Capítulo 55

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Pérola

Sai da loja procurando o meu amigo. O achei abraçado a Helena. Ela chorava e ele estava visivelmente abalado. Me aproximei deles, com o coração na mão. Eles ficavam bonitos juntos,apesar deu ainda achar estranho eles juntos. O Luan passou por nós, dentro do carro. Ele estava nervoso. Meu olhar de compaixão encontrou com o do Leon.

— Eu posso ligar pro meu pai,pra ele te levar. Óbvio que o Erick, porque o Nícolas iria ser impedido pela  minha tia. — Tentei ser mais descontraída e ela forçou um sorriso. — Ou quem sabe o Artur? — Ela negou.

— Um táxi ou um Uber é melhor. Não quero incomodar ninguém.
— Comentou entristecida.

— Eu posso te levar? — Comentou o Leon. — Meu pai me emprestaria o carro,sem nenhum problema.

— É melhor não. — Murmurou limpando as lágrimas que desciam por seu rosto. — Eu preciso que me ajude com Uma coisa.

— O que quiser. — Ofereceu-se gentilmente. Eu fiquei sem jeito quando ele acariciou o rosto dela. Ele a amava. Ele a amava muito. Sorri ao me lembrar da Gi,ao constatar que a Helena se sentia atraída por homens de fios ruivos. Primeiro meu pai,agora o Leon.

— Você pode levar a Dulce pra casa?
— Ele assentiu e eu me virei para olha-la. Até então, não tinha me dado conta de que ela nos observava em silêncio.

— Eu vou leva-la,e depois deixo a Pérola em casa. — Ela concordou. Ele a beijou nos lábios, e eu me envergonhei. — Não quer mesmo que eu a leve?

— Eu quero chegar em casa e ter uma conversa com o Luan. Ele precisa entender que eu te amo. — Ela também o amava. Eu estava feliz por eles dois.

— Não deixe de me ligar. Não vou sossegar sem ter notícias suas. — Ela concordou.




Um tempo depois






O Leon se despedia da Helena com um aperto no coração. O uber chegou mais rápido que o táxi. Ele insistiu muito para que fosse com ela,mais ela negou veemente. Ela precisava acalmar o Luan. E pra isso, precisava ir sozinha. Assim que o carro saiu,o Leon virou-se para mim e para Dulce que estava quieta no canto dela.

— Vou leva-las pra casa. — Constatou e eu assenti. — Só vou avisar meu pai que vou pegar o carro emprestado.
— Eu assenti. O Leon caminhou derrotado para dentro da lanchonete. Peguei meu celular do bolso da minha bolsa,e notei que já era oito da noite.

— Vocês eram amigos?
— Questionou-me a Dulce, quebrando o silêncio que se instalou entre nós.

— Éramos mais que isso. — Constatei sem olha-la.

— Namorados? — Eu assenti. Guardei meu celular de volta na bolsa e a olhei. Ela parecia ser uma boa pessoa. Na certa era inteligente pra saber que o Luan tinha um passado comigo.
— Ele me falou de você. — Me disse,como se fosse nada de mais.

— Vindo dele,na certa disse coisas horríveis. — Forcei um sorriso e ela fez o mesmo.

— Vamos? — Chamou-nos,o Leon indo em direção ao carro do pai dele.

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