Capítulo 11

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Pérola


Assim que cheguei na advocacia da tia Gi, eu fui recepcionada pelo Davi. Davi era o sócio e amigo da tia, desde há muitos anos. Eu nem existia,e eles já  viviam as suas loucuras juntos.

Perolazinha, vai na sala da Gi?
  Me indagou e eu ri, e assenti. Ele passou seus braços por meu pescoço e seguiu comigo, até a sala da tia.
Então minha linda como anda a sua vida? Perguntou-me enquanto caminhávamos naquele corredor longo de tons claros.

  Agitada. Confessei entre minhas  risadas.   Davi, e a Lorena e o pequeno ,como estão?  Tentei mudar o foco da conversa para ele.

Ah, estão bem.   Falou todo feliz de sua família.   O meu primogênito Luís, está pra completar três anos. Perolazinha, quero sua presença no aniversário dele tá!   Eu assenti , e logo chegamos na porta da sala da Gi. O Davi virou a maçaneta da porta e logo vimos uma loira toda bem vestida, com as suas pernas cruzadas e compenetrada em seu computador.

Gi. A chamou o Davi. A sua jóia, já chegou. Assim que nos olhou a tia, logo fechou o seu computador e  voltou a sua atenção para nós dois,que estávamos parados na porta.

  Entre minha princesa pop Star!
  Abriu seu sorriso para mim, e logo me desprendi do Davi e me apressei para entrar na sala. O Davi continuou parado na porta e a tia o fuzilou com os olhos.

Acho que já deva ir, não acha?
O indagou e ele riu.

Acho que eu deva fazer o que eu achar melhor não acha? Rebateu o Davi. A tia Gi, levantou-se de sua cadeira confortável e seguiu em direção a porta de onde o Davi ainda continuava parado ,com aquele sorriso aparente.

Não na minha sala. Afirmou , e o empurrou, e em seguida fechou a porta na cara dele. Pude ouvir a risada do Davi vindo do corredor e logo ele gritou, eu também te amo.

Vai a merda!
  Gritou a tia Gi, voltando para a sua cadeira ,a minha frente.

  Então, me conte o que aconteceu ?
Apoiou-se com os cotovelos na mesa e focou seus olhos aos meus.

Bom... Acabei gaguejando um pouco.    Ah, tia.   Passei as mãos sobre o meu rosto e a tia Gi,  encostou  suas costas na cadeira novamente.

Vamos fale logo, você está me deixando nervosa com tanto suspense. Falou a tia Gi, toda agitada na cadeira.

Ok!  Respirei fundo.  Gi, o Luan me pediu em namoro. Pude ver seu sorriso brotar em seu rosto.

Já estava na hora. " Ô " menino lerdo , é aquele. Confessou toda risonha. Mais, qual o mal nisso?
  Questionou-me curiosa.

  Ele quer pedir permissão para a  minha família, já que o Miguel anda me chantageando desde que descobriu o nosso  namoro. Pude ver a cara dela se fechar rapidamente.

Que moleque intrometido!
Bateu com as mãos na mesa furiosa. Vou ter ,que ter ,uma conversinha com ele ,urgente.
Murmurou irritada.

  Tia, você me ajuda com isso?
Perguntei já sabendo que a resposta seria sim.

  Pode ser domingo essa tal conversa? Eu assenti. Então, só se for agora. Eu arregalei os olhos a vendo discar o número de alguém da minha família. A Tia Gisele era rápida!

→ Dois dias depois→

↓↓↓


Eu havia convocado a nossa família com a ajuda da tia Gi. Lógico que todos ficaram afoitos e agitados pelo tal motivo da conversa. Realmente eu esperava que tudo desse certo e que de alguma forma eles aceitassem nosso namoro. O Luan, seria o meu primeiro namorado oficial. E o único corajoso de enfrentar o vô Sidney.

Você não tem medo de morrer cedo não?   Indagou  o meu avô,a ele, com os olhos cerrados. Sentado no sofá de frente ao dele.

  Há quanto tempo você se aproveita da minha pequena? Perguntou o meu pai Erick.

  Vocês estão assustando o rapaz.
Falou a vó Marina, olhando incrédula com as atitudes daqueles marmanjos defensores das donzelas da família.

Seu retardado, quem lhe deu o direito de se agarrar com a minha irmã?   Cerrou os olhos, o aprendiz de seu Sidney.   Dessa vez passa, mais da próxima você vai ver o que é bom pra tosse.   Bateu com os punhos fechados na mesa próximo do rapaz.

  Miguel, que falta de educação e essa?    O repreendeu a minha mãe, por ele bater nos móveis de casa.

  Desculpa, mãe!   Falou todo envergonhado.

  Luan, você aceita alguma coisa?
  Perguntou a mãe toda calma e gentil.

  Será que vocês podem se comportar.   Falou a voz da experiência. A vó Denise.

  Então!   Fez uma pausa.  É Luan, né? O avaliou dos pés a cabeça.    Quais as suas intenções com a minha neta?   Recomeçou o vô, com as interrogações.

  É, qual a suas intenções com a minha filha!    O questionou ,o meu pai Nícolas, já irritado. O avaliando da mesma forma que os demais.
     E nem me diga que são boas. Rapazinho , eu já tive sua idade.
  Seus olhos estavam cerrados para ele com uma certa intensidade.

Não me diga! Falou o vô, com desdenho.    Nícolas, nós sabemos muito bem como você era na idade desse aproveitador ,á nossa frente.
Referiu-se ao Luan. Todos falavam ao mesmo tempo.Enfrentar a família Saldanha Sarkozy Garcia , não era uma coisa muito fácil. Ainda mais quando temos dois pais e um avô que pode lhe matar só com o olhar matador . Tirando esse pequeno trocadilho,e apesar da família doidinha e preocupada que tenho ,eu os amo muito.

  Chegam gente!   Esbravejei  me sentando no sofá ao lado do Luan.

  Calada mocinha!   Falou o Miguel.

  Eu sou a mais velha aqui nessa bagaça de casa, escutou seu anão de jardim.   Bufei ao terminar de concluir minha frase.

  Pérola, quieta.   Me repreenderam.

  Nada do que você falar agora irá mudar o fato de que esse muleque está namorando você escondida.  Escondida!    Esbravejou  o vô, nós olhando furioso.

  Ai que saco!   Murmurei irritadiça.

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