Capítulo 27

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Pérola



A primeira vez é  uma coisa estranha. Eu não  sabia bem o que fazer,como fazer e nem o que falar. Mais o vendo me conduzir eu me senti a vontade. Como eu o amava. Eu era a menina dos sonhos dele e ele era dos meus. Nós  éramos completos juntos,e isolados quando nos separavamos. Não  me arrependo do que fiz. Sorrio com as lembranças  da Gisele,me explicando como é  o sexo. Ela me fez assistir  alguns filmes adultos com ela. Eu só  faltava me enfiar debaixo do travesseiro ,morrendo de vergonha das cenas picantes expostas na televisão de tela grande da sala da casa dela. Eu só pensava o que eu ia fazer se meu pai entrasse pela porta e se deparasse conosco naquele ambiente. A tia tentava me explicar,e eu ria toda sem graça. A dona Fernanda só  conversou comigo,do jeitinho dela,cheia de cuidados. Agora,aqui deitada nessa cama ,ao lado dele. Percebo que não  usei nada do que vi na casa dela. 

Algo mudou dentro de mim,assim que ele me abraçou  forte e acariciou meus cabelos espalhados pela cama. Ele me sorria de forma tão  linda. Era nítido  que ele me amava de verdade,ele só  não  sabia demostrar  do jeito que eu queria. Esse era o jeito dele,ser mais fechado.

— Luan... — Ouvimos a voz da Lena,batendo na porta. —  Pérola?
— Chamou-me.

— É a Lena... —  Sussurrou  o Luan para mim. Logo levantei da cama com pressa e comecei a recolher as minhas roupas espalhadas pelo chão.

— Eu tinha esquecido do meu pai.
— Confessei para ele,que logo começou  a fazer o mesmo que eu.
Lembrei-me de que havia o deixado me esperando,na frente da casa. A essa hora  ele já  estaria impaciente e preocupado.

— Nos  dê só  mais alguns minutos  Lena. Por favor! — Pediu enquanto me via surtar.

— Calma... — Pediu-me já  me puxando  para si e me tomando em um beijo suave e doce.Após  o beijo terminamos de nos   vestir e assim que saímos eu segui de imediato até  o meu pai. O encontrei sentado na sala,conversando com o pai do Luan. 

— Então  filha, podemos ir?
— Indagou-me, e eu assenti. — Eu preciso ir pra empresa,não  posso esperar mais. — Me disse.

— Vocês  já  se resolveram?
— Perguntou-nos a Helena,assim que se juntou a nós, na sala.

— Sim, nós estamos de bem de novo. — Disse o Luan,assim que se colocou ao meu lado.

— Filho você  está  melhor?
— Indagou o pai do Luan,preocupado. Ele assentiu e sorriu pra mim.

— A Pérola  me fez bem. — Contei e meu pai sorriu.

— Filho? — O olhei.  —  A Lena vai voltar para a cidade. — Me disse.
— Gostaria de ir passar uns dias com ela por lá?  — Eu sorri e assenti eufórico. — Mais depois você  terá  que voltar. Seu tio ainda precisa de você. — Eu assenti. — Eu ficarei  aqui, até  você  voltar. Vou aproveitar para resolver a burocracia  que ainda  falta. —  O Luan se aproximou do pai e o abraçou  forte,feliz por poder passar mais alguns dias comigo.

— Vamos? — Eu assenti. Meu pai levantou-se do sofá . Apertou a mão  do pai do Luan e acenou para a Lena. Ela foi conosco até  a porta. A abracei rapidamente  e e em seguida o Luan veio ao nosso encontro e me abraçou  e beijou meus lábios  rapidamente.

— Daqui a pouco estaremos juntos de novo. — Me disse e eu assenti e fui ao encontro do meu pai que me esperava dentro do carro.

Luan


Meu pai me deu algo que eu queria muito que era curtir  a Pérola  por mais tempo. Acho que ele refletiu melhor e viu que realmente eu necessitava disso. Logo corri todo eufórico  para o meu quarto após  abraça-lo forte. Peguei  todas as minhas coisas e as joguei de qualquer forma na minha mochila. Não  demorei muito, na minha cabeça  meu pai podia mudar de ideia a qualquer momento,  então  nada de vacilar. Assim que reuni minhas coisas,  eu ajeitei minha mochila nas costas, calcei meus chinelos e voltei para a sala. Meu sorriso estava estampado no meu rosto, havia uma alegria tão  grande em meu coração  que parecia que ele iria soltar do meu peito.

— Vamos? — Perguntou-nos a Helena e eu assenti. A Pérola  já  havia ido com o Erick no carro deles. A Lena se despediu do meu pai e eu voltei a abraça-lo. Segui feliz da vida em direção  ao  carro da Lena.

— Quer ir dirigindo? — Indagou-me, parada no lado de fora do carro. Eu sorri e puxei as chaves de suas mãos. Ela abriu a porta e se ajeitou no banco do passageiro. — É  tão  bom te ver assim. — Me disse ,enquanto eu levava o carro para a saída  da Fazenda.

— Eu estou mais aliviado. — Contei e ela sorriu.

O caminho foi longo,engarrafado mais eu não  liguei muito pra isso. Tudo o que eu queria era passar mais tempo ao lado dela,da minha menina de cabelos de fogo. Eu me sentia tão  leve,que até  liguei o rádio  em uma estação popular e cantei as músicas  que eu conhecia. A Lena achava graça, e emendou a cantoria nos refrão que conhecia. Assim que estacionei o carro na frente da nossa casa na cidade,meu lar provisório agora. A Lena desceu e eu saí  em seguida puxando minha mochila e a bolsa dela e trancando  o carro logo em seguida.

— Está  com fome? — Indagou-me, assim que abriu a porta de casa. Ela abriu espaço  para que eu entrasse na sua frente com nossas bolsas.

— Eu estou faminto! — Constatei e  ela riu.  Deixei as bolsas na poltrona e me joguei no sofá logo em seguida. Apoiei minhas pernas no braço do sofá e voltei a sorri todo bobo,assim que me lembrei dela.

— Luan! — Esbravejou a Lena.
— Você  me ouviu? — Eu franzi a testa e a olhei confuso. Afinal,  do que ela estava falando? —  Liga pra o gregos e pede comida pra gente. — Pediu-me e eu  assenti . Puxei meu celular do bolso da minha calça  e disquei o número,e antes deu ligar eu apaguei. Desisti e pensei melhor.

— Lena, eu vou lá  no Gregos pessoalmente ,  tudo bem pra você?

— Eu pensei que você  quisesse descansar,tomar um banho...— Me disse.

— Tô  com saudades do tio.— Falei e ela riu.

— Por mim tudo bem,então.  — Eu assenti.

—  Vou pegar o carro , ok? — Ela assentiu e puxou sua bolsa da poltrona e seguiu em direção  aos quartos. Eu puxei as chaves da poltrona e as levei comigo até  a porta.

Andei de pressa até  o carro,que ainda estava estacionado na frente da casa . Liguei o rádio  novamente e  liguei o veículo.  Olhei para os lados ,antes de sair e o arranquei assim que tive certeza de que estava livre a rua,em direção  aos gregos. Aumentei o volume do rádio e fui cantando as músicas do jeito que eu sabia,e não do jeito que gravaram.  O caminho foi breve, o gregos não  ficava tão  longe de onde eu morava. O relógio  já  marcava uma da tarde. Suspirei aliviado por me sentir livre,e com os cabelos balançando  ao vento  sentindo o coração  bater mais rápido  toda vez que me lembrava da cena de amor que tivemos mais cedo.

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