Capítulo Dezenove

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#sem revisão

Lorena 🌞

Msg Melissa :"Você tem que vir me visitar Mel,vai adorar alvorada"

Msg Lorena : pelo que contou parece adorável, e em pensar que eu achei que você não iria se adaptar Lena 😀 "

Msg:" Sou um camaleão"

Msg Melissa : fico tão feliz que as coisas estejam dando certo,mesmo que eu esteja morrendo de saudades,torci muito para que desce certo sua ida para aí.

Msg Lorena :😭também estou morrendo de saudades.

Msg Melissa :Nas minhas férias meu filhote e eu vamos te visitar kkkkk,ele também tá com saudades da dinda😊

Msg Lorena : Já estou procurando uma casa para alugar,quando vierem já vai poder conhecer meu lar doce lar.😀😀😀😀

Msg Melissa :Estou ansiosa 🕒

Msg loreena :Eu também ☀

Os dias pareceram voar,quando o sinal tocou na quarta feira percebi isso

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Os dias pareceram voar,quando o sinal tocou na quarta feira percebi isso.

Como sempre, esperei todos os alunos se retirarem e depois fiz o mesmo.
Após uma rápida passada na sala reservada para o corpo docente deixei o prédio.

Naquele dia recusara o empréstimo do carro de Quincas, ele estava sendo muito gentil, mas eu não queria abusar da sua boa vontade, viera de ônibus e pretendia voltar novamente de transporte público.

Mas antes eu marcara com um morador de visitar sua casa que estava para alugar.
Fora uma indicação de Laura,sua família estava me ajudando muito,embora tenham se mostrado bastante contrariados com minha mudança.

O dono da propriedade me passara o endereço e não foi difícil achar,logo eu me vi diante da construção simples e adoravel.

Era uma casa pequena,branca com janelas marrons e com uma varanda que a circundava,seu jardim era florido e com um gramado de dar inveja ao mais dedicado jardineiro.

Me pareceu perfeita.

Me adiantei até a porta pintada de marrom e toquei a campainha,um homem de barba cerrada atendeu.
-Bem Vinda dona Lorena.
Estendeu a mão calejada do trabalho rural e retribui,eu já me abituara com as mãos calejadas dos moradores de Alvorada, eles as exibiam como um troféu, fruto de seu trabalho árduo.
- A fachada da casa já me cativou senhor Joel.
Falei, arrancando um sorriso sincero do homem que pareceu satisfeito com minhas palavras,nós já havíamos conversado e acertado quase tudo, só faltava eu conhecer o imóvel e ver se me agradava.
-Tenho certeza que vai gostar do interior também professora.
Joel se afastou da entrada me dando passagem,entrei em uma pequena sala semi-mobiliada,havia um sofá espaçoso e de aparência convidativa na cor cinza e uma poltrona, a estante era de madeira e parecia ter sido feita a mão, ali eu só precisaria por alguns pufs e um tapete e ficaria perfeito.
o bônus da casa vir quase toda mobiliada era uma bênção,não poderia agradecer o suficiente a Laura por ter me arranjado o lugar,se tudo desse certo pretendia me mudar o mais rápido possível.
Meu tur pela casa na companhia de seu Joel foi muito proveitoso,o lugar superara minhas expectativas,eu só precisava comprar alguns itens que faltavam e poderia me mudar,seu Joel também ficou satisfeito em conseguir alugar o lugar,ele e a esposa haviam mudado-se para uma estância que fora do pai dela e pretendiam se dedicar a indústria leiteira e a fabricação de queijos,ele ainda prometeu me trazer leite, queijo e verduras,fiquei feliz com a promessa.

Era impressionante como as pessoas eram solicitas nas cidades pequenas,em alvorada todos se conheciam e se ajudavam, claro que haviam as exceções, mas eram a minoria.

Apertei a mão de Joel ao me despedir e caminhei em direção ao ponto de ônibus.

Havíamos combinado de nos encontrar no cartório no dia seguinte para assinarmos o contrato de aluguel e eu não poderia estar mais satisfeita.

Quando cheguei no ponto, o ônibus estava quase saindo, o motorista esperou ao me ver, entrei e me acomodei no único lugar vago.
Naquele horário muitos soltavam do serviço e pegavam o transporte, um rapaz estava sentado ao meu lado, o cumprimentei ao sentar e o ônibus partiu.

Não havíamos andado nem dez minutos quando o veículo parou novamente.

Um senhor de uns sessenta anos e constituição forte entrou no ônibus,seu cabelo já estava numa tonalidade branco perolado e ele possuía olhos azuis familiares.
Ele correu os olhos a procura de um lugar vago, mas não havia,quando ninguém fez menção de dá-lhe o lugar,me levantei chamando sua atenção.
-Pode ficar com meu lugar senhor.
Ofereci simpática,o homem focou seus olhos azuis e muito familiares em mim e eu vi escárnio neles.
-Prefiro ir dê pé a sentar onde uma pessôa de cor sentou,me sujar.
Eu e mais metade dos passageiros olhamos chocados para o homem,senti como se tivesse sido estapeada , não era a primeira vez que sofria preconceito e certamente não seria a última mas não conseguia "me acostumar", ninguém deveria se acostumar com aquilo,o racismo era algo nocivo.
-Não tem vergonha de tratar mal uma pessôa que só queria ajudá-lo seu Manuel.
O rapaz que ocupava o lugar ao meu lado falou, recebendo um olhar de desinteresse do homem.
-Cuida da tua vida Felipe. O idoso retrucou sem um pingo de remorso.
Eu devia responder o comentário racista do homem, mas apenas lhe lancei o meu olhar mais superior e voltei a me sentar,não valia a pena discutir com aquele tipo de gente.
O sujeito se afastou para o fundo do ônibus resmungando e ninguém lhe cedeu lugar.

O rapaz ao meu lado parecia envergonho pelo comportamento do idoso,mesmo não tendo culpa.
-Não liga não moça- Ele falou notando meu olhar vago- Esse aí não tem limites,é o Manuel Mallmann, tá sempre falando besteira.

Sai do meu estado catatónico e dei um sorriso amarelo para o rapaz.
-Está tudo bem,não ligo para o que ele disse.
Mas eu ligava,não especificamente para o que ouvira do homem,o que me deixava indignada era esse preconceito incrustado nas pessôas que nunca tinha fim.

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