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Scarlet

Depois de tudo o que acontecera com o Alex na floresta e com a Jaclyn naquele estacionamento, cheguei finalmente a casa. Ultimamente, tudo o que fazia era tentar proteger os meus amigos e tentar resolver a minha situação com o Alfa. Mal tinha tempo para estar em casa a descansar. E a estudar. Abro o voicemail que o professor de Química me deixou. Tinha a perfeita noção que não ia ser algo de bom.

"Scarlet, vi que não entregaste o teu trabalho. Se precisares de aumentar o prazo, o máximo que posso fazer é dar-te 48 horas"

Suspiro e atiro-me para a cama. Ouço alguém a bater à porta.

- Agora não, pai – Passo as mãos pela cara. Volto a ouvir o barulho – Eu disse que agora não! – Exclamo, enquanto me levanto para ir abrir a porta. Que remédio. Arregalo os olhos quando vejo quem estava do outro lado.

- Desculpa – Diz o Alex – O teu pai deixou-me entrar – Suspira – Podemos falar?

- Claro – Faço sinal para ele entrar, fecho a porta e sentamo-nos na minha cama. Pela sua postura, conseguia perceber que ele não estava bem. Podemos nos ter afastado, mas ainda o conheço como a palma da minha mão.

- É um bocado difícil de começar a falar – Ele deixa escapar uma pequena e adorável gargalhada nervosa. Fixo o olhar nele – Isto vai parecer muito ridículo.

- Podes falar à vontade, sabes que nunca me iria rir de ti – Afirmo.

Ele olha para os meus olhos, e a sua expressão séria transforma-se num sorriso sincero. De seguida, respira fundo.

- É sobre a minha família – Começa por dizer – Há uns tempos, apanhei-os a mentir. Quando o meu tio chegou, ele teve um problema no carro, e a minha mãe disse que era um pneu furado, mas o meu tio disse que tinha ficado sem bateria.

- Talvez tenha sido um mal-entendido – Digo, para o tentar acalmar. Mas uma coisa é certa. Não confio nada naquela família.

- Foi o que eu pensei também – Diz o Alex – Mas depois encontrei vidro no carro dele, como se a janela tivesse sido quebrada. E tenho ouvido algumas conversas muito estranhas entre eles. Algo que algumas delas têm a ver com a Denise.

- Tens a certeza?

- Sim. Acho que ele não...

O Alex é interrompido pelo meu pai.

- Scarlet, vou chegar tarde a casa hoje – Afirma o meu pai, com um sorriso estampado no rosto. Eu e o Alex fixamos o olhar nele, surpreendido – O que foi? Tenho o cabelo torto, ou algum botão da camisa mal apertado?

- Não, nada – Olho para ele, sorrindo – Estás fantástico! Mas porque estás assim arranjado?

- Porque vou jantar com uma mulher que conheci.

- Quem? – Pergunto, sorridente.

- É uma representante médica que foi hoje ao hospital. Começámos a conversar, e depois convidei-a para jantar, não sei como, e agora estou a odiar-me a mim mesmo por ter faltado ao ginásio na semana passada – Diz o meu pai, nervoso.

- Qual representante? – Volto a perguntar. Nesse momento ouvimos a campainha a tocar.

- Vão abrir a porta e falem com ela! Falta-me deitar o perfume – O meu pai corre para o seu quarto.

- Bem, eu já volto. Podes ficar aqui – Sorrio.

Saio do quarto, desço as escadas, e dirijo-me à porta da entrada. Quando meto a mão na maçaneta, o meu coração começou a acelerar. Como se estivesse a pressentir algo. A campainha volta a tocar.

Teen Wolf » Moon GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora