Luan
Estacionei o carro na garagem,assim que cheguei. Abri a porta do carro e o rapaz que trabalhava no estacionamento veio até mim ,e eu o cumprimentei com um aperto de mãos. Ele se lembrava de mim, mais eu não me lembrava dele. Tranquei o carro e caminhei até as portas de vidro do restaurante. As portas eram automáticas,e se abriram assim que seus sensores me notaram. Entrei e sorri ao me ver pisando aquele salão mais uma vez. A tia vê não se encontrava,o tio Artur não estava no salão, talvez tivesse trancado na cozinha. O Nícolas estava sentado no balcão, com seu computador em mãos concentrado. O salão estava quase cheio,me envorgelhei quando dei conta que eu usava roupas simples, e calçada chinelos e não sapatos ,como os demais que estavam sentados ao redor do salão. Caminhei em direção ao Nícolas, tive o cuidado de não esbarrar nos garções e nem nas mesas. Aqueles vinhos eram caros de mais pra um pobre fazendeiro como eu.— Luan! — Murmurou meu nome,o Nícolas assim que me notou. Ele não sorriu,como das outras vezes. Ele apenas me viu,mais não me deu a atenção devida. Me aproximei dele,e puxei uma das cadeiras para me sentar ao seu lado. — O que faz aqui?— Murmurou enquanto digitava algo no seu laptop.
— O Artur ,onde ele está ?
— Ele respirou fundo e me olhou rapidamente.— Na cozinha,como sempre. Você já devia ter se acostumado. — Foi ríspido e então eu entendi que ele estava magoado comigo.
— É, eu sempre me esqueço.
— Constatei sem jeito. Me levantei e segui em direção a cozinha.— É proibido a entrada de pessoas que não trabalham aqui, lá dentro.
— Alertou- me,e eu bufei. Dei meia volta e voltei a me sentar ao seu lado.— Será que seria muito incômodo eu pedi-lo para chama-lo? — Ele parou de digitar e focou seus olhos em mim. Sua feição estava estranha e aquele momento estava se tornando muito tenso.
— Isso não é meu trabalho, e eu não seu subordinado. — Eu engoli a seco.—E sim, isso seria um imenso incômodo eu ter que parar de trabalhar para fazer esse capricho para você! — Eu arregalar meus olhos e me calei.
— Nícolas...— O chamei,temendo outra represalhia e ele continuou com seus olhos fixados aos meus e isso, me deixou totalmente constrangido. — O que eu fiz para você? — Idiota, Idiota... Você sabe muito bem o porquê desse desacatos. Logo pensei comigo e me arrependi de ter aberto a minha boca. Eu nem sei porque fui me sentar ao seu lado.
— Ainda preciso dizer? —Me encurralou mais uma vez. — Você Me enganou ,usou e abusou da minha pequena. — Ele cerrou seus olhos para mim. — Seu moleque ,você me pediu conselhos para usar na minha própria filha! — Murmurou.
— Me desculpe. — Pedi. — Eu estava apavorado ,e ainda estou. — Confessei e ele se desarmou um pouco .
— Já vi que vocês estão resolvendo suas incompatibilidades.
— Murmurou o tio,se aproximando de nós dois. Ele ainda vestia suas roupas brancas,e as mesmas estavam toda suja de molho. O tio entrava na cozinha e se divertia com o que fazia. Me levantei e o abracei forte e ele retribuiu o abraço.— Tio ,que saudades. — Confessei e ele riu daquele jeitão dele.
Pérola
Assim que cheguei em casa, me despedi do meu pai e ele seguiu direto para a empresa. Eu abri a porta e me joguei no sofá. Peguei meu celular e fixei meus olhos na foto do Luan que eu coloquei no caminho de volta como papel de parede.
— Que cara de retardada é essa aí?
— Murmurou o Miguel aparecendo na sala.— Cara de nada , seu intrometido.
— Dei língua para ele , e ele me ignorou e seguiu para a cozinha, e eu fui atrás dele.— O que faz aqui? — Ele bufou. — Você agora ,praticamente mora com o Vô. — O questionei e ele revirou os olhos e abriu os armários.
— Eu ainda moro aqui! — Murmurou de volta.
— Não parece. — Ele me imitou.
— Nossa,não me diga.
— Bufei. — O que veio fazer aqui?
— Puxei uma cadeira e me sentei.— Não te interessa! — Me disse,puxando uma garrafa de água da geladeira. Eu vi que ele não iria me dizer nada,me levantei e segui para o meu quarto. Aproveitei e tomei um banho gelado ,e voltei a suspirar ao me lembrar de todas as sensações que presenciei . Meu banho foi um pouco longo ,aproveitei para lavar a minha roupa íntima que havia ficado um pouco suja de sangue.Após o banho ,vesti uma roupa leve e calcei meus chinelos vermelhos com flores pretas e voltei para a sala . Achei o meu irmão já abrindo a porta para sair de casa.
— Me espera! — Pedi e ele murmurou. — Eu vou com você para a casa do Vô.— Ele revirou os olhos impaciente.
— Só não anda como uma mocinha!
— Eu ri. — Eu não quero levar mais tempo do que realmente é preciso para chegar a casa do vô.—Mais eu sou uma mocinha,oras.
— Ele riu,cheio de deboche.— Não me diga! — Gritou e eu bati de leve na sua cabeça com a minha mão.
— Já volto. Vou buscar o bolinha.
— Eu concordei e o aguardei no lado de fora. Assim que ele voltou ,finalmente seguimos para a casa do nosso avô Sidney .Fomos implicando um com o outro o caminho inteiro. Eu me divertia e ele não achava nenhuma graça.
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Um Pedacinho de nós Dois ✔
RomancePLÁGIO É CRIME Sequência dos livros Livro 1 -Pedacinho meu Livro 2- Um pedaço de mim Livro 3- Um pedacinho de nós dois Livro 4 - Meu pedacinho tão esperado (Continuação do livro 2) Livro 5- Um pedacinho do meu Coração (Spinoff do livro 3) Descu...