Capítulo Trinta

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Capítulo sem revisão gurias,desculpem os erros!
Bjs, boa leitura!

Joaquim ⚡

Obeservei minha mãe, ela revisava cada detalhe da decoração da sua quermesse anual,parecia nervosa.
O jardim da pousada estava todo decorado, mesas rústicas de madeira haviam sido distribuídas pelo espaço verde, as árvores tinham ganhado milhares de luzinhas decorando seus troncos,um espaço para a dança fora reservado, e um pequeno palco tinha sido construído para a banda local, que seria responsável pela música.
Eu já estava acostumado com aquela data,mas pela primeira vez me sentia estranhamente nervoso.

O motivo era uma certa professora que andava bastante presente em meus pensamentos ultimamente.
Aquela seria a primeira quermesse de Lorena e eu realmente esperava que ela tivesse bons momentos na festa.

De preferência ao meu lado.
Abracei Laura de surpresa, ela sorriu e recostou a cabeça em meu peito.
- Tudo está perfeito mãe, relaxa.
-Tu sabe que sempre fico ansiosa- ela se voltou para me encarar- Mas eu não sou a única nervosa aqui, tu também parece ansioso, filhote.
Sorri torto.
Não se podia esconder nada de Laura schmidt.
-Talvez esteja um pouco.
Confessei, Laura prescutou o meu rosto.
- Essa menina mexe mesmo contigo né Quin.
Realmente nada passava despercebido por ela.
Pegou meu rosto entre as mãos e me fez encará-la.
-Só não quero que tu sofra, filho.
Por um momento cheguei a pensar que Laura soubesse de Lorena e Pedro, mas logo descartei aquela ideia, eu fora o único que os vira se beijando.
E estava disposto a esquecer aquele fato e seguir em frente.
-Não vou - disse e senti que falava aquilo um pouco para mim mesmo - E já sou um homem, dona Laura,não pode me proteger do mundo para sempre. - completei
-Mas posso tentar- ela rebateu-afinal você ainda é meu menino.
Ri e voltei a abraçar minha mãe, ficamos olhando a decoração em silêncio, apenas desfrutando um da companhia um do outro,até que Laura o quebrou.
-Lorena vai participar do leilão. Ela falou sugestivamente.
-Vai é?
Tentei não parecer muito interessado, por mais que estivesse.
-Acho bom preparar o bolso se quiser a companhia dela no almoço.
Sorri ante a ideia.
-Eu vou, pode deixar.
Afirmei.

Pedro ☕

Benjamin estava separando suas economias, o dinheiro que vinha juntando por meses estava todo sobre sua cama e ele o contava concentrado.
Parei no limiar da porta e aguardei.
-Mas que porra!
O palavrão encheu todo o quarto, mas ao invés de censura-lo, ri de sua ira repentina.
- O dinheiro não é suficiente?
Dei um passo para dentro do quarto e me encostei na parede coberta de pôsteres.
-É muito pouco acho que vou precisar de mais.
Ben falou olhando desanimado para a quantia.
-Para que precisa do dinheiro?

Eu desconfiava do motivo, mas ele confirmou minhas suspeitas,era domingo e teria a quermesse de Laura e uma das horas mais esperadas era o leilão das cestas preparadas pelas mulheres da comunidade,e certamente a menina Ribeiro iria participar,ja que o limite de idade era Dezesseis anos.
Não entendia o por que da ânsia das mulheres em participar daquilo, em todos aqueles anos eu nunca dera um único lance,e pretendia continuar assim,nunca me interessara pela atividade,mas meu filho parecia ter um motivo bastante sério para participar.
-Não posso deixar outro cara almoçar com a minha namorada,mas esse dinheiro não vai dar pra nada.
Ben estava com o semblante carregado e dava pra ver a sombra do ciume nele.

-Filho...
Iniciei, mas Ben me interrompeu, se levantou da cama onde estava sentado e passou as mãos no cabelo antes de parar diante de mim.
-Pai, eu sei o que o senhor vai dizer,que devo me afastar da Bianca, que nós dois juntos é errado, mas não importa quantas vezes repita, eu não vou me afastar dela. - encarrou os próprios pés mas logo voltou a me olhar nos olhos,havia uma firmeza e maturidade na sua expressão, que eu nunca tinha visto antes,me senti inchar de orgulho. - Eu te amo pai,é a pessoa que mais amo,mas eu também amo a Bia, então por favor aceite nosso namoro,isso é muito importante para mim.

Benjamin me olhou em expectativa enquanto uma confusão de sentimentos passava por mim,até restar apenas o amor por meu filho.
Tateei no bolso do Jeans e peguei minha carteira,tirei algumas notas de lá.
- Eu não ia falar pra se afastar dela filho,só ia te dar isso.
Ben pegou a notas da minha mão,meio hesitante, quase sem acreditar, vi algumas lágrimas querendo deixar seus olhos, mas ele as secou rapidamente. -Valeu, meu velho.
-Velho ? - Baguncei seu cabelo e fingi indignação-Onde que tu tá vendo um velho aqui pìa,eu tô no auge da boa forma.
Ben riu e eu o acompanhei.
Ele estava feliz e isso era o que realmente importava.

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