Lorena sempre foi uma mulher batalhadora, acostumada a desafios nunca se deixava esmorecer.
Do nada,ela se vê desempregada e sem perpectivas de trabalho na sua cidade,porem
Lhe surge uma
Oportunidade longe de sua zona de conforto, para lecionar em...
Joguei a saca de adubo sobre o ombro e transportei até o galpão que servia de depósito. Aquele era o último da carga. Sai para o exterior do galpão e fui até o tanque de cimento que ficava ali perto,depois de despir a camiseta mergulhei a cabeça e metade do tronco espirando água ao emergir.
O verão aquele ano em alvorada estava sendo escaldante, mas enquanto alguns reclamavam,eu me sentia satisfeito,embora trabalhar sob aquele sol implacável fosse bastante desagradável,um verão quente significava um inverno muito frio e meu parreiral precisava do frio para dar boas uvas. Sonhava em expandir minha plantação de uvas,trabalháva muito para isso,e esperava em breve poder produzir em dobro o vinho colonial que já produziamos na chacara.
Joguei a camiseta sobre o ombro e rumei para casa,estava quase alcançando a varanda quando o som de um motor de carro chegou aos meus ouvidos.
Não demorou muito para reconhecer o carro de Quincas cruzando na porteira, mas para minha surpresa não era ele na direção e sim a mulher que, mesmo contra minha vontade, ocupara meus pensamentos nos últimos dias.
E mais surpreso ainda fiquei ao reconhecer meu filho no banco de passageiros.
O que diabos Benjamin fazia ali com aquela mulher. Eu realmente queria uma explicação para aquilo.
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Lorena 🌞
Ele estava parado em frente à casa aguardando decermos do carro,tinha uma camiseta jogada sobre o ombro e seu cabelo pingava água, quando reconheci Pedro meu coração disparou no peito e apertei as mãos no volante.
Certamente sintomas do desagrado em encontra-lo onde menos esperava.
Olhei de esguelha para Benjamin e ele confirmou minha suspeita. - Meu pai. - disse nervoso, eu não podia o culpar,ser filho daquele ogro não devia ser fácil,certamente ele seria castigado por ter se envolvido em problemas.
A situação era tão irônica que parecia mentira,de todos os homens de alvorada que benjamim poderia ser filho,tinha logo que ser dele.
-Obrigado pela carona Lorena. Benjamin fez menção de descer do carro, eu me sentia na obrigação de acompanhá-lo e ajudar a explicar a situação, mas a ideia de ter que falar com aquele homem desagradável era desencorajadora.
E ele continua lá, impassível.
Benjamin me lançou um último olhar onde se lia claramente seu nervosismo e saltou do carro,meu coração se encheu de afeto por aquele menino que envolver-se em uma briga para defender a namorada e que alguns momentos atrás se mostrara tão firme e maduro, mas que agora parecia vulnerável. suspirando vencida, desci do carro batendo a porta atrás de mim.
Se ao menos a mãe do garoto aparecesse, talvez ela fosse mais agradável que seu marido. O pensamento de que Pedro era casado mexeu com algo dentro de mim,me causando um encomodo momentâneo,tratei de afastar aquele sentimento.
