Capítulo Cinquenta E Quatro

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Boa leitura!

Joaquim

Quando saí do interior do bar do César,vi um casal trocar um beijo apaixonado, antes do homem entrar numa picape velha e dar partida,deixando a mulher parada na calçada.

Meu coração deu um pequeno solavanco enquanto eu obeservava a cena,incapaz de me mexer, mas conciente de que não devia ficar olhando.

A mulher ficou alguns minutos obeservando o caminho que o homem pegara,e então se voltou me flagrando parado ali,seu olhar foi de surpreso, a tímido, até se estabilizar em carinhoso.
Ela começou a vir na minha direção, um sorriso lindo iluminando seu rosto bonito.

Me perguntava quando Lorena deixaria de ser a mulher que com um simples sorriso fazia meu coração disparar dentro do peito.

-Olá sumido! - Ela parou a poucos passos de mim -só assim para encontrá-lo né, esqueceu meu endereço?

Sim, faziam muitos dias que eu vinha evitando encontrá-la, desde que ficara sabendo que ela e Pedro haviam assumido o namoro, não se falava em outra coisa em Alvorada, cidades pequenas tinham dessas coisas, infelizmente.

Cocei a cabeça, um gesto que fazia quando estava nervoso.
- Muito trabalho, é temporada de colheita da uva, a pousada está cheia de turistas- aquilo era verdade,muitos vinham para alvorada naquela época para degustar as uvas e ir às festas que os produtores realizaram nas épocas de colheita, era uma desculpa razoável,mesmo que a verdade fosse o fato de que eu evitava vê-la, numa tentativa desesperada de deixar de sentir o que eu sentia por ela, me afastar,me parecia o certo a fazer.

-Mmm, mas agora você parece estar livre-ela comentou - e não vai escapar de almoçar comigo.

Me perguntava se Lorena tinha noção do quanto aquilo tudo estava sendo difícil para mim, olhei dentro do seus olhos brilhantes e soube que não,ela me encarava radiante, como se me ter por perto fosse a melhor coisa do mundo.

Eu estava com a desculpa na ponta da língua, mas como sempre acabei cedendo.

Fomos para casa dela e uma menininha loirinha correu para a porta para nos receber, era a pequena que eu atropelara dias atrás, ela vinha como um raio na direção de Lorena, mas parou abruptamente ao me ver,me olhou de cima a baixo,meio imprecionada, não devia estar lembrando de mim,pois ficara desacordada o tempo todo naquele dia.

Retribui seu olhar e arqueie a sobrancelha, fazendo careta, um sorriso tímido brotou de seus lábios infantis.
-Esse é o Quin, Anna, amigo da dinda.
Lorena nos apresentou,ela deu um passo a frente me examinando.
-você é um gigante?
perguntou,não contive uma risada, a pequena continuava me encarando.

Me abaixei diante ela,para poder olha-lá mais de perto.
-Acho que você descobriu meu segredo pequena -falei baixo, em tom de confiçao- quer dizer, na verdade eu sou meio gigante, por parte de pai.
Ela pareceu realmente impressionada, me olhava boquiaberta.

-Quê legal. - a pequena falou - a mamãe precisa saber disso.
Concluiu com sua vozinha infantil e sem mais delongas saiu correndo chamando pela mãe, Lorena ria divertida.

Me levantei e recebi um tapinha nas costas

- Te prepara, ela vai querer saber tudo da sua vida de gigante, Anna adora histórias de fantasia.

A pequena não demorou a voltar, agora acompanhada de Melissa,a amiga de Lorena,ela me olhou surpresa e um sorriso caloroso brotou em seus lábios.
-É ele, mamãe, o amigo gigante da dinda Lou.
Assenti confirmando a afirmação de Anna e Melissa fez uma expressão surpresa, bastante genuína,ao ser apresentada a mim, ela estendeu a mão pequena, que peguei entre as minhas.
-Muito prazer senhor gigante.
Falou divertida.
A pequena Anna,olhava para nós dois, radiante.
-O prazer é todo meu,mãe da Anna.
Respondi, recebendo um belo sorriso de volta.

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