Scarlet McCall é uma adolescente normal que tem uma melhor amiga, Stella Stilinski. Numa noite, as duas ficam a saber que foi encontrado metade de um corpo na floresta e partem à procura da outra metade, mas Scarlet é mordida por um lobisomem. A par...
Já era de noite, e o meu turno na clínica veterinária já tinha terminado. Saí pela porta da cave do edifício, que ia dar à garagem, com alguns sacos de compras que a Dra. Deaton me pediu para deixar no seu carro. Carreguei num botão da chave para destrancar o carro e para descobrir qual deles era. Aproximo-me do veículo mas, ao pousar os sacos no chão, uma garrafa de leite cai e rebola para debaixo de um outro carro.
- Merda – Falo para mim.
Para meu espanto, a garrafa começou a rebolar de volta para mim, desta vez aberta. Com uma marca de garras. Olhei para cima e comecei a ouvir um longo rugido, o que me fez correr o máximo que conseguia. Escondi-me atrás de um carro, tentando controlar a minha respiração sem fazer um mínimo barulho. Quando consegui recuperar o fôlego, comecei a saltar por cima dos carros, para os seus alarmes começarem todos a disparar. Acabei por me esconder atrás de outro carro, mas o meu telemóvel começou a tocar. De seguida, sinto dois braços a agarrar-me e a atirar-me de costas para o capô do carro. Quando olho para cima, vejo que a pessoa que tinha feito isso era a Denise.
- Estás morta – Ela diz.
- O que raios foi aquilo?!
- Disse que te ia ensinar, mas não disse quando.
- Quase que me mataste de susto! – Exclamo.
- Ainda não – Afirma a Denise.
- Mas fui rápida, não fui?
- Não o suficiente.
- Mas a ideia dos alarmes dos carros foi inteligente, não foi? – Olho para ela.
- O telemóvel tocou na mesma.
- Podias parar? – Elevo o tom de voz, parando. Ela para também e vira-se para mim – Por favor? O que aconteceu na outra noite, quando a mãe da Stella se magoou, foi por minha culpa! Eu devia ter feito alguma coisa, e preciso que me ensines como controlar isto.
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- Olha, eu sou o que sou desde que nasci. Tu foste mordida – Explica a Denise – Ensinar alguém que foi mordido leva tempo, e eu não sei se te consigo ensinar.
- Então, o que eu tenho que fazer?!
- Livrares-te das distrações – Responde – Estás a ver isto? – Ela pega no meu telemóvel – Foi por isso que te apanhei. Queres que eu te ensine? Livra-te dele.
- Só por causa da família dele? – Semicerro os olhos. A Denise atira o meu telemóvel contra a parede, fazendo-o partir-se torto. Abro a boca de espanto.
- Estás a ficar com raiva? Esta é a tua primeira lição – Diz a Denise – Se queres controlar a mudança, controla a raiva, expondo a raiva de um animal primitivo. Mas não podes fazer isso com ele por perto!
