Capítulo 6

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Pérola

Já estava na hora deu me arrumar para o tal passeio com o meu pai. Vesti um vestido de mangas  curtas, com elástico  na cintura,ele.era preto com flores vermelhas.Terminava antes dos meus joelhos, e nos meus pés, um tênis claro.  Deixei meus cabelos soltos e tentei fazer alguns chachos com o bebylis que ganhei da vô Marina no natal.

— Nossa, que linda!  — Esbravejou dona Fernanda, assim que entrou no meu quarto.  Ela também estava muito bonita com o seu vestido azul turquesa e com uma sandália baixa.

— Mãe, onde vamos? — A questionei e ela riu.

— Advinha? — Dessa vez,eu que ri.

— Na praça! —  Ela assentiu. — O pai vai me deixar comer aquele hambúrguer de três carnes?  — A mãe arregalou os olhos.

— Se esqueceu que da última vez você passou mal e tivemos que te levar ao hospital? — Eu bufei.

— Mãe, o pai quer saber se a princesa aí, já está pronta? — Murmurou o  Miguel, invadindo o meu quarto.  Até que ele estava  bonito,com sua camiseta vermelha , um short Jeans e seu tênis em um tom mais claro.

— Já estou sim! — Murmurei e lhei deu língua. Ele  revirou os olhos.

— Parem vocês dois! —  Nos repreendeu a mãe. — Vamos, ou vocês preferem ficar em casa de castigo?
— Logo tratamos de sair do quarto e seguimos juntos em direção a sala ,a mãe veio atrás de nós com aquele sorriso vencedor.

Luan


Eu estava deitado na minha cama, com uma caderno nas mãos e o computador ao meu lado. Estava definitivamente um saco ficar dentro de casa , sem nada pra fazer e sem nenhuma disposição para aquelas coisas nas quais eu tinha comigo enquanto permanecia deitado.

— Luan, você não quer da uma volta?Sair um pouco de casa irá te fazer bem. —  Me disse e eu o ignorei. —  Filho. —  Chamou-me novamente.
— Você precisa fazer amigos. Aqui tem uma praça bem legal, o lugar é calmo.  Quem sabe você não conhece alguém especial por lá.   - Insistiu, e eu bufei.

—  Tá. —  Me sentei na cama. Respirei fundo e o olhei.  —  Eu vou dar uma volta,mais vou na casa do tio Artur.
—  Levantei-me da cama com uma certa urgência.  Calcei meus tênis, coloquei a minha touca na cabeça e peguei a minha jaqueta.

—  Tem certeza de que não  quer conhecer a cidade? — Insistiu.

— Tenho sim. —   Forcei um sorriso e sai do quarto em direção a entrada da casa. Assim que cheguei na rua, resolvi ligar para o tio e verificar se ele estava em casa de fato, e ele não estava. O seu celular só dava caixa postal, seu telefone fixo só chamava. Tentei entrar em contato pelo aplicativo de mensagem, porém seu último visto foi a algumas horas atrás.

Eu não queria voltar para dentro de casa, assim que olhei para trás em direção a janela da casa vi a sombra do meu velho.  Ele estava preocupado comigo, porém ele devia se preocupar com ele , já que é ele ,que está doente. Resolvi seguir sem rumo, e só me sobrava ir a tal praça ,na qual ele insistiu muito que eu fosse.




Pérola





Já estávamos sentados em uma das mesas montadas na praça.  Havia muitas barracas , diversas de vários tipos de comidas e lanches. Estávamos comendo pizzas de frango, e eu já de longe secava a carochinha de hambúrgueres.

—  Que delícia isso aqui! 
—  Constatou o  Miguel, logo soltando um arroto alto,daquele que te deixam constrangida.

—  Que nojo.  — Murmurei e ele sorriu.

—  Filho, cadê a educação que te dei?
—  Indagou-lhe  a  minha mãe, e o Miguel levantou o ombro rapidamente, porém não parou de comer.

—  Aquele lá, não é o Luan? —  Questionou-me o meu  pai, olhando para o outro lado da rua.

—   Que Luan? - Indagou  o Miguel,sem olha-lo.

— É ele mesmo, Rick.  — Afirmou a dona Fernanda. —  Filha, o convide para lanchar conosco. — Sugeriu a minha mãe  me cutucando  com os ombros.

— Não sei...  —   Murmurei sem jeito ,o observando ir até um dos bancos da praça.

— Vai filha, não custa nada ser gentil com o rapaz. —  Justificou-se seu Erick, entre suas mordidas na fatia de pizza.  — Eu forcei um sorriso e assenti. Respirei fundo, e tentei não demonstrar que eu estava nervosa por vê-lo tão cedo novamente.  Segui até onde ele se encontrava ,ele não havia me visto se aproximar.O chamei,mais ele olhava no celular, e tentava ligar para alguém.  Será que ele tinha namorada?Ah, Pérola.  Ele é novo na cidade e não conhece ninguém além de sua família.  Enquanto eu brigava com o meu sub consciente eu resolvi chama-lo   mais uma vez , antes de perder completamente o pouco de coragem que me restava.

—  Luan!  —  Murmurei seu nome, e ele me olhou e logo abriu um sorriso sem jeito e guardou o seu celular no bolso da calça. —  Posso me sentar?
—  Ele assentiu.

—  O que faz aqui?  —  Indagou-me surpreso , e logo focou seus olhos aos meus.

— Estamos lanchando ,bem ali. Sentados em frente  aquela mesa. — O mostrei de forma sutil   onde a  minha família estava.  — Quer ficar conosco?
— Ele riu.

—  Hum... — Balbuciou,os olhando de longe.

—  Se estiver esperando alguém tudo bem. —  Justifiquei e ele me interrompeu.

—  Não! —  Pigarrou.  — Quer dizer.— Coçou a cabeça  sem jeito.  —  Eu não espero ninguém.  Eu ia na casa do meu tio, mais ele não está  em casa, aí acabei parando aqui. — Contou-me. Olhei  para onde minha família estava e o Luan fez o mesmo. Logo o vi acenar para eles,e a dona Fernanda retribuiu o  acenou.  —  Eu aceito sim.
—  Nos olhamos. —  Eu adoraria lanchar com vocês, vocês foram tão gentis hoje a tarde. — Contou-me.

— vAquilo foi nada de mais!
— O Afirmei.

—  Então vamos. — Eu assenti. 
— Acho que já estou até ficando com fome.  — E esse cheiro está  delicioso. —  Rimos.

— Gosta de hambúrgueres? — O questionei e ele assentiu.

— É meu lanche preferido.
—  Afirmou e então nos levantamos e seguimos para a carrochinha de hambúrgueres.  Enquanto conversávamos e ríamos, pude notar o olhar do Miguel e da Mãe para nossa direção o tempo todo. Aquilo me deixava um pouco constrangida , mas eu tinha que agir como se fosse normal. Pegamos nossos lanches e o Luan fez questão de pagar o meu, nossos hambúrgueres eram  simples, e então seguimos até a mesa da família Saldanha Garcia.

—  Boa noite! —   Cumprimentou o Luan,  a todos na mesa. Meus pais já sorriam todos felizes, e o Miguel bufava para mim.

—  Sentem-se.  — Sugeriu seu  Erick e assim fizemos.

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