Pérola
Nosso Beijo durou alguns minutos, mais eu sentia-me em um mundo paralelo, onde só havia nós dois. Eu queria aquele beijo, mais não iria imaginar que iria acontecer assim , de forma tão rápida. Foi uma grande surpresa, o vê me beijar daquela forma tão doce,e carinhosa. Nossos lábios pediam por mais ,e eu o beijei com mais intensidade.
— Pérola?Luan? — Fomos interrompidos por uma voz familiar. Rapidamente nos soltamos,me virei para olhar quem nos chamava, e era o Artur.
— Tio? — Falamos juntos, e o Artur acabou rindo.
— O que eu perdi nesse tempo que fiquei ausente? — Falou todo brincalhão ,enquanto nós dois estavámos completamente sem jeito.
— Tio, eu tentei falar com você mais não consegui. — Falou o Luan, tentando mudar de assunto.
— Eu estava ocupado.
— Confessou, com aquele sorriso safado. — Então, desde quando vocês se conhecem? — Voltou ao assunto de antes,para o nosso desespero.— Bom. — Comecei a falar, mais o Luan me interrompeu.
— Nos conhecemos oficialmente hoje de manhã. — Constatou sem jeito.
— Vocês sabiam, que quando pequenos já brincaram juntos?
— Nos olhamos perplexos.— Sério? — Nos olhamos.
— Sim, sérissimo. — O Artur sentou-se . E nos sentamos ao seu lado o deixando ficar em nosso meio. Quem diria que eu os veria desse jeito, depois de alguns bons anos.
— Referiu-se ao flaga do nosso beijo. — Bom, acho melhor eu ir. — Levantou-se. — Já atrapalhei de mais. — Gargalhou surpreso pela tal cena.— Não precisa ir agora, eu que tenho que ir. — Constatei já me colocando de pé ,e eles me olharam perplexos.
— Eu não posso demorar muito , meus pais daqui a pouco vêem atrás de mim. — Confessei sem jeito, o Artur gargalhou,e o Luan assentiu.— Então, que tal ,te acompanharmos até em casa? — Sugeriu o o Artur e eu ri.
— Pode ser! — Nos disse o Luan e eu assenti. O Luan se colocou de pé e logo fomos caminhando até a minha casa. Fomos falado assuntos paralelos, que vagavam entre o restaurante, a doença do pai do Luan , a vida do Artur e a nossa história,que ainda nem se iniciou.
Luan
Assim que chegamos na frente da casa da Pérola, nos despedimos.O Artur a abraçou forte,e eu ainda sem graça por ter os olhos do tio focados em nós,apenas lhe dei um breve tchau. E assim que ela entrou em sua casa. Meu tio e eu, seguimos para a minha casa.— Tem certeza de que não precisa de nada? — Indagou o tio pela milésima vez ao meu pai.
— Tenho sim, Artur. — Meu pai e meu tio conversavam em nossa sala. A Lena, estava na cozinha preparando uma ceia para nós.
— Espero que gostem. — Nos disse a Lena. — É um cafezinho com biscoitos amanteigados e ainda fiz questão de preparar essa salada de frutas para todos. — Contou- nos enquanto aparecia na sala com a bandeja em mãos. Logo ela depositou a bandeja em cima da mesa de centro e todos pegamos as nossas xícaras e alguns biscoitos. Eu peguei a taça com a salada de frutas.
— Vocês se importam se eu for para o meu quarto? — Os indaguei já me pondo de pé com a taça em mãos.
— Não filho, você pode ir. — Disse o meu pai de forma sauve,enquanto tomava sua bebida quente.
— Até , tio. — Ele me sorriu de forma cúmplice. Boa noite pra todos. — Eles assentiram e eu segui para o meu quarto.
Pérola
Que noite foi essa? Que beijo foi aquele? Será que não passou tudo de um sonho? Pensei comigo mesma, enquanto vagava em minhas lembranças. Eu estava deitada na minha cama, já havia tomado meu banho e estava pronta para dormir. As luzes estavam apagadas, a porta entre aberta.
— Pérola! — Sai dos meus desvaneios e olhei para a porta do meu quarto ,era a dona Fernanda. Ela já estava com a sua roupa de dormir e por cima havia um roupão azul amarrado na cintura. — Filha, posso te perguntar algo? — Eu balancei a cabeça algumas vezes em afirmação e ela se aproximou de mim e sentou-se ao meu lado.
— Então... — Tentei começar a conversa, mais a mãe me olhava sem reação alguma. Na certa ela buscava as palavras certas para me perguntar o que tanto a perturbava.
— Filha... — Eu a olhei.
— Eu! — Continuei a olhando ,e ela finalmente sorriu.
— Pérola... — Respirou fundo.
— Você e aquele rapaz. — Continuei com meus olhos focados aos dela.
— O que está acontecendo entre vocês? — Eu a olhei com espanto .— Nada. — Quase gaguejei. — Não tem nada acontecendo conosco.
— Nos conhecemos hoje. — Constatei.— Ah, Pérola. — Riu a mãe.
— Aconteceu alguma coisa , não foi?
— Ela levantou uma das sobrancelhas para mim. — Entre vocês dois!
— Gesticulou com as mãos e eu fiquei quase zonza por ficar seguindo seus gestos com os meus olhos.— A senhora tá achando de mais , viu. — Tentei encurtar a conversa me fazer de desentendida,mais a dona Fernanda não acreditou muito no que eu disse.
— Filha, quando quiser se abrir comigo, me fale tá. A mãe te ama. E eu achei o Luan um bom rapaz!
— Me disse,para o meu alivio. Ela levantou- se da cama e beijou o topo de minha cabeça e seguiu em direção a porta do meu quarto.Assim que a mãe saiu do meu quarto, logo o pai Erick colocou sua cabeça para dentro do quarto.Eu ri,e ele logo se mostrou e entrou com algo nas mãos. Mais eu não pude ver, pois ele escondeu nas suas costas. Meu pai estava engraçado usando seu short de dormir e aquela camiseta apertada. Acabei rindo com aquela cena.— Posso te dar um beijo de boa noite, ou você já é tão grandinha que irá rejeitar esse meu afeto? — Indagou-me de forma brincalhona e eu voltei a rir.
— Acho que hoje eu aceito esse Beijo.
— Ele sorriu todo bobo e veio até onde eu estava e com uma das mãos me fez cócegas e eu me acabei de rir.— Ah pai , para. Isso não vale!
— Pedi.— Claro que vale! — Afirmou e logo parou com as cócegas e se sentou ao meu lado. — Olha o que eu trouxe para nós. — Me mostrou a pequena embalagem quadrada.
— Chocolates! — Suspirei ao falar.
— Adoro, chocolates! — Meu pai sorriu novamente, ao abrir a embalagem .Logo quebrou um pedaço da barra para ele, e me entregou o restante.— Filha, eu te amo . Tenha uma ótima noite. — Levantou-se e beijou a minha testa. — Nuca se esqueça que o destino me deu o melhor presente que eu poderia ganhar,que é você. A minha jóia mais preciosa, meu pedacinho mais querido enviado por Deus. — Não consegui me segurar e acabei deixando umas lágrimas rolarem em meu rosto.
— Pai, eu te amo. — Falei para ele, antes dele se retirar do meu quarto.
— Amo muito! — Enviei um beijo no ar, e ele fingiu pegar o meu beijo. Logo colocou a mão em seu peito e saiu em direção ao corredor. Eu mordi o pedaço do chocolate e voltei a sonhar com o beijo que eu tinha recebido do menino da minha infância. Como a vida podia ser engraçada. Pensei comigo.
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Um Pedacinho de nós Dois ✔
RomancePLÁGIO É CRIME Sequência dos livros Livro 1 -Pedacinho meu Livro 2- Um pedaço de mim Livro 3- Um pedacinho de nós dois Livro 4 - Meu pedacinho tão esperado (Continuação do livro 2) Livro 5- Um pedacinho do meu Coração (Spinoff do livro 3) Descu...