Capitulo 58

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Pérola


"Quando dei por mim,eu já estava aqui!"


Isso só prova que dentro daquele coração pertubado à uma briga interior ,entre me manter longe e me querer por perto. Seu ser,mesmo que ele não queira admitir ,chama por meu nome. Me controlei para não demostrar nenhuma reação,mesmo que por dentro eu explodia de alegria.

— O banheiro vai está livre, daqui algumas horas.— Ele sorriu. — Mais se quiser ir agora,sinta-se a vontade. Mais meus pais vão te ver.

— Eu espero. — Constatou. Eu Abri a porta e sai caminhando devagar até a cozinha. Me assustei ao encontrar meus pais sentados na mesa, com ela toda feita e usando suas melhores roupas. — Pensei que tivessem dormindo ainda.
—Murmurei.

— Minha mãe pediu que acompanhassemos ela,e meu pai até a clínica onde uma tia minha está internada. Ela está muito mau.
— Comentou meu pai.

—Voltamos o mais rápido possível.
—Comentou minha mãe. — Eu fiz um bolo de chocolate ,ontem a tarde. Bolo de despedida. — Como eu iria sentir falta daqueles dois.

— O Miguel,cadê ele?

— Dormindo no quarto dele. Pelo visto,vai dormir a manhã toda. — Eu concordei. Fiquei olhando os dois tomarem café. Eu queria gravar essa cena na minha cabeça pra quando a saudade apertar eu me sentir mais perto deles. O telefone do meu pai tocou e ele logo atendeu.

— Quer ir conosco?— Questionou-me minha mãe e eu neguei.

—Quero curtir mais um pouco essa casa. — Minha mãe sorriu. Ela levantou da mesa, e colocou a louça que havia sujado na pia.

— Fê,precisamos ir. — Minha mãe assentiu. Meu pai levantou-Se de onde estava sentado e beijou o topo da minha cabeça. Minha mãe fez o mesmo. Eles seguiram juntos, até a saída da casa e eu os acompanhei. Meu pai gentilmente abriu a porta do carro pra minha mãe, e em seguida se acomodou no banco do motorista. Acenei para eles,antes de saírem com o carro. Voltei a trancar o casa,e subi as escadas até o meu quarto. Encontrei o Luan em pé, observando meu mural de fotos. Meu violão estava em cima de uma prateleira ao lado do mural. Ele pegou o violão e se sentou na cama.

— Esse violão que nos uniu,se lembra?  — Eu assenti. Fechei a porta e me sentei ao lado dele.

— Descobrimos que tínhamos os mesmo gosto pela música. — Ele tocou algumas notas.

— O que fizemos com aqueles meninos? — Referia -se, a nós mesmos.

— Crescemos. — Constatei e ele colocou o vilão de lado.

— Meus pais saíram. Quer ir tomar seu banho? — Ele assentiu. — Posso te emprestar uma roupa do Miguel ou do meu pai?

— As do Miguel iriam ficar curtas em mim. — Eu ri,ao imagina-lo com elas.

— As do meu pai serviria perfeitamente. — Ele concordou. Levantou-se e abriu a porta. Eu o segui, e enquanto ele entrava no banheiro eu entrava no quarto dos meus pais. Peguei um short antigo,e uma camisa. Entreguei ao Luan,assim que passei pelo banheiro.





Luan





Eu ainda estava um pouco confuso. Já bebi,mais não desse jeito e nem algo tão forte como Vodca. Me despi e me coloquei de Baixo do chuveiro. A água estava boa,ela escorria por meu corpo e o relaxava. Eu não fazia idéia do que fazia nessa casa. Eu devia já ter ido embora,mais não conseguia. Tudo me atraia pra cá e pra ela. Seria essa a minha definição de casa? Eu a afastei de mim. Fugi dela,e dos meus problemas. Viajei pelo mundo,conheci pessoas novas,fiz alguns amigos. Cresci e amadureci. Mais ela me faz reviver meu antigo eu. Talvez eu devesse fazer as pazes com ele. Quem sabe eu viveria melhor,sem os fantasmas que me perturbavam a noite?  Ainda tinha a Dulce. Eu gostava dela,mais não a amava como ela queria. Meu coração era teimoso em amar a Pérola. Eu a amava,sempre amei e pelo o que parece sempre vou amar. Fechei o chuveiro assim que terminei. Puxei uma toalha rosa, que estava presa no boxer. Me sequei, e me vesti. Usei um pouco do enxaguante bucal do seu Erick. Penteei meus cabelos,e me avaliei no espelho. Eu estava um pouco melhor. Abri a porta,dobrei a minha cueca e a levei comigo até o quarto da Pérola. Encontrei as minhas roupas dentro de um saco plástico. Guardei a cueca junto delas e a fechei novamente. O Miguel ainda dormia,e a porta do quarto dele estava entreaberta. Desci os degraus,levando comigo a sacola com as roupas sujas. Encontrei a Pérola sentada na mesa da cozinha comendo um pedaço de bolo.

— Ainda está com fome? — Eu sorri e neguei. Deixei num canto a sacola e me sentei ao lado dela.

— Estou me sentindo um pouquinho enjoado. — Constatei.

— Eu fiz um chocolate pra nós. Aceita um pouco? — Eu assentiu. — Sempre que preciso me acalmar ou relaxar,eu tomo um pouco. — Contou.

— Você ainda se lembra daquilo?
— Ela assentiu tomando um gole do dela.

— Você me ajudou e eu nunca vou me esquecer daquele dia. — Eu me lembrei de como nos sempre dávamos um jeito pra manter tudo sobre controle. — Eu achei que iria te ajudar. Sabe hoje é um daqueles dias... — Eu respirei fundo.
— Dias tempestuosos,dias nublados,dias dificies.— Encheu um copo de achocolatado e me entregou. Eu o peguei

— Obrigado.— Ela assentiu e sorriu.




Pérola





O Luan parecia mais calmo. Tomávamos o nosso achocolatado,e ele até aceitou um pouco de bolo. Se eu pudesse congelava esse momento,era só ele e eu. Assim que terminamos, retirei a mesa e Ele me ajudou,com a louça.

— O que pretende fazer agora? — O indaguei assim que a última louça foi guardada.

— Acho melhor eu ir embora.
— Constatou. — Me desculpa te atrapalhar.— Ele estava sem jeito e me afastando dele de novo.


— Ei,podemos ser amigos ainda.
— Constatei e ele sorriu.

— Acho que podemos tentar.— Me disse e eu assenti. — Pérola, o que pretende fazer no seu último dia na cidade?

— Eu não sei...— Realmente não fazia idéia.

— Quer ir a um lugar comigo? — Eu assenti.

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