Capítulo Trinta E Nove

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Capítulo novo gurias, não tive tempo de revisar, me desculpem os erros, boa leitura.

BÔNUS (Diana)

Eu sempre amei Pedro Mallmann,desde a adolescência.
Naquele época eu tinha plena certeza que ficaríamos juntos, afinal, qual era o homem que iria me recusar.
Sempre fui linda,no ensino médio não havia nenhuma garota mais bonita que eu, não tinha como Pedro não me notar, mas então ela resolveu se meter entre nós,Aurora Polenz.

Ela roubou Pedro de mim, se casou com ele,mas graças ao destino, não conseguiram ficar juntos,um acidente de carro a tirou do meu caminho.
E agora nada iria afastá-lo de mim,muito menos a tal professora Lorena de Assis.

A lembrança da mulher me deu náuseas,quem aquela negra imunda pensava que era para se meter entre nós dois.

Durante a quermesse eu vi os olhares que ela trocou com Pedro, quase explodi de raiva ao ouvir ele dar lances pela cesta dela e para piorar, ainda a vi deixar a festa com ele.

Mas eu já tratara de afastá-la,deixara bem claro que Pedro era meu.
Só me intrigava o porque dele se interresar por aquele tipo de mulher, era absurdo.

Interrompi meus pensamentos quando avistei a casa espaçosa onde pretendia morar em breve, como a nova senhora Mallmann.

Aparentemente não havia ninguém em casa, a única evidência de que tinha gente, eram as janelas abertas e o cheiro quase característico de pão recem assado.

Olhei para o bolo que eu mesma preparara,arrumado em uma bandeja,eu herdara a boa mão de minha mãe para a cozinha, o que era ótimo,nada pior do que uma mulher que não sabia cozinhar.

Estacionei o carro e desci, depois de pegar o bolo no banco do passageiro, rumei para a casa.
Bati, mas como ninguém apareceu entrei e fui em direção a cozinha, certamente Joana, a empregada, que Pedro insistia em tratar como alguém da família, estava lá.

A mulher estava distraída mexendo em uma caixa e não me notou chegar, parei na porta e fiquei obeservando ela tirar um envelope de lá e ficar olhando para a carta com uma expressão de pesar.

Voltou a por o papel na caixa sem abrir e ergueu os olhos,finalmente notando minha presença,se ergueu da cadeira afoita, como se tivesse sido pega fazendo algo que não devia,franzi o cenho, estranhando seu comportamento.
-Dona Diana, não vi a Senhorita entrar.
Estampei meu melhor sorriso no rosto e inclinei levemente a cabeça.
-Imagina querida,desculpa se te assustei.
Me adiantei para dentro da cozinha, Joana fechou a caixa rapidamente, nervosa.
-Não assustou- disse - Está procurando o Pedro?

Quis corrigi-la,afinal ela era só a empregada,devia chamá-lo de senhor, mas calei,quando me casasse com Pedro e fosse a dona da casa,mudaria alguns hábitos por ali.
-Sim, ele está?
Perguntei largando a bandeja com o bolo sobre a mesa,Joana assentiu.
-Está lá nos fundos, cortando lenha.
-Vou até lá então. - gesticulei em direção ao bolo- eu fiz um bolo para ele,pode passar um café para acompanhar ,já o trago para comer.
-Claro,passo sim.
-ótimo.
Falei e fui a procura de quem realmente me importava naquela estância.

Avistei sua figura máscula de longe, fui me aproximando com passos suaves,não querendo alertá-lo da minha presença, até que estivesse próxima o bastante.

Pedro estava de costas para mim,o dorso nu, deixava entrever claramente seus músculos que se acentuavam ainda mais quando ele erguia e abaixava o machado,num ritmo vigoroso,cortando a lenha em lachas.

Senti o calor do desejo se espalhar por meu corpo,apesar de eu já ter tido alguns amantes,muito bem camuflados é claro,nenhum deles conseguira despertar a metade do desejo que eu tinha de ser possuída por Pedro.

Ele parou para descansar alguns instantes e aproveitei para chegar bem perto,toquei suas costas com as pontas dos dedos denunciando minha presença,ele se voltou rapidamente, claramente pude ver decepção em seus olhos,quando me viu.
Senti uma pontada de irritação.
-Te asustei?
Perguntei sorrindo,ele me olhou com desconfiança.
-Não, apenas... - Pedro puxou o ar confuso - Por que está usando esse perfume?
inclinei a cabeça levemente.
-É novo, gosta?
Era com fragrância de rosas,eu pusera especialmente para ir vê-lo.
-Não, não combina contigo.
A resposta rude me deixou sem reação,abri e fechei os lábios confusa, Pedro me deu as costas e voltou a cortar a lenha, tive que me afastar para evitar ser atingida por alguma farpa.

Ele manteve silêncio e eu demorei para pensar em algo para dizer depois da sua grosseria,esperei ele terminar de cortar o restante da lenha e voltei a me aproximar.
-Agora que acabou vamos entrar- falei me adiantando - trouxe um bolo que eu mesma fiz,a empregada está passando café.

Pedro pegou a camiseta sobre a pilha de lenha e vestiu.
-Joana não é empregada, Diana. - mordi a língua para não dizer o que eu achava- Ela é da família.
Pedro continuou,era absurdo esse seu carinho pela mulher,sim, eu sabia que ela estava com eles desde que ele era criança, mas isso não mudava o fato de que ela era apenas uma serviçal.
-Me desculpe querido - Caminhei até ele, me prostrando a sua frente.-Erro meu,claro que ela não é uma simples empregada.

Falei,me pus na ponta dos pés e passei os braços pelos ombros dele,seu corpo estava quente da atividade física,colei o meu nele,moldando minhas curvas contra seu corpo,querendo que ele me desejasse tanto quanto eu o desejava.

Fui bruscamente afastada,Pedro desembarçou meus braços de si e deu alguns passos atrás,evitando nossa proximidade.
-Vamos entrar Diana,Joana deve estar esperando com o café.
Ele não esperou resposta ,se afastou com suas passadas longas, me deixando parada no mesmo lugar, fiquei vendo-o se afastar e quando ele já tinha sumido para o interior da casa,estravassei toda minha irritação derrubando a pilha de lenha que ele erguera.
-É tudo culpa daquela negra maldita- falei em voz alta - Mas ela me paga,vou ensiná-la a não se meter com o que é meu.

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