, mas no próximo vai ter uns beijos e uns amassos😁 (spoiler básico)
Quero agradecer pelo votos e comentários, continuem votando e comentando pra que eu saiba o que estão achando.
