Scarlet McCall é uma adolescente normal que tem uma melhor amiga, Stella Stilinski. Numa noite, as duas ficam a saber que foi encontrado metade de um corpo na floresta e partem à procura da outra metade, mas Scarlet é mordida por um lobisomem. A par...
Parei por um instante, talvez meio segundo, o tempo parecia mais lento agora, o meu reflexo no espelho levou-me para a conversa com a Stella. Eu não conseguia perceber porque ela não estava feliz por mim? Seria inveja? Ela devia ficar feliz! Ia ter o meu primeiro encontro, com um rapaz que parecia impensável para mim. Coloquei a toalha em volta do corpo e sai da casa de banho. Não podia esconder a minha felicidade, ia cantando baixinho uma nova música, até que a sombra do meu pai aparece do nada, dou um salto para trás.
-Pai! – Coloco a mão sobre o peito. – Assustaste-me! – Acalmo a respiração, ele finta-me com uma expressão séria.
- Afinal vais a uma festa ou vais a um encontro? – Arqueio as sobrancelhas e ele aponta para o meu rosto coberto de creme hidratante, rio levemente.
- Talvez os dois? – Olho para baixo e escondo um sorriso.
- Alguém que eu conheça? Qual é o nome dele? – O meu pai tenta manter uma expressão séria, mas sei que ele está a tentar esconder um sorriso. Consigo perceber que ele está animado por mim. Eu entendo. A Stella tinha sido a única pessoa com quem eu tinha saído desde a primaria.
- Alex. Alex Argent. – Mordo o lábio escondendo a minha emoção. Sim.
- Alex... - Ele coloca a mão sobre a parede do corredor. – Acho que é hora de termos aquela conversinha certo? – Abro a boca em choque.
- Não pai, não vamos falar de eu ter sexo seguro! - Levanto uma mão. – Eu estou bem informada! – Balanço a cabeça ainda com os olhos arregalados.
- Estas a falar a sério? – Ele retira o braço da parede e cruza-os. – Eu não vou acabar num reality show com uma filha grávida e abandonada.... – Levo uma mão a cabeça enquanto ele continua o discurso sobre ter cuidado em relações sérias, e nesse mesmo momento começo a imaginar se isso algum dia vai acontecer comigo e com o Alex.
Estou quase pronta quando ouço o barulho de um carro, corro em direção ao espelho do meu quarto e coloco um pouco de perfume, retoco o batom e desço a correr pelas escadas.
- Não te esqueças da conversa que tivemos antes! – Grita o meu pai da cozinha, fecho os olhos por um instante preparando-me para abrir a porta. Estava pronta, eu conseguia. Abri a porta devagar, com a mão tremer ligeiramente, o carro dele estava parado na direção exata, não consegui conter um sorriso, um sorriso que se apoderou do meu rosto.
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Entrei no carro e reparei que o sorriso dele era exatamente igual ao meu, e por uns momentos consegui relaxar, esquecendo tudo aquilo que a Stella me tinha dito, porque as coisas iriam correr bem esta noite. Só poderiam correr bem.
...
Entrar na festa com toda aquela confusão foi diferente, não ter a minha melhor amiga comigo na minha primeira festa deixou-me ligeiramente nostálgica, mas quando a mão do Alex segurou a minha para me guiar por entre o aglomerado de pessoas eu senti-me tentada a esquecer. Prestando apenas atenção ao meu coração que batia violentamente. A música estava muito alta, e os adolescentes estavam empenhados em dançar e beber ao mesmo tempo, eu sorri para o Alex, que se afastou um pouco para ir buscar bebidas. Havia algo que estava a incomodar-me, mais propriamente uma pessoa. Denise Hale.
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Ela parecia encarar-me frontalmente, apesar de estar do outro lado do jardim da festa. O cão por detrás do portão ladrou-lhe e ela apenas com um olhar fê-lo parar. O meu estômago revirou-se por dentro, formulando uma teoria.
- Estás bem? – A mão do Alex sobre o meu braço fez com que eu quebrasse o olhar com a Denise.
- Melhor agora. – Digo pegando no copo e sorrindo-lhe, contudo o meu olhar desviou-se novamente para o canto do jardim, ela desaparecera. Suspirei de alivio, ela assustava-me. Olhei sobre o copo e reparei que ele me trouxera uma coca-cola, arqueei as sobrancelhas e espreitei sobre o copo dele. Cerveja.
- Eu também queria! – Digo fingindo uma expressão triste.
- Só tens 16 anos Scarlet, não te posso embebedar. – Ele riu, e colocou um braço em torno de mim fazendo-me dançar com ele ao ritmo da música.
- Temos a mesma idade. – Coloquei-me em bicos de pé levando os meus lábios ao copo dele. - Só um bocadinho? – Os seus olhos entraram em colisão com os dele, fazendo com que a minha respiração falhasse por segundos. Ele baixou o copo, dividindo assim a sua bebida comigo, o sabor da cerveja preencheu o meu corpo, que parecia prestes a explodir.
- Melhor? – Ele aproximou-se ainda mais de mim, o hálito quente dele colidia com o meu, as nossas bocas estavam muito próximas.
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- Definitivamente muito melhor. – Lambi o lábio, e bebi o resto do conteúdo do copo dele. Ele riu. E eu pensei que tinha sido sedutora.
- Agora vais ter de dividir a tua cola comigo. – Assenti com um sorriso e passei-lhe o copo.
- O novo aluno sexy bebendo coca-cola numa festa regada com álcool. – Encosto a minha cabeça perto da dele. – Como vai ficar a tua reputação? – Ele pousa o copo e passo ambos os braços em torno do meu corpo.
- Uma coisa que tens de saber acerca de mim. – Ele colocou a boca sobre o meu ouvido. – É que eu não ligo a reputações e muito menos ao que os outros pensam acerca do meu comportamento. – A sua voz sussurrada entrou em mim fazendo acender uma faísca oculta. Foi mais que uma simples atração pela voz dele.
- Agora entendo o porque de o Liam ter gostado tanto de ti. – Balanço o meu corpo em conjunto com o dele e deixo escapar uma leve gargalhada, pois os nossos corpos encaixados pareciam perfeitos, e eu Scarlet McCall parecia uma perfeita idiota apanhada pelo rapaz mais bonito da festa. Desviei o meu olhar para a lua cheia e comecei a sentir uma dor forte na mandibula, apertei as minhas mãos em torno da cintura dele, havia algo a querer sair delas. Afastei-me brutalmente.
– O que se passa? – Ele colocou a mão sobre o meu rosto, afastei-me.
- Eu já volto. – Caminhei em direção a porta de saída, atravessando pelas pessoas, com dores em todas as partes do corpo. Tudo a minha volta estava desfocado, conseguia ouvir o meu nome ser pronunciado por algumas pessoas contudo estava mais focada na dor que me assolava, levei as mãos à cabeça tentando conter-me. Andei para fora da casa, correndo pela rua, afastando-me da festa, ainda consegui ouvir o Alex chamar por mim, mas era demasiado tarde. Casa. O meu coração continuava muito acelerado, não era normal. Nada era normal depois da mordida. Andei apressada em direção da casa de banho, precisava de diminuir a temperatura do meu corpo, precisa de refrescar-me. Coloquei-me sobre o chuveiro e deixei que a água fria tomasse conta do meu corpo.