Capítulo 64

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Algumas semanas depois



Pérola



Finalmente o feriado prolongado havia chegado. A Aly foi visitar os pais dela, e eu vim para casa. Encontrei dona Fernanda preparando algo na cozinha. Ela ainda não tinha me visto. Deixei minha mochila na entrada da porta e corri para abraca-la. Ela não se conteve de alegria,assim que me viu. Me abraçou, me beijou e chorou. Tudo ao mesmo tempo.

— Iríamos te buscar. — Me disse e eu sorri.

— Eu quis fazer uma surpresa.
— Contei. - Por isso vim de ônibus.

— Ah,seu pai tem uma surpresa pra você. — Contou-me.

— Qual deles?— Ela riu.

— Eu sempre me esqueço, de que você tem dois. — Secou suas lágrimas. — O Nico. Ele quer te ver,tá com saudades.

— Eu vou ir vê-lo,mais tarde. Ele vai está no gregos? — Ela assentiu. — O Miguel está no quarto?

— Tá dormindo. — Constatou. — E com saudades da irmã. Eu sorri e me apressei para subir as escadas encontrei ele deitado. A porta entre aberta. A empurrei para que eu pudesse entrar,e caminhei tentando fazer o mínimo de barulho que eu conseguisse. Ele tava ficando um adolescente tão bonito. Me joguei em cima dele,que acordou assustado. Ele murmurou,e assim que viu que se tratava de mim,sorriu feliz e me abraçou assim que deitei ao seu lado.

— E aí piralho. Tá conseguindo sobreviver sem mim? — Ele assentiu. Ainda estava sonolento. Olhos cheios de remelas.

— O Luan me levou na fazenda.
— Comentou. — Ele tá me ensinando a andar de cavalo e a tirar leite da vaca. — Eu ri.

— Que bom que estão se dando bem.

— Ele nos contou sobre o pedido de casamento. — Me envergonhei por ter escondido isso deles. — Eu gostei,que você aceitou. Agora tenho passe livre,e posso ir pra fazenda a hora que eu quiser. — Ele não tinha mudado muita coisa. —Quando casar,vocês vão morar lá?

— Eu não sei...— Constatei.

— Mas você vai ser veterinária. Lá é um prato cheio pra um veterinário.
— Isso era verdade. — Pérola, o Nico vai te dar um carro. — Eu sorri.— E sua habilitação chegou. Tá com ele.

— Pestinha,sabia que eu te amo?
— Ele assentiu e eu o enchi de cócegas.



Algum tempo depois


Eu resolvi ir visitar meu avô, sai de casa e fui andando. Era perto. Passei pela praça, e revivi tantas coisas boas,tantas lembranças. Assim que cheguei na casa dele,apertei a campanhia e esperei que ele viesse a abrir,mais não veio. Ele não estava em casa. Respirei fundo e resolvi continuar,dando uma volta. Tudo era tão próximo. Comprei um sorvete de palito,e fui comendo-o enquanto matava a saudade do lugar que cresci. Passei do outro lado da rua,e fui devagar,olhando a casa onde o Luan passou o pouco tempo que ainda tinha com o pai. Me surpreendi quando o vi sair do carro,atrás da Dulce. Ele estava com a barriga bastante saliente e estava irritada. Atravessei a rua, joguei o palito do sorvete na lata do lixo rapidamente, mais não parei de observa-los.

— Dulce, o médico disse que você não pode pegar peso.— Disse ele,a ela enquanto dava as costas para ele,e tentava carregar algumas sacolas. Ele a impediu de tentar levanta-las,e as tomou de suas mãos.

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