Capítulo 35

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Leon






Eu sonhava com esse beijo desde o momento em que a conheci. Ela era uma menina doce,cheia de sonhos,esperta ,inteligente e eu me encantei por ela,me aproximei dela e de sua família e a fiz se aproximar da minha. Meus pais a aprovaram com éxito, so havia um problema. Ela já tinha namorado. Meu coração estava apertado por vê-la chorar na minha frente. Eu fui culpado por magoa-la. Eu desencadeiei um surto inexplicável, apenas por querer sentir a maciez de seus lábios. A Pérola estava em plantos no seu quintal. Assim que o menino nervoso saiu,fui atrás dele. Ele era rápido, entrou no carro e eu apenas fiquei com a poeira que ele levantou ao sair. O irmão da Pérola me olhava assustado. Meu nariz sangrava. Tirei a minha camisa e comecei a pressionar levemente meu nariz, na tentativa de conter o sangramento. E como doía. Aquele magricelo até que sabia bater. Mas a pior dor, eu sentia dentro do peito. 
A  dor te ter ferrado com a vida da menina que eu amo. Logo segui novamente para o quintal . A Pérola ainda estava lá, sentada debaixo da árvore,toda encolida,chorando pelo desprezo que o menino que ela amava, havia depositado em cima dela. Por minha causa! Me abaixei para focar meus olhos aos seus, seus olhos já estavam vermelhos.

— Eu te prometo que vou arrumar isso pra você. — Ela assentiu. — Foi um erro aquele beijo,agora eu sei disso. Eu sei que é dele que você  gosta,eu respeito isso,e por você vou faze-lo entender que você sempre foi fiel a ele.

— Caramba! — Esbravejou o Miguel,nos olhando. — Quem te machucou Pérola? — Esbravejou nervoso. Eu levantei a mão em rendição e me coloquei de pé.

— Sua irmã não tem culpa de nada. Eu que a meti numa furada.
— Contei,amargurado.

— Eu sabia que não  podia confiar em você! — Nos disse e eu assenti.

— Você  tinha razão.  — Constatei. Respirei fundo e me virei para ela. Estiquei a minha mão para ela,e para o meu alívio ela a  segurou . — Eu te ajudo a entrar. — Ela assentiu.
— Miguel,pegue um pouco de água pra sua irmã,por favor? — Ele assentiu e correu para a cozinha. A Pérola me seguia,calada,chorando fraco.  Assim que entramos,puxei uma das cadeiras para ela se sentar. Ela sentou-se e o Miguel lhe entregou a água.  Ela pegou e tomou um pequeno gole.

— Me desculpe, eu não fiz por mal.
— Expliquei. — Na verdade, eu não sei o que me deu. — Constatei.

— Eu sei disso. — Comentou mas calma.

— Beba mais um pouco de água.
— Insisti e ela negou. — Me desculpe,eu fui um tolo. Achei que você ,talvez ,pudesse estar sentindo o mesmo que eu. — Ela focou seus olhos aos meus. — Eu achei que também havia se apaixonado por mim, mais como fui  burro. — Esbravejei irritado. — Hoje eu vi o quanto você o ama. — Contei. — E por minha causa, acabei lhe trazendo esse sofrimento todo. — Foquei meus olhos aos seus. — Eu vou fazer de tudo para que vocês se acertem de novo, e para você ter a sua vida perfeita de antes.
— Afirmei. — E ,eu vou sumir da sua vida, mesmo que meu coração sangre. — Uma lágrima pecorreu meu rosto. — Eu só não quero ver esse rosto lindo ficar assim. — Constatei. — Você não merece sofrer. — Sequei suas lágrimas com a ponta dos meus dedos. Depositei um beijo no topo de sua cabeça e segui,em direção a saída da casa. Calcei meus sapatos,e vasculhei a minha volta se eu encontrava o irmão dela.  Logo ele apareceu na sala, me encarou e eu o encarei de volta. Amarrei meu cadarço  e me levantei.

— Você sabe onde ele mora?
— Referi-me ao namorado da Pérola.

— Quem? —Se fez de desentendido.

— O namorado dela. — Ele soltou um riso irônico.

— Por que quer saber? — Eu bufei.

— Você sabe ou não? — O menino assentiu.

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