Prólogo

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Meus devaneios


Pérola



Estávamos no meu quarto , quarto esse reformado para a nova Pérola, a menina que virou um misto de Princesa Rockeira, título dado por minha boadrasta Gisele.

Minha cama dividia o espaço com um guarda roupas branco com algumas partes em preto, como a da minha cama que era da mesma cor. A parede do meu quarto era um misto de fotos da família em um mural , com vários pôster espalhados das mais diversas bandas do bom e velho Rock'Roll.

Lembro-me como se fosse hoje, de minha  mãe vindo até mim ,daquele jeitinho doce dela , quando está afim de falar algo. Ela se sentou na minha cama, me chamou para me sentar mais perto dela, e eu fui,como uma boa filha obediente que sou.

Minha mãe puxou um assunto sobre garotos, eu ainda tinha meus quinze anos. Apesar da tia Gi, já me dar certos conselhos típicos dela, minha mãe também me dava, porém nesse dia ela resolveu conversar novamente sobre esse assunto em específico.

—  Filha, não tenha presa para se entregar intimamente a um garoto. Espere o tempo certo!Falou a minha mãe, sentada na minha cama. Eu estava deitada sobre suas coxas, e a minha mãe acariciava os meus cabelos.

—  Como eu saberei qual é o momento certo?  — Ela me olhou, e eu retribui o olhar.

Quando você  se sentir confortável  em dar o próximo passo. Não  será  por pura pressão,nem nada disso. Acontecerá  de uma forma leve e pura. Repleto de carinho e amor,e não  só  por puro desejo.  Então, afirmo que você saberá. Porque seu coração  ficará  em paz com essa sua decisão. 
Afirmou-me e logo beijou o topo da minha cabeça.

Mãe, você se entregou  desse jeito ao meu pai? —  Ela se surpreendeu com a minha pergunta.

Qual deles? — Ela riu, e eu bufei a olhando de forma travessa.

— O pai, Nico. — Dei língua para ela e ela corou.

— Digamos que sim... —  Confessou toda envergonhada.

Digamos, por que?  — Me sentei na cama, de frente para ela.

Porque , certos tipos de carícias eu já havia feito antes, com um namorado, isso  antes do Nícolas surgir na minha vida. — Me supreendi com aquela declaração.  — Então, quando conheci o seu pai, eu me apaixonei e acabei me entregando de verdade a ele.

E foi aí, que eu apareci.  — Ela ria, e negava com a cabeça.

Não dá primeira vez...
Admitiu.   — Você apareceu depois de várias tentativas.  —  Ela cobriu o rosto com as mãos. E eu me deitei novamente sobre suas coxas.

Mãe,e esse seu namorado safadinho,quem era? A senhora não  havia comentado isso comigo antes.
Confessei .

Ah,Foi da época  da escola. Não  foi nada sério.  Nossos hormônios  estavam no nível  máximo. Nos encontrávamos nos corredores  da escola,em uma parte mais reservada. Ele era um rapaz muito afoito e sempre tentava me levar pra cama dele. Eu sempre fugia,mais era uma briga voraz com o meu subconsciente. Meu coração  me impedia de prosseguir,mais  eu ficava tentada em me deixar experimentar esse lado ainda não  explorado da vida.

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