Capítulo Quarenta E Três

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Oi gente amada,primeiramente queria me desculpar pela demora, tive alguns problemas pessoais e não pude atualizar, mas enfim aqui está um novo capítulo, não revisei porque estava com pressa de postar,perdão pelos erros.
Espero que gostem,votem e comentem para eu saber o que acharam.
Boa leitura ❤

Joaquim ⚡

Passei com o carro pela frente da casa dela pela sexta vez naquele dia, mas não consegui vê-la por nenhum minuto.
Eu estava parecendo um maldito perseguidor, mas a vontade de vê-la era maior do que meu bom senso.
Lorena simplesmente se afastara depois de ouvir a verdade sobre meus sentimentos e isso estava me sufocando,precisava encontrá-la para conversarmos.

Era sábado e ela não iria para a escola, a única solução seria bater na sua porta e forçá-la a me ouvir, não podíamos apenas nos afastar um do outro.

Decidido fiz o retorno e Segui em direção a sua casa, não vi quando a criança correu para o meio da rua,não, até que já não tivesse mais como desviar de seu corpo infantil.
Pisei fortemente no freio, mas não consegui evitar o choque.

Como se visse tudo em câmera lenta,avistei uma mulher de estatura mediana e cabelos não muito longos correr desesperada para a criança que jazia desacordada no chão,fitei tudo em transe,até que fui atingido pela realidade e desci apressadamente do carro.

Estava se formando uma aglomeração de pessoas, alguns curiosos e outros que mexiam em seus celulares, claramente pedindo socorro.

Abri caminho entre eles e cheguei até a menina que eu havia atropelado, ela estava desmaiada, mas visivelmente apresentava apenas algumas escoriações leves, respirei aliviado e me abaixei próximo a ela.

Incríveis olhos azuis se fixaram raivosos em mim,a mulher que corera para a menina parecia uma fera protegendo a cria.
-Saia de perto da minha filha. - ela falou raivosa- já não está satisfeito com o que fez?!!

Abri a boca para me defender e acusá-la  de negligência, por ter deixado a menina correr para a rua daquela forma, mas quando ergui os olhos para olhá-la, notei as lágrimas e todo seu desespero por ver a filha naquela situação.
Me senti um filho da puta.

-Foi um acidente.
Disse apenas, logo a sirene da ambulância  se fez ouvir e não demorou muito para a pequena   receber os primeiros socorros.
Quando as duas foram para o pronto socorro, eu às Segui com meu carro.

Lorena ☀

A campainha soou insistentemente,acompanhada de fortes batidas na porta.

Desci os degraus da escada de dois em dois,apressada para abrir a porta antes que quem quer que fosse, a derrubasse.

Ao abri-la  quase que a fechei imediatamente ao ver quem era o visitante,na verdade eu tentei fechar a porta, mas Pedro foi mais rápido e colocou o pé na base da porta me impedindo de tranca-lá.

O xinguei mentalmente.

Mas como ele era superiormente mais forte, desisti de tentar tranca-ló para fora e parei na soleira cruzando os braços em uma atitude de proteção.
-O que você quer Pedro?
Usei meu Tom mais indiferente,esperava que ele notasse que não era bem vindo.

O homem arqueou a sobrancelha e se recostou indolente no batente da minha porta,o sol da tarde incidia sobre ele, formando um halo ao seu redor e intensificando o ruivo do seu cabelo.
O maldito era diabolicamente atraente e eu uma tôla por ainda pensar nisso,afinal ele estava comprometido com Diana.
-isso são modos de receber as visitas dona, principalmente as que não vê a dias?

A  irônia era um traço da sua personalidade,eu já quase me abituara a aquele seu tom de troça.
-Trato assim somente as que não são bem vindas.
Retruquei ferina , Pedro sorriu torto, e as marcas de expressão apareceram, dando mais maturidade ao seus traços elegantes.
-Sempre mostrando as garras não é minha leoa!
Estreitei o olhar,quem aquele bastardo pensava que era para me chamar daquela forma,irritada tentei fechar a porta novamente, mas ele a segurou,vencida dei alguns passos para dentro da sala, ele entrou e fechou a porta atrás de nós,rilhei os dentes.

Era inacreditável como aquele homem despertava o pior em mim.
Eu não queria vê-lo, por que ele tinha que aparecer na minha porta.

Okay! eu não aguentava de vontade de vê-lo, não adiantava tentar enganar a mim mesma, mas ao mesmo tempo que eu o queria por perto, eu não suportava olhá-lo e saber que ele estava com Diana.

-Và embora Pedro, volte para junto da sua namorada, ela não vai gostar de saber que esteve aqui.

Bingo!!! Eu não estava conseguindo mais me conter, precisava por tudo sobre Diana para fora,fazer ele saber que eu descobrirá que eles tinham um caso.
Não que isso fosse da minha conta... Tudo bem, eu não suportava o ciúme me corroendo.

A expressão de Pedro mudou de ameaçadora, para confusa.
-Namorada?

Quase ri,ele realmente iria tentar bancar o bobo para mim.
-Do que tu está falando Lorena?eu não tenho namorada nenhuma.
Um sorriso idiota brincou no seu rosto másculo.
- A não ser que tu me aceite, o que acha?

Fiquei boquiaberta,o ogro dos ogros, estava realmente, claro que do seu jeito torto, me pedindo em namoro?

"acho que tu não sabe que Pedro e eu estamos apaixonados ... Pensamos até em nós casar... "

A voz de Diana ecoou na minha cabeça e ficou se repetindo sem parar, em uma atitude inesperada até para mim mesma,ergui a mão e acertei o rosto de pedro,botei toda minha frustração naquele tapa.

O homem nem piscou,ficamos nos encarando, e pude ver a furia escurecer o azul cristalino de seus olhos,eu realmente pensei que ele iria revidar a agressão, mas ao invés disso ele me puxou para seus braços e me beijou.

Seu beijo foi quase uma punição por minha atitude violenta,seus lábios exigentes tomaram os meus sem nenhuma gentileza ou pudor.
Foi um beijo selvagem que fez meu corpo todo arder de uma forma que eu nunca experimentara.
Achei que nunca mais fosse ser libertada de seus braços fortes , e nem queria isso, mas o toque repetitivo do meu celular,acabou com aquele momento.

Pedro me soltou abruptamente e eu cambaleei,ainda fiquei fitando-o por alguns instantes, alheia a telefone que gritava sem parar sobre o sofá.

-Atenda, deve ser importante.
Pedro usou aquele seu costumeiro tom autoritário, que geralmente usava quando estava nervoso ou chateado.

Dei as costas para ele e peguei o aparelho sobre o sofá,quando li o nome de Melissa no visor, atendi rapidamente.

Minha amiga estava com a voz embargada,tive que pedir para que se acalme-se para que eu pudesse entender o que ela tentava me falar,
-Calma Mel, fala de vagar, não estou te entendendo.
-A Anna, Lena , ela foi atropelada,estou desesperada....

Melissa finalmente conseguiu conter o choro e falar, então foi minha vez de ficar nervosa.
Senti minhas pernas fraquejaram e achei que fosse cair, mas Pedro estava Ali para me amparar.

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