Capítulo Quarenta E Seis

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Oi gurias,bem, desculpem a demora, realmente não tive tempo de atualizar.
Escrevi esse agorinha, pq sei como estavam ansiosas hahaha.
Espero que gostem boa leitura, não revisei . 😊😍💙❤

Lorena ☀

Tirei dois canecos do armário e coloquei sobre o balcão,Melissa terminou de preparar o chá e fomos nos acomodar no sofá da sala.

Anna ressonava tranquilamente enrolada em uma manta, sobre o tapete felpudo,eu tinha minha melhor amiga e minha afilhada comigo e tudo estava em paz.

Depois daquele dia repleto de emoções, aquela paz era tudo o que eu necessitava.

As coisas antes, tão complicadas pareciam estar entrando nos eixos.

-Foi um dia e tanto, melhor ir descansar Mel.
Falei,Melissa tomou um último gole do chá e se levantou.
-Vou mesmo e você devia fazer o mesmo Lena.
-Daqui a pouco eu vou.
Disse, ela assentiu, pegou Anna com cuidado nos braços e subiu as escadas em direção aos quartos.

Deitei de costas no sofá e fiquei um bom tempo olhando para o této e pensando na minha conversa com Quincas e em Pedro.
E  principalmente em minhas futuras escolhas.
Estava me sentindo como Cathy, dividida entre o bondoso Linton e o terrível Heathcliff.

Eu ainda não conhecia muito bem as redondezas,nunca havia reservado um bom tempo para conhecer tudo, mas mesmo assim consegui encontrar o sítio dos Schumacher com certa facilidade

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Eu ainda não conhecia muito bem as redondezas,nunca havia reservado um bom tempo para conhecer tudo, mas mesmo assim consegui encontrar o sítio dos Schumacher com certa facilidade.

Estacionei meu recem comprado carro de segunda mão, diante da porteira e saltei.

Não havia ninguém a vista,desenrrosquei a tranca e fui em direção a construção de madeira.

Alguns cachorros viram correndo dos fundos da casa, com um garoto em seu encalço,quando me viu o menino parou estático e bastante surpreso.

Logo reconheci o garoto que havia brigado com Ben, ele era aluno de Beth, seu irmão era da minha turma e a dias os dois não apareciam nas aulas ou mesmo seus pais justificavam suas faltas recorrentes.

Me adiantei até o garoto que continuava me olhando assustado,lancei para a ele meu sorriso mais carismático, mas a única reação da criança foi fechar a cara para mim.

-Olá Lucas,seus pais estão em casa? Perguntei, parando, um pouco intimidade por seu olhar nada amigável.
-o que quer com eles?
Sua voz estava rispida e desconfiada.
-Gostaria de falar com eles. -O menino ficou ainda mais desconfiado- sobre o Tomás.
Completei e vi um pouco da tensão deixar seus olhos.

O menino olhou em direção a casa simples, pensativo e então voltou a olhar para mim.
-Vou chamar a mãe,espere aqui.

Lucas não esperou minha resposta,foi em direção a casa e me deixou esperando,um dos cachorros o acompanhou de perto, mas o outro ficou, era um belo animal.

Me abaixei e o chamei , ele me olhou desconfiado, todos naquele sítio pareciam ser desconfiados afinal, até mesmo os cachorros.

Ainda tentava me aproximar do cachorro quando a porta da frente se abriu e um senhor passou por ela.
Me ergui apressadamente.

O homem não era muito velho, mas sua pele era curtida do sol,usava uma roupa surrada e meio suja e mesmo a distância eu podia sentir o cheiro forte de álcool que ele exalava .

Quando vi que o homem não pretendia vir até mim, me adiantei,ele se recostou no batente da porta e cuspiu tão próximo aos meus pés que tive que dar um passo atrás.
Tentei conter um olhar de repulsa.
-Em que posso ajudar a moça?

Embora as palavras tenham sido educadas, o tom usado deixava bem claro que eu não era bem vinda ali,endireitei os ombros e o olhei séria.
-O senhor é o pai do Lucas e do Tomás?
Perguntei, o homem olhou para dentro da casa,vi pelo vão do seu corpo, Lucas parado atrás dele, parecia assustado ao me ouvir falar seu nome.

O homem voltou a olhar para mim.
-Sou.
Respondeu seco
-Bem, eu sou a professora do Tomás e também vim representando umas das
Professoras do Lucas - iniciei - fazem muitos dias que os meninos não vão as aulas,e não recebemos nenhuma justificativa senhor Schumacher,se eles continuarem faltando vão acabar perdendo o ano.

Um silêncio incomodo se instalou,achei que o homem não diria nada,ficou um bom tempo em silêncio me encarando.
-Meus meninos não vão mais na aula - finalmente falou - preciso deles em casa pra ajudar no serviço.

O olhei chocada.
-Mas senhor, eles são crianças, precisam estudar, é um direito deles.

-Eles não tem querer,não ganham nada naquele colégio, só tenho gasto, em casa eles ajudam a trabalhar, não se criam uns vadios.

-Senhor Schumacher,o senhor não pode privar seus filhos da educação...
-olha aqui moça, já disse que meus meninos não vão mais,agora se me der licença tenho trabalho pra fazer.

Fiquei sem reação parada no mesmo lugar,o homem fechou a porta com uma batida forte, sem cerimônia.

Fiquei desnorteada com a atitude do sujeito, da forma que ele tratou o estudo dos filhos.

Quando tive certeza que ninguém voltaria para falar comigo,dei as costas para a casa e fui até meu carro.

Algumas nuvens escuras tinham começado a se formar,antecipando a  chuva.

Eu precisava me apressar ou teria que dirigir por aquela região desconhecida, sob mau tempo

Dirigi por vinte minutos antes da chuva começar,acompanhada de ventos fortes.
Liguei o limpador de parabrisas mas a chuva era torrencial,logo eu mal conseguia enxergar a estrada.

Com medo de acabar me metendo em um acidente em meio aquele lugar deserto, parei o carro no acostamento e resolvi esperar a chuva acalmar.

Passaram vários minutos e o tempo só piorava, quase não dava para enxergar lá fora, já estava começando a ficar nervosa, sozinha naquele lugar.

Um som de cascos se fez ouvir em meio a tempestade, quase dei um pulo no banco quando bateram contra o vidro da janela.
Quando não baixei o vidro bateram novamente.
-Lorena, abra.

Aquela voz me fez suspirar de alívio,novamente ele aparecia para me salvar.
Sempre ele, Pedro

Baixei rapidamente o vidro,pedro estava montado em seu cavalo,meio abaixado em direção a minha janela,totalmente enxergado.

-O que tu faz no meio dessa tempestade, mulher estúpida ?
Exclamou sem nenhuma delicadeza.

Sempre grosseiro.
Eu não devia esperar outra coisa. Fechei a cara para ele.
Ogro.






















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